Envelhecimento
4. A Saúde
4.5. A Dor
A dor é um sentimento subjetivo e abrangente e, se sabe por que dói, torna-se mais fácil lidar com a dor. Há pouca informação sobre a forma como as pessoas idosas com deficiência expressam a sua dor. A dor é quase um assunto praticamente inexistente na literatura sobre idosos com DI.
Relacionadas com o envelhecimento dos órgãos são frequentemente relatadas em pessoas idosas, a dor osteomuscular aguda constante bem assim como dores noutros sistemas orgânicos. Além disso, pressupõe-se que o envelhecimento do cérebro pode ser mais doloroso (1). Há uma percentagem mais elevada de mulheres com dor crônica (12), e a paralisia cerebral tem uma clara influência no envelhecimento precoce, o que muitas vezes causa problemas de dor, concentração e imobilidade (13).
A dor crônica é ignorada e não tratada, principalmente em pessoas com dificuldades de comunicação (12). A dor crônica nos adultos e nos idosos com DI é mais comum do que se pensava anteriormente. A dor aguda pode se tornar crônica pelo que as suas causas psíquicas ser investigadas. O uso regular de analgésicos pode dificultar o diagnóstico do grau de dor nas pessoas com DI (1).
A dor quando não é levada a sério e nem é tratada convenientemente, pode afetar a qualidade de vida. Estudos demostram que a dor nem sempre é levada em conta nos exames de saúde e nem é algo que a família ou os cuidadores prestadores mais chegados consideram quando avaliam o estado de saúde e as mudanças de comportamento (1, 14). Os funcionários dos serviços de saúde carecem de treino e formação sobre como comunicar com as PCDI e compreendê-las. Isto pode nos levar a um sistema geral de saúde que oferece serviços deficientes e a uma permanente incapacidade dos serviços de saúde para detetarem corretamente dores ou doenças nas PCDI (14). Há já alguns anos que existem instrumentos de avaliação da dor para as PCDI. No entanto, ainda hoje esses instrumentos de avaliação permanecem em fase de desenvolvimento
Foto: Lars Aage Hynne
Enquanto que as PCDI moderada, que possuem competências de comunicação, precisam ser treinadas para uma comunicação eficaz da dor ou da angústia, a família e a equipa precisam ser treinados para reconhecer sinais de dor e de angústia nas PCDI profunda e com capacidade verbal limitada.
Quando as PCDI DI não conseguem comunicar oralmente, expressam sua dor de outras maneiras:
- Adaptação dos comportamentos, i.e., esfregar a área afetada, evitando certos movimento
- Alterações gerais, i.e., aumento / diminuição das pulsações, pressão arterial, transpiração
- Expressões faciais, i.e., fazer caretas.
- Comportamento hiperativo
- Autoflagelação
- Atitudes perturbadoras, i.e., balancear, estimulação, morder a mão, gesticular
- Distúrbios de sono
- Respostas tortas
- Isolamento, tristeza
ATIVIDADES:
Veja o vídeo sobre diagnóstico e avaliação da dor (24). Quando visualizar este vídeo, pergunte a si próprio se o seu filho apresenta algum sintoma de dor e o que pode fazer para o ajudar .