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Envelhecimento

3. Amizade e socialização

3.1. . O envelhecimento e o isolamento social

Os estudos demostram que para além da família mais próxima e dos cuidadores remunerados, as pessoas idosas com DI geralmente têm uma rede social pobre (2-4). 40% não têm amigos fora da sua própria casa. Em comparação, o mesmo acontece com cerca de 2% da população em geral. (5). Os resultados deste estudo norueguês contemplando 14 mulheres e 5 homens, com idades entre os 49 e os 78 anos (idade média de 63 anos), são coincidentes. 74% dos idosos declararam que ambos os pais já tinham morrido. Apenas 31% tinha familiares (irmãos, tias, etc.) que os visitavam regularmente. 35% disseram que não tinham um único amigo e nenhum tinha namorado(a). Duas pessoas responderam de uma forma pouco convincente e com uma expressão que parecia de vergonha dizendo que não sabiam se tinham algum amigo. Um homem disse "Eu não tenho um amigo especial, mas não faz mal, eu tenho a minha família" (6).

Nos países onde os serviços de apoio para PCDI tem um nível mais baixo, muitos adultos idosos vivem com a sua família, até mesmo depois dos seus pais morrerem. Neste caso, há diferenças entre o campo e as cidades. Estudos demostram também que os adultos mais idosos têm redes sociais mais pequenas do que os jovens com DI. Eles sentem falta de um sistema de apoio quando sofrem por amigos e familiares que adoecem gravemente ou morrem (7, 8).

Há razões para acreditar que os idosos com DI estão mais expostos à solidão do que os idosos sem deficiência. Não sabemos muito sobre este assunto; nem sabemos muito sobre os seus sentimentos / vivências de solidão. Podemos supor que há menos solidão entre aqueles que ainda vivem com a sua família, mesmo que não tenham muitos amigos fora dela. Verifica-se também que as pessoas idosas com DI tem mais tendência a ficar sem amigos quando os membros mais  chegados das suas redes sociais morrem, o que geralmente acontece àqueles que tem irmãos da mesma idade e pais idosos.

 

Torill gårFoto: Britt-Evy Westergård

Depois de trabalharmos juntas no livro 'Friends', eu vi quão rica é a vida de Torill. Uma razão para isso é a sua família. Eles sempre estimularam os seus interesses e mantiveram contato com os amigos que partilhavam os mesmos interesses que ela, tais como, eventos desportivos e música. Quando às vezes ela me liga, eu pergunto-lhe o que fez na semana anterior, e imagino como a vida dela seria tão pobre se não fossem os seus amigos.

ATIVIDADES: 

  • Pergunte ao seu filho quantos amigos têm e qual a natureza dessa amizade; Quantas vezes se encontram, o que fazem juntos e como se apoiam mutuamente?
  • Se o seu filho quiser ter mais amigos, pergunte-lhe o que espera dessa amizade? 
  • Pergunte ao seu filho como pretende desenvolver essa amizade para tirar o melhor partido possível dela. Procurem respostas.