Transição para a idade adulta
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Disciplina: | Curso ELPIDA - Português |
Livro: | Transição para a idade adulta |
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Data: | quarta-feira, 4 dezembro 2024, 10:08 |
Índice
1. Introdução
Antes de iniciarmos este modulo, vejamos algumas perguntas de reflexão
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Como pensa que o seu filho se vai comportar durante a puberdade?
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Como pensa que ele(a) está a viver esse momento difìcil?
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Como pode ajudar o seu filho na transição para a idade adulta?
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Sabe como partilhar responsabilidades na vida do seu filho?
A criança cresce e tudo muda. Isto já é difícil em circunstâncias "normais", mas se a criança tiver uma deficiência intelectual, esse desenvolvimento, completamente natural, é considerado ainda mais difícil. O processo não pode ser interrompido, pelo que é melhor para todos os envolvidos descobrirem e aprenderem o máximo possível sobre o que acontece durante a puberdade e a adolescência.
Estas atividades são tratadas nos modulos seguintes:
- Compreender o meu filho
- Apoiar o meu filho
- Deixar o meu filho partir
- Apoio externo
2. Compreender o meu filho
Este capítulo fala sobre:
- Puberdade e adolescência em geral
- Características da criança com DI durante a puberdade e a adolescência
- Semelhanças, diferencias e ajuda para compreender o comportamento
2.1. Compreender a puberdade
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“Este objeto é o meu corpo?” Pergunta frequente em pessoas na puberdade, quando acontecem alterações físicas no seu corpo.
Há algumas alterações na
proporção e no aspeto dos membros: os braços e as pernas ficam mais compridos, desenvolvem-se
as características sexuais primárias, desaparecendo as secundárias. Aparecem
alguns pelos onde antes não, não havia nada. Para
os pais é fácil reconhecer as mudanças físicas. Já se torna mais difícil as do capítulo
emocional. Estas muitas vezes manifestam-se através de uma revolta aberta e declarada ou
silenciosa contra os regulamentos, a discussão sobre as horas de voltar para casa,
a escolha do estilo de roupa, a aparência e assim por diante.
Quando os adolescentes se tornam irritantes e agressivos, todos, menos os
seus “melhores amigos", são estúpidos e os pais são apenas embaraçam. Estes
são os sinais da puberdade.
Mas como se processa esta saída da puberdade para os adolescentes?
Na primeira fase da puberdade, o adolescente muitas vezes sente-se inseguro com a alteração da sua aparência física. Ele é quase “apanhado de surpresa" pelas mudanças físicas e não sabe como lidar com isso.
Espontaneamente, há um aumento do sentimento de vergonha; de repente a criança não gosta mais de ser vista nua na frente dos pais. Insegurança e espirito negativo são muito comuns nesta fase. No entanto, estes podem também se transformar em birras.
O comportamento é também afetado pela transformação física, bem assim como pela transformação hormonal. Por causa da transformação física, o jovem perturbado reage mesmo em situações de menor importância, com oscilações violentas de humor. Como hormona sexual masculina a testosterona atua no sentido de aumentar a agressividade, especialmente nos jovens a quem podem provocar um comportamento violento. A agressividade pode ser dirigida contra qualquer coisa, que se oponha ao desejo juvenil de se revoltar, especialmente contra os pais e as regras e as normas socialmente estabelecidos. [1]
Em complemento das explosões de raiva, atingem uma euforia excessiva e, no momento seguinte, remorsos pela explosão de raiva. Outras "novas" emoções, como rivalidade e ciúmes, também começam por ser descobertas. Talvez o adolescente se compare e se avalie em relação aos seus pares num esforço para ser "o melhor" e "o mais popular".
O jovem enfrenta uma "fase emocional" entre o relacionamento familiar infantil e novas oportunidades ainda desconhecidas. Esta e um futuro desconhecido desencadeiam um turbilhão de emoções. Por um lado, “A dor da despedida”, o luto pelo fim da infância, o medo da perda de segurança, a insegurança mesmo no chamado “novo” corpo e a incerteza. Por outro lado, a esperança e a confiança, a confiança na sua própria capacidade e raiva por tudo aquilo que se opõe aos objetivos estabelecidos.
Nesse caos emocional surge a questão da "identidade" sexual: Quem sou eu um homem ou uma mulher ? Como me sinto neste papel? Como é que me veem os outros? A alteração hormonal cria interesse em potenciais parceiros.
No Modulo „saúde sexual“ estes aspectos físicos estão descritos em detalhe,
por exemplo, no Capitulo "puberdade".
“Teorias do desenvolvimento humano” do prof. Robert Havighurst [2] postuladas pela primeira vez em 1948 ainda são hoje válidas. [3] Todo o ser humano tem, de acordo com as suas fases de vida, tarefas para cumprir associadas à sua idade. Na puberdade e na adolescência são estas
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Autonomia: para se desprender dos pais.
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Para descobrir a sua identidade de genero.
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Para criar o seu próprio sistema moral e os seus valores.
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Para construir as suas perspetivas futuras e/ou escolher uma carreira
2.2. Compreender o adolescente
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O termo "adolescente" refere-se ao processo de maturidade intelectual após a puberdade. Nesta fase, somos confrontados com diferentes fases de desenvolvimento. Para melhor entendermos a adolescência, vamos responder a estas três questões importantes
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Como se constrói a identidade? (2.2.1)
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Como os jovens constroem o seu futuro? (2.2.2.)
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Como se tornar independente e autónomo? (2.2.3.)
“A adolescência é uma fase da vida, na qual os jovens têm que lidar com mudanças físicas, desprender-se dos seus pais e construír novos relacionamentos com os seus pares, para assumir as suas necessidades sexuais e desenvolver novas identidades sociais e profissionais”. [4]
2.2.1. Construção de uma identidade independente. Como se constrói uma identidade?
"Se o processo juvenil (busca de identidade) está concluído - na adolescência prossegue de forma mais moderada - o estilo de vida independente e progressivo, o início da integração positiva na sociedade, que se caracteriza, entre outras coisas, pela própria criação de relações multifacetadas”. [5]
Perceber "Eu sou um ser humano independente" é um passo importante no caminho para a vida adulta. A nível psicológico, a própria orientação da pessoa já não se baseia mais nos valores e no modo de vida dos pais, mas sim nas pessoas e nas coisas fora da família. Os ídolos da infância dão lugar às atrizes e aspirantes a atrizes dos média; os penteados e o visual são exaustivamente comparados com o dos amigos e o dos colegas de escola. As opiniões dos pais são constantemente postas em causa.
A nível cultural, desenvolve-se um estilo de vida pessoal totalmente diferente do dos pais. É possível que, de um dia para o outro, o quarto cor de rosa da rapariga dê lugar a uma caverna negra ou que o seu gosto musical mude completamente.
Veja também a identidade no modulo" saúde sexual"
2.2.2. Contruindo uma perspetiva e um plano de vida - Como é que os jovens constroem o seu futuro?
O plano pessoal de vida e as perspetivas de vida futura estão entre as coisas que mudam com frequência no decorrer da infância. As aspirações de carreira variam de motorista a astronauta. Na adolescência, os planos devem concretizar-se. O adolescente desenvolve as suas próprias competências científicas e sociais, o que lhe permite autonomamente concluir a educação escolar e mais tarde a formação profissional. A escolha de uma carreira e o plano de criação de uma família são ainda hoje muito importantes para os jovens na conceção da sua história de vida. [6]
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Profissão e Emprego
No final da educação escolar, a escolha de uma carreira profissional torna-se mais importante. A ênfase recai no nível material, uma independência financeira e econômica e, consequentemente a independência financeira dos pais. As recomendações dadas pelos pais e professores são consideradas tidas em conta de acordo com sua viabilidade e aceitação social. [7]
Na decisão final, pais e amigos desempenham apenas uma função orientadora. Há um forte desejo de mais informação e experiência prática na corrida para a decisão de carreira.
Viver
O próximo passo é a separação espacial dos pais, a primeira casa própria. Esta etapa geralmente ocorre mais tarde na vida, devido ao longo período de formação e à dificuldade de arranjar um emprego. Além do mais, os jovens adultos, atualmente, vivem até muito mais tarde na casa dos pais do que antigamente. Isso pode ter razões econômicas porque as casas são escassas e caras. Também pode acontecer que a vontade inicial de sair de casa dos pais já não seja mais sentida dessa maneira.
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Familia
A constituição da uma família própria é muitas vezes retardada em favor de uma carreira. Eles veem a sua família própria como um local de refúgio social. Mesmo sendo hoje a constituição de uma família própria adiada na planificação de vida, ela continua a ser um objetivo desejado. Enquanto a família própria não existir, os pais vão-se mantendo como o primeiro ponto de referência em tempos de crise.
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Amizades, grupo de pares (clique) e relacionamentos
Pertencer a outras pessoas, fazer parte de um grupo e identificar-se como parte da sociedade desempenha um papel importante para o desenvolvimento da autoimagem e para o bem-estar. Na adolescência, as relações com os amigos tornam-se mais importantes. Não só é possível experimentar diferentes responsabilidades e "identidades" dentro da estrutura protegida, o grupo de pares é também um campo experimental insubstituível para a prática de princípios de reciprocidade, tais como negociar ou partilhar opiniões. Como consequência, valores independentes, diferentes dos pais, podem surgir - uma importante tarefa de desenvolvimento. [9]
Além disso, os jovens recebem dos amigos reconhecimento e segurança, bem como apoio em caso de conflitos com os pais e / ou com a escola. O apoio do grupo de pares facilita a separação emocional dos pais. Os amigos ajudam na separação e na procura de um estilo de vida próprio. Normalmente em situação de conflito, o menor assume uma posição contrária à dos pais. O reconhecimento por parte dos amigos e fazer parte do grupo é mais importante para ele. Os padrões e a admiração do grupo de pares são mais importantes do que as preferências dos pais; todos podem entender isso, basta discutirem com um adolescente sobre o estilo de roupa da moda. [10].
Outra tarefa importante para a formação do seu caracter é a análise do seu papel como homem ou mulher: O que é reconhecido como gênero típico no grupo determina a estrutura do desenvolvimento pessoal. [11]
A forma como os amigos se comportam quando lidam com o sexo oposto, o comportamento dos membros mais velhos e o exemplo dos pais são as referências para as quais o modelo do jovem é orientado.
No círculo, todos os tópicos são de interesse para o grupo, bem assim como a discussão da escolha da profissão. Se um jovem deseja participar numa atividade não específica de género, o grupo pode exercer alguma pressão para que cumpra o papel específico. Nesse caso, será necessário algum apoio estável por parte dos pais e uma forte personalidade para seguir em frente com os seus próprios planos. Num relacionamento estável, em caso de problemas importantes na vida, os pais permanecem sempre como as pessoas de contato. [12]
Durante a adolescência, a visão comum “preto e branco” é um pouco atenuada. A capacidade de aceitar contra-argumentos e formar um juízo diferenciado aumenta com a maturidade intelectual. Um adolescente que se envolve em discussões com os outros, reflete sobre afirmações contraditórias e expressa a sua própria opinião, dá um passo importante para a formação da sua própria personalidade.
Outra tarefa importante é aprender as "competências do relacionamento “Questões importantes que surgem nesta tarefa: "Como é que eu entro em contato com outras pessoas e inicio um relacionamento?" “Que devo fazer para manter as minhas amizades?” “Qual o grau de intimidade que pretendo estabelecer com o meu contato?” “Como é que eu lido com as quebras de amizade?” Somente neste campo, os diferentes níveis de intimidade e amizade podem ser aprendidos. [13]
2.2.4. Ser independente e autónomo – Como se tornar autónomo?
O desenvolvimento da autonomia começa com os primeiros passos sozinho da criança; para os mais pequenos uma tarde de brincadeira sem supervisão dos pais só com amigos; gastar o seu dinheiro na satisfação dos seus desejos. Para os maiores, através de uma noite em casa do melhor amigo, fins de semana com o grupo e umas férias sozinho sem os pais; os adolescentes preparam-se assim para terem uma vida própria.
Uma tarefa essencial para o desenvolvimento é enfrentar, cada vez mais os desafios escolares e profissionaisde de uma maneira auto-confiante. Quanto mais tarefas forem bem-sucedidas, mais autoconfiança se cria.
Os tópicos para o "desenvolvimento da autonomia intelectual" podem resumir-se como:
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Separação dos pais.
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Desenvolvimento de uma identidade própria.
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Criação de princípios morais e valores e agir em conformidade.
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Desenvolvimento e estabilização na forma de se comportar - pensar e - experimentar, assim como lidar com a própria vida.
- Desenvolver uma perspetiva futura com o objetivo de se tornar materialmente independente e exercer uma profisão.
- Assumir responsabilidades sociais adultas,por exemplo através do trabalho , da escolha de parceiro e parceira e do casamento, bem assim como da parentalidade.
2.3. Compreender o adolescente com DI
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Para os adolescentes sem deficiência, o desejo de autonomia e independência geralmente é apoiado pelos pais, e a equidade é efetiva a longo prazo. Tentativas por parte de uma criança com DI para ter força, responsabilidade pessoal e autodeterminação tornam muitos pais stressados; especialmente quando se trata de difíceis padrões de comportamento.
Muitos pais acham difícil aceitar a criança como um adulto, porque as suas capacidades linguísticas e cognitivas não ultrapassam o grau de desempenho de uma criança. O perigo é uma fixação no nível da "infância eterna". [14] O fato de muitos PCDI não confiarem numa vida independente, também é freqüentemente devido ao fato de eles não a poderem desencadear adequadamente e experimentar.Por causa da sua limitação cognitiva, a autoavaliação do adolescente muitas vezes é pouco confiável: às vezes, os limites mais atrativos são vigorosamente reforçados. O perigo de os adolescentes estarem a ser rigidamente controlados é muito alto. [15]
Este capítulo oferece uma visão geral das particularidades de crescimento de uma pessoa com ID (PWID). Acreditamos que os pontos seguintes são especialmente importantes para conhecer:
- As etapas de desenvolvimento não são simultâneas (2.3.1.)
- A cognição é um recurso inexistente (2.3.2.)
- Os sintomas de despreendimento nem sempre são reconhecíveis como tal (2.3.3.)
- Maturidade fisica como oportunidade de desenvolvimento (2.3.4.)
- O grupo de pares como recurso social (2.3.5.)
- O impulso para a separação é frágil - a importância da dependência especial (2.3.6.)
2.3.1. As etapas de desenvolvimento não são simultâneas
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Como qualquer outra pessoa , a PCDI passa por todos os aspectos físicos da puberdade. Isso é basicamente o mesmo, mas talvez o tempo seja diferente. Nestes casos, a puberdade, por vezes, inicia-se após 5 anos e muitas vezes dura mais tempo. O desenvolvimento mental e emocional seguem rumos diferentes.
A estrutura psicológica das pessoas com deficiência intelectual em princípio não é diferente da das pessoas não deficientes. Assim, cada "característica de maturidade" de uma pessoa comum também pode ser observada, sob certas condições ou a qualquer momento, no desenvolvimento de uma pessoa com DI. [16]
Um aspeto chave não é considerar o avanço cognitivo no seu todo como uma medida do desenvolvimento global. "A necessidade de separação dos pais durante a adolescência e o atingir um grau de autoconfiança como criança é uma tarefa amadurecida, que é totalmente independente do avanço intelectual".[17]
O trecho tabular sobre o desenvolvimento infantil mostra no curso duas áreas de desenvolvimento - a socio-emocional e a cognitiva:
Os pais e os seus parceiros podem determinar o nível de desenvolvimento do PCDI, usando o trecho para determinar a idade cognitiva e, em seguida, a emocional. A pessoa deve estar na respetiva fase de desenvolvimento e as diferentes áreas de desenvolvimento devem ser fortalecidas isoladamente, para que a pessoa possa alcançar a próxima fase de desenvolvimento. [18]
Original para download: Senckel, Barbara (2014), Entwicklungsfreundliche Beziehung
2.3.2. A cognição é um recurso inexistente
O pensamento abstrato ajuda a processar experiências e a organizá-las por si próprias
Uma criança da escola primária pode, por exemplo, pensar logicamente sobre problemas e rever a experiência. Mas fica sempre no que vê ou experimenta aqui e agora. É somente durante a adolescência que a capacidade de pensar abstratamente é totalmente desenvolvida. A criança pode então deduzir consequências lógicas com base nos princípios teóricos
Para as pessoas com DI, a capacidade de pensamento abstrato, é menos acentuada, dependendo do seu grau de deficiência. A oportunidade de refletir sobre a mudança que está ocorrendo muitas vezes não é dada.
Os efeitos colaterais hormonais da puberdade, tais como mudanças de humor, explosões de raiva repentinas, novas reações do meio a expressões da vontade própria, muitas vezes não podem ser bem reconhecidos por pessoas com deficiência intelectual.
O adolescente tem também agora uma ideia mais clara dos seus limites, que são frequentemente associados a processos dolorosos. Por exemplo. A presença de uma pessoa com ID numa escola integrada: As crescentes discrepâncias cognitivas tornam-se mais evidentes e os adolescentes da mesma idade afastam-se. Ser diferente é dolorosamente sentido pelo adolescente. Ele sente-se cada vez mais marginalizado e a crescente rivalidade quebra ainda mais nitidamente.
Por outro lado, um adolescente que cresceu num dormitório: Ele é mais suscetível de sofrer com os limites estabelecidos neste ambiente e quer viver livre como um jovem "normal". No entanto, a vida quotidiana é relativamente elaborada e concebida para viver em conjunto num grupo maior. O desejo pessoal de se dissociar e crescer pode não ser realizável nesse contexto.
Quaisquer que sejam os limites que os adolescentes possam confrontar, tal pode levar a frustrações e danos emocionais. Estes são então frequentemente resolvidos com comportamentos agressivos, regressivos ou depressivos. [20]
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2.3.3. Os sintomas de desprendimento nem sempre são reconhecíveis como tal
"O desprendimento óbvio e dissimulado e os ímpetos autossuficientes dos adolescentes ou já adultos são frequentemente classificados pelos pais como problemas específicos da deficiência e nenhum deles é compreendido ou apoiado como fases de amadurecimento necessárias no caminho para serem adultos. Um indicador a que não se presta a devida atenção como incapacidade de desprendimento”. [21].
É importante para os adolescentes com DI, que os cuidadores levem a sério esta alteração de comportamento, como um sinal positivo de desenvolvimento. Nem sempre isso é fácil. Assim, por exemplo: Infrações ou negação das regras são entendidas como um problema de disciplina "simples", mesmo que o jovem esteja a tentar obter uma nova liberdade para si próprio. Especialmente quando as possibilidades de debate linguístico são limitadas, é difícil para ambos, pais e filhos, entenderem "o que está acontecendo".
No entanto, quando se trata da questão da substituição e o "cuidador" não a faz, o adolescente continua mais desamparado do que estava antes. Às vezes eles só têm raiva ou resignação e desistem. Se não são compreendidos nas suas tentativas de se desprenderem, os jovens perdem a ajuda para cortar o cordão umbilical.
O que isso significa e como pode detetar o sintoma de desprendimento está descrito no capítulo 3.1.1.
2.3.4. Maturidade física como uma oportunidade de desenvolvimento
“Mesmo em pessoas com deficiência grave, que não excedem o nível de desenvolvimento mental de uma criança de três meses, os efeitos colaterais emocionais associados à hormona da puberdade, são uma realidade … Até um despertar espiritual pode nelas ser observado ... Assim, até para uma pessoa mentalmente desesperada, a puberdade é uma época de convulsões, que capta a personalidade global e abre novas oportunidades de desenvolvimento. No entanto, as etapas de desenvolvimento que realmente podem ser realizadas, dependem do tipo e do grau de deficiência. "[22]
A Dra. Senckel salienta que o desenvolvimento físico pode ser um motor para o desenvolvimento social, mesmo em pessoas com deficiências complexas. É importante compreender e apoiar isso mesmo. Ela relata o caso de um homem gravemente incapacitado, que rejeitou todos os contatos até meados dos 20 anos. Ele mudou esse comportamento no início de sua puberdade. Ele contatou com outras pessoas, mesmo timidamente procurando pelos seus cuidadores. Ninguém confiava nele antes.
As mudanças físicas perturbam tanto algumas pessoas com défice cognitivo que em grande medida as ignoram. Por exemplo, algumas raparigas usam blusas muito largas, quando os seios começam a crescer, para os esconderem.
Tempo de mudança também na área neurobiológica
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Entre os fenómenos neurológicos que ocorrem durante a adolescência um deles é a reconstrução do tecido cerebral. Assim, com o início da puberdade, muitas ligações nervosas dentro do cérebro que não são mais utilizadas, são desmanteladas. A substância cinzenta, que forma os nervos do córtex cerebral, reduz-se consideravelmente e a matéria branca, responsável pela troca rápida de informações, aumenta. O cérebro juvenil aumenta a sua capacidade de processamento até 3000 vezes. Os adolescentes esquecem as questões obsoletas ou espontâneas e tornam-se mais compreensivos nos seus interesses e decisões. [23].
2.3.5. O grupo de pares como recurso social
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O grupo de pares é também um recurso importante para a evolução da puberdade e da adolescência nos adolescentes com deficiência intelectual.
"Dentro do seu grupo de pares, os jovens com deficiência procuram o seu próprio estatuto, um medir de forças com os rivais: a confrontação agressiva e a servidão submissa não ficam de fora. Mas isso pode também criar amizades duradoras, para que novas formas de conduta social possam ser aprendidas. Certamente que com o impulso sexual o interesse pelo sexo oposto também desperta. Aqui também os anseios são semelhantes aos dos não-deficientes. Uma amizade bem-sucedida é uma contribuição importante para o desenvolvimento da identidade; não viável pelos adultos. "[24]
No entanto, é mais difícil para eles acederem aos recursos. Os jovens geralmente estão limitados na sua mobilidade e independência. Ele tem dificuldade em construir e manter relações com o grupo de pares fora da família e fora da escola. Além disso, os contatos geralmente acontecem sob supervisão e são regulados por pessoas de referência. Também é mais difícil para eles se envolverem e utilizarem infraestruturas sociais no seu meio ambiente. Eles ousam fazê-lo, por exemplo, no exterior da casa da juventude urbana.
Uma dificuldade para os adolescentes com deficiência é estarem muitas vezes dependentes dos pais ou de outros cuidadores para encontros com o grupo de pares. Estão menos expostos a riscos, mas também têm um campo de prática limitado. Vivem com uma contradição: Reuniões no grupo de pares de apoio à separação dos pais tem de ser autorizadas e acompanhadas pelos pais. [25]
Mais informações sobre o significado do grupo de pares e como apoiar o seu filho Chapter 3.1.2.
2.3.6. O impulso para a separação é frágil - a importância da dependência espacial
"O que aconteceria se uma pessoa não se desprendesse da família? Quantos ainda moram com a mãe e o pai? Dependente deles e limitado ao ambiente fechado de vida da família? Há pessoas que idealizam- (...) - tal vida ". [26]
Os adolescentes com deficiência querem livrar-se da dependência dos pais. Isto significa que eles têm um enorme impulso para saírem e os amigos tornam-se mais importantes. Ao mesmo tempo, em muitos aspetos eles dependem do apoio da família. Necessitam de apoio na vida quotidiana, nos cuidados do corpo, na manutenção dos contatos sociais e muito mais.
"No que diz respeito à sua postura para com os desejos e capacidades próprias, muitos adolescentes com deficiência têm ambivalência: por um lado, querem mais independência, autodeterminação e autonomia; por outro querem viver "também como os outros "; mas quanto mais eles se consciencializam do fato de que dependem do apoio que os seus pais lhes oferecem, mais sentem que estão perdendo essa segurança. ”[27]
O cuidado dos pais era e continua a ser vital.
Esta ambivalência leva-os de volta ao círculo familiar. Nesta área de tensão, os jovens com deficiência mental são ainda mais afetados do que outros. O impulso à separação é, por isso, muito vulnerável.
Os pais conhecem bem as dependências de seus filhos, mas isso não se resolve por si só, porque um adolescente púbere não quer mais os seus pais. [28] No que a isso diz respeito, a criança com deficiência intelectual também depende dos pais no que tem a ver com a separação: os próprios pais devem aprender a lidar com a separação e a desenvolver também perspetivas futuras para si próprios.
Isso levanta a questão de quem deve fornecer o apoio necessário para a criança no futuro. Os pais costumam normalmente ser aqueles que (devem) providenciam esta medida e aceleram todos os seus passos.
O que ajuda os pais a "deixar ir" está descrito no Chapter 4.
Outra dificuldade para o relacionamento pai-filho na adolescência é o papel dos pais na motivação da criança da melhor forma possível. Essa tarefa é mediada socialmente. Isto é abordado com os pais desde o princípio e é ambíguo para eles. Os pais devem aceitar o filho tal como ele é. Ao mesmo tempo, devem certificar-se de que o jovem evolui e se torna o mais normal possível.
Isso significa uma maior pressão para os responsáveis. Uma criança deve intervir na sociedade, o mais discretamente possível. Por exemplo, é embaraçoso para todos, quando uma criança de repente grita no espaço público. No caso de uma criança pequena, esse comportamento ainda é tolerável, mas deixa de o ser no caso de um jovem com deficiência. Quantos testes (despercebidos) podem ser tolerados em público? "Reações negativas de, por exemplo, parentes ou do público podem reforçar o vínculo de uma família, de modo a alcançar uma maior intimidade na relação familiar (…) e a criança, para além disso fica, como pessoa com deficiência, agarrada ao seu papel de dependente e autônomo. [29]]
“O que é aceitável e em que situação?” Isto não é fácil, porque os adolescentes precisam de desafios que estão sempre associados a riscos. No entanto, devido às suas limitações, os jovens são frequentemente incapazes de se proteger de lesões. Uma sobrecarga ameaça retroceder o desenvolvimento. Isto pode ir mais longe, o mundo lá fora parece muito perigoso para esses jovens e isso aproxima-os ainda mais dos pais. No entanto, experiências limítrofes são também importantes. Porque se a tarefa de desenvolvimento do desprendimento for permanentemente adiada para mais tarde, ela ficará mais difícil. Então, as motivações externas precisam ser ainda mais fortes. [30]
Neste processo, os jovens têm que enfrentar muitos dos seus próprios medos, pois geralmente estão bem conscientes dos medos que os rodeiam, especialmente os seus pais. Tais medos são muitas vezes inacessíveis, mas ainda assim percetíveis. Isso torna os jovens ainda mais preocupados, especialmente quando eles temem perder o apoio dos pais. Então, se o desejo de ter uma vida própria ameaça em demasia o relacionamento com os seus pais, deve ser afastado. A maneira mais fácil é, aqui também, uma relação mais estreita com os pais; a confiança sai reforçada. [31]
Pode ser útil importante ter uma conversa com o seu filho sobre os medos dele e incentivá-lo a descobrir o mundo "por conta própria".
ATIVIDADE:“Formação em Mobilidade“
Em conjunto com o seu filho, crie rotas para um determinado local . Sigam este guia para orientação: Mobility training
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2.4. Bibliografia
1 Senckel Barbara (2015), Mit geistig Behinderten leben und arbeiten. C.H.Beck, München. S. 211
2 Havighurst, Robert J (1949): Adolescent Character and Personality, Chicago
3 Hurrelmann, Klaus; Bauer, Ullrich: Einführung in die Sozialisationstheorie, Beltz, 2015
4 Streeck-Fischer, Annette (2004): Adoleszenz – Bindung – Destruktivität, Bucheinband, Klett-Cotta, Stuttgart)
5 Senckel, Barbara (2015): Mit geistig Behinderten leben und arbeiten. C.H.Beck, München. S. 180
6 Albert, Mathias; Hurrelmann, Klaus; Quenzel, Gudrun: Jugend 2015: 17. Shell Jugendstudie. Shell Deutschland (Hg)
7 Albert, Mathias; Hurrelmann, Klaus; Quenzel, Gudrun: Jugend 2015: 17. Shell Jugendstudie. Shell Deutschland (Hg)
8 Papastefanou, Christiane (2000): Der Auszug aus dem Elternhaus. Ein vernachlässigter Gegenstand der Entwicklungspsychologie - In: ZSE : Zeitschrift für Soziologie der Erziehung und Sozialisation 20,S. 55-69
9 Fend, H. 2005. Entwicklungspsychologie des Jugendalters Taschenbuch. WS Verlag für Sozialwissenschaften. 3. Aufl. Wiesbaden. S. 309
10 Senckel, Barbara (2015): Mit geistig Behinderten leben und arbeiten. C.H.Beck, München. S.93
11 Wetzstein, T.A.; Erbeldinger, P.I.; Hilgers, J.; Eckert, R. (2005): Jugendliche Cliquen. Zur Bedeutung der Cliquen und ihrer Herkunfts- und Freizeitwelten. Springer. S. 20f
12 Budde, J.;Debus, K.; Krüger,S.(2011): Ich denk nicht, dass meine Jungs einen typischen Frauenberuf ergreifen würden. Intersektionale Perspektiven auf Fremd- und Selbstrepräsentationen von Jungen in der Jungenarbeit. In: Gender: Zeitschrift für Geschlecht, Kultur, Gesellschaft; Jg. 3, S. 119-127.
13 Fend, H. 2005. Entwicklungspsychologie des Jugendalters Taschenbuch. WS Verlag für Sozialwissenschaften. 3. Aufl. Wiesbaden. S. 309
14 Klauss, T./ Wertz-Schönhagen, P. (1993): Behinderte Menschen in Familie und Heim – Grundlagen der Verständigung und Möglichkeiten der Kooperation zwischen Eltern und Betreuern. Weinheim
15 Ekert, B.; Ekert, C. (2010): Psychologie für Pflegeberufe. Thieme, Stuttgart
16 Senckel, Barbara (2015): Mit geistig Behinderten leben und arbeiten. C.H.Beck, München. S.97
17 Lempp, R.: Lebensphasen – Lebensorte. Schwierigkeiten des Erwachsenwerdens für geistig behinderte Menschen. In: Wacker, E./ Metzler, H. (Hrsg.): Familie oder Heim. Unzulängliche Alternativen für das Leben behinderter Menschen? Frankfurt/Main 1989, S.152-168
18 Senckel, Barbara (2014), Entwicklungsfreundliche Beziehung
19 Senckel, Barbara (2015): Mit geistig Behinderten leben und arbeiten. C.H.Beck, München. S.98
20 Langner, Anke 2009: Behindert werden in der Identitätsarbeit. Jugendliche mit geistiger Behinderung – Fallrekonstruktionen. Wiesbaden: VS-Verlag
21 Hennies, I.; Kuhn E. J. (2004): Ablösung von den Eltern. In: Wüllenweber, Ernst (Hg.): Soziale Probleme von Menschen mit geistiger Behinderung. Fremdbestimmung, Benachteiligung, Ausgrenzung und soziale Abwertung. Stuttgart: Kohlhammer. S.135
22 Senckel, Barbara (2015): Mit geistig Behinderten leben und arbeiten. C.H.Beck, München. S.97f
23 Giedd, Jay (2002), Psychiater: Interview https://www.pbs.org/wgbh/pages/frontline/shows/teenbrain/interviews/giedd.html
24 Senckel, Barbara (2015): Mit geistig Behinderten leben und arbeiten. C.H.Beck, München. S.100
25 Uphoff, G; Kauz, O; Schellong, Y (2010): Junge Menschen mit geistiger Behinderung am Übergang zum Erwachsenwerden – Bildungsprozesse und pädagogosche Bemühungen. In: Zeitschrift für Inklusion, Ausgabe 01/2010
26 Klauss, T. (2015): Menschen mit geistiger Behinderung – Ablösung vom Elternhaus (Winnenden 13 11 2015 S.15)
27 Klauss, T. (2015): Menschen mit geistiger Behinderung – Ablösung vom Elternhaus (Winnenden 13 11 2015. S.15)
28 Hennies, I.; Kuhn E. J. (2004): Ablösung von den Eltern. In: Wüllenweber, Ernst (Hg.): Soziale Probleme von Menschen mit geistiger Behinderung. Fremdbestimmung, Benachteiligung, Ausgrenzung und soziale Abwertung. Stuttgart: Kohlhammer.
29 Thiersch, H. : Lebensweltorientierte Soziale Arbeit, 1992, 9. Auflage, Weinheim 2014
30 Havighurst, Robert J (1949): Adolescent Character and Personality, Chicago
31 Hennies, I.; Kuhn E. J. (2004): Ablösung von den Eltern. In: Wüllenweber, Ernst (Hg.): Soziale Probleme von Menschen mit geistiger Behinderung. Fremdbestimmung, Benachteiligung, Ausgrenzung und soziale Abwertung. Stuttgart: Kohlhammer
3. Apoiar o meu filho
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"Enquanto a criança é ainda pequena, muitas vezes há uma densa rede de ofertas de ajuda: Centros de aconselhamento, grupos de pais, centros de intervenção precoce e muito mais. Mas quando a criança fica mais velha, os pais geralmente sentem-se desamparados. [...][...] os grupos de pais voltam a afastar-se de novo, porque as deficiências das crianças e os seus desenvolvimentos são muito diferentes e por isso os interesses das famílias seguem caminhos diferentes. Os irmãos ou as irmãs atravessam a puberdade e aprendem a lidar com a criança deficiente, o que para os pais se torna mais dificil. As PCDI também mudam. Atravessam a puberdade e podem apresentar particularidades comportamentais, porque querem viver mais de acordo com as suas escolhas. Mas uma criança com deficiência vive mais dependente dos seus pais do que as outras crianças: como uma pessoa com esta dependência se pode livrar do cordão umbilical? ”[1]
Como é que eu posso apoiar o meu filho na sua transição para a vida adulta, para que ele possa viver uma vida feliz e autodeterminada apesar das suas necessidades especiais? O que é que eu posso transmitir a ele ou a ela? Como é que eu o posso estimular no desenvolvimento da sua personalidade, no planeamento da sua vida e na sua independência?
Este capítulo ajuda-o a apoiar o seu filho nas seguintes tarefas de desenvolvimento:
Na descoberta da sua identidade (3.1.)
Durante a sua planificação de vida (3.2.)
No que respeita à sua autonomia (3.3.)
3.1. Na descoberta da sua identidade
Este capítulo
dá-lhe sugestões e ideias sobre como ajudar o seu filho a descobrir a
sua própria identidade. Tópicos que serão especialmente analisados:
-
Compreender as diferenças de comportamento como parte dos sintomas de separação (3.1.1.)
-
Fazer parte de um grupo de pares (3.1.2.)
-
Deixã-los experimentar (3.1.3.)
3.1.1. Compreender as diferenças de comportamento como parte dos sintomas de separação.
Recapitulando: Em primeiro lugar, os pais devem perceber que o seu filho está a começar a assumir o controle, o que nem sempre é fácil para as PCDI, uma vez que geralmente se desenvolvem em diferentes etapas de desenvolvimento, veja também no Chapters 2.3.1.
Um adolescente com DI pode não atingir o mesmo nível de desenvolvimento em todas as áreas da sua personalidade:
"Assim, o cuidador muitas vezes enfrenta um adolescente, que luta pelo sua separação e pela sua liberdade e se comporta como um Trotsky, mas logo a seguir expressa necessidades simbióticas, procura o contato físico, abraça e sofre graves temores de separação. Neste aspeto é importante levar a sério todos os níveis de desenvolvimento, em cada momento em que define o comportamento. Isto requer a capacidade de mudar constantemente o nível de contato: Se os desejos simbióticos prevalecerem, eles devem ser levados em conta, se o jovem atingir um nível mais alto de desenvolvimento, ele deve ser encarado a esse nível. Esta é a melhor maneira para ele desenvolver a sua personalidade como um todo. "[2]
Neste contexto é útil
concentrar a atenção nas mudanças físicas significativas na criança
As mudanças no processo de crescimento começam ao nível físico, sinais das quais são, por exemplo, o início da menstruação ou a mudança na voz. Estes "sinais" são pontos de referência e orientação, que apontam para uma nova fase de desenvolvimento e implicam mudanças necessárias no relacionamento pai-filho.
-
Ponha o seu filho a par da mudança e ajude-o a enquadrá-la
-
Use esses sinais e pontos de referência como pretexto para uma festa ou recompensa. Por exemplo.compre um presente que simbolize a nova fase da vida ou emita um certificado de crescimento para assim dessa forma, tornar a mudança clara!
-
Mostre ao seu filho como está orgulhoso do seu desenvolvimento
As mudanças físicas são acompanhadas por mudanças no comportamento.
Como descrito no chapter 2.3.3.,elas assumem diversas formas e são difíceis de reconhecer como sintomas de separação. [3]. Um perito reconhece e com razão, que as pessoas com deficiência mental geralmente recebem muito pouco feedback sobre o seu comportamento social. Ou se definem regras ou se permitem caprichos. Isto permite-lhes construir uma pequena autorregulação. Muito pouco é exigido aqui. Não existem discussões onde os jovens possam ter a oportunidade de fazer a diferença.
Como pode ajudar aqui:
-
Em caso de dúvida, assuma os conflitos como conflitos de separação e independência e converse com o seu filho sobre isso
-
Dê uma nova liberdade à vontade do jovem nas discussões. Deixe-o ser respeitado por uma vez - mesmo com possíveis consequências negativas.
-
Aceite e apoie o seu desejo de privacidade - por exemplo,a porta do quarto fechada.
-
Não use o níivel de desenvolvimento cognitivo do seu filho como uma medida de separação
-
Reconheça a falta de recursos intelectuais do seu filho para processar estas questões .Apoie-o falando com ele sobre elas e dando-lhe apoio emocional
-
A arte é conceder um espaço de liberdade , como pais ou educadores,sem se afastar emocionalmente!
3.1.2. Fazer parte de um grupo de pares
Como descrito nos chapters 2.2. and 2.3.4.,as relações e experiências no grupo de pares são recursos / fatores importantes para o desenvolvimento da personalidade na adolescência. Está relacionado com desafios especiais para PCDI.
Como pode aqui, ajudar o seu filho:
-
Apoie os contatos com os grupos de pares, mesmo que sejam fora da escola e do local de trabalho
-
Deixe o seu filho planear atividades com os amigos e apoiá-los nos seus próprios planos - mesmo que eles não estejam de acordo com as suas expectativas.
-
Aceite o comportamento no grupo, mesmo que não lhe agrade
-
Não sobrevalorize a troca de amizades e inimizades.
-
Tente organizar o acompanhamento necessário por outras pessoas, em ligação com o grupo de pares
-
Eduque o seu filho. Viabilize a experiência de pares em locais protegidos não vigiados. Permita, por exemplo, que os jovens se retirem para o quarto do seu filho
O desenvolvimento sexual é uma questão particularmente delicada e um dilema para muitos pais, uma vez que eles querem por um lado, permitir que os seus filhos tenham experiências, mas por outro querem protegê-los do abuso. No entanto, as experiências sexuais no grupo de pares são importantes para o desenvolvimento sexual das crianças. Somente passos em frente poderão ajudar aqui.
Afirmam os especialistas: a educação e a experiência nas relações com os pares protegem contra o abuso. [4]
Para mais informações, consulte o módulo “Sexual Health”. e.g. see Chapter "Right to know your own body".
3.1.3. Ser capaz de experimentar
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- "Porque é o experimentar importante?"
A experimentação lúdica inicia processos de aprendizagem e estimula competências sociais. As decisões têm de ser tomadas em situações concretas. “Como me devo comportar?”. A responsabilidade pelas decisões deve ser assumida. Estes processos desafiam e promovem as diferentes partes da personalidade.
Ao mesmo tempo, a experimentação está associada a riscos e os cuidadores são confrontados com a questão dos riscos que preveem para si próprios e para os seus filhos
Dizem os especialistas que: " Os jovens adultos com deficiência intelectual precisam de estar conscientemente expostos aos riscos normais da vida, já que estes impõem desenvolvimento significativos na formação da identidade e da personalidade".
No entanto, as questões de risco muitas vezes colocam os pais num dilema, já que os perigos são bastante reais
No entanto: "As experiências ajudam a obter uma perspetiva realista de si próprio. Esta perspetiva ajuda-o a aceitar, o fato de não ser capaz de fazer algo, porque por sua vez é pré-requisito de qualquer aprendizagem - caso contrário, toda a incapacidade é uma ofensa!"[5]
Como pode aqui ajudar o seu filho:
-
Os conflitos tem uma função de desenvolvimento, pois são um sinal do processo negocial entre pais e jovens adultos. [7]
-
Os conflitos possibilitam a separação, há um confronto de diferentes pontos de vista e argumentos. [8]
-
Uma luta por regras pode ser um conflito de separação. Os pais tem mais "poder", por exemplo, de insistir nas regras. Aqui seria importante que, de quando em quando, a "revolução" tivesse sucesso.[9]
-
Deixe o seu filho correr riscos, por exemplo, fumar, ir à discoteca, viajar sozinho, lidar com dinheiro de bolso ou sair com um amigo com o qual ele possa estar sozinho. [10]
-
"Porque é que os quartos não vigiados são importantes?"
A experiência de pessoas com deficiência mental é também limitada pelo fato de elas estarem sob supervisão geral, com muito mais frequência. Dificilmente existem salas não vigiadas.
"Muito pouco se consegue sem o consentimento dos pais" [11].Também na área das amizades pessoais e dos relacionamentos amorosos, geralmente são os pais, que (com os outros pais) marcam os encontros e asseguram a deslocação.
Se ao jovem são permitidas atividades e vivências sem os pais, podemos assumir que, uma separação dos pais será mais bem-sucedida e positiva.
Em resumo, as crianças, a quem são concedidas situações
sem controle direto, onde elas podem testar os seus pontos fortes e fracos de
forma independente, tendem a desenvolver um sentido de identidade e autonomia. [12]
"Porque é que os apoios externos são importantes?"
Os apoios de profissionais têm a possibilidade de proporcionar aos jovens uma experiência autónoma, isto é, conhecer amigos sem os pais, ir com eles ao cinema ou simplesmente trocar ideias. Ao mesmo tempo, os pais e as famílias ficam aliviados com a assunção da responsabilidade por parte da entidade. [13]
Se for necessário um acompanhante: Há uma diferença se for a mãe ou o pai a acompanhar uma ida ao cinema de um casal apaixonado ou se, por exemplo, for um funcionário de um programa de lazer. Também faz diferença, quando um grupo de jovens acompanhados de um profissional vão a uma discoteca nos horários normais (a partir das 23:00).
Terá oportunidade de aprender mais sobre apoios
externos no
Chapter 4.
3.2. No planeamento da sua vida
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Vídeo: "O que é importante para mim, na vida"
As questões de planificação de vida nem sempre
acontecem quando os pais e os jovens estão de boas relações. Por um lado, decisões importantes devem ser tomadas
sobre possíveis formações, desenvolvimento profissional e modos de vida. Por outro lado, afinal os jovens já estão empenhados
nas mudanças. Eles são
confrontados, por exemplo, com o fim de muitos relacionamentos, o fim da escola
ou com o fim da medicina pediátrica e a mudança para a medicina para adultos. Outras alterações no contexto de vida podem também
reduzir a vontade de planear o futuro. Para
ficar mais próximo dos desejos de seu filho "the method of the personal future planing (PZP)" pode também, ajudar em
pequenos objetivos, ver capítulo 5.1.
Vamos falar sobre as questões da planificação de vida durante a transição para a idade adulta. Em particular, queremos falar sobre o trabalho e a educação, a vida, a saúde e a terapia:
-
Trabalho / Educação
A nível profissional e educativo, quantas escolhas realmente têm as PCDI?
Dependendo da gravidade ou do tipo de deficiência, o curriculum vitae costuma aparecer pré-definido e institucionalizado. Em alguns casos, as ofertas específicas para pessoas com deficiência estão aumentando, por exemplo, para pessoas com um transtorno do espectro do autismo. No entanto, se o jovem deseja trabalhar no mercado de trabalho normal (que é um objetivo da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência), isso requer muita perseverança e energia da parte dos pais na aplicação de uma solução individual extraordinária.
Ver mais informação no Chapter 5 e no modulo " Human Rights" , em especial no Capítulo 4 "Employment for PWID".
Esta listagem pode também ajudá-lo a manter o contato:: Checklist for vocational preparation.
-
Viver
O tempo para se mudarem é atualmente - semelhante aos dos jovens adultos sem deficiência mental - considerado como propício quando se muda para trabalhar ou estudar, já que a mudança de contexto pode ser bem associada à de saída.[14]
O cenário ideal seria, obviamente, esperar até que a criança tivesse vontade própria de se libertar. Isto muitas vezes não se torna possível, pelo que os pais têm de tomar medidas concretas para alcançar esse objetivo.
Ao mesmo tempo, devemos estar cientes de que o cuidado profissional não pode prestar os "mesmos" cuidados de proximidade. Normalmente isto bate certo, uma vez que corresponde ao que todo o jovem adulto vivencia e tem de aprender: a dar-se bem em diferentes "mundos" e "referências".
No entanto, para evitar crises e evitar o stress, também é importante que a mudança não aconteça muito cedo, de modo a que os próprios jovens também a desejem.
"Desejo" de sair, de ambos os lados - como se pode despertar? É uma caminhada difícil: estimule, impulsione - com a menor pressão possível! [15]
Às vezes as crianças têm de sair muito mais cedo devido à
distância da sua escola, do seu local de trabalho ou devido a necessidades
especiais. Ou existem constrangimentos, por exemplo, listas de
espera para os dormitórios. Se a sua retirada for "prescrita", no
entanto, a criança não a considera, uma decisão pessoal de separação. É atirado para fora do ninho. Emocionalmente isto também é muito difícil para os pais. " Participar ativamente na recolocação de uma
criança desencadeia sentimentos ambivalentes e requer uma redefinição do papel
e da responsabilidade de cada um." [16]
-
Saúde / Terapia
As pessoas com deficiência intelectual e / ou deficiências múltiplas tem muitas vezes também doenças crônicas ou até mesmo tendência para doenças graves. Eles têm necessidades especiais no que respeita ao âmbito e à qualidade de seus cuidados de saúde
Isto é particularmente grave na transição da medicina pediátrica e adolescente para a medicina adulta. Muitos pais por vezes ficam chocados com a falta de ambiente familiar e com a forma diferente de trabalhar.
Algumas crianças perdem contato com serviços de saúde especializados quando deixam de usar os serviços pediátricos. Foram criadas normas eficazes de tratamento médico para algumas doenças pediátricas e adolescentes, para as quais não existem estruturas de cuidados equiparáveis na área da medicina adulta.
Uma razão para tal, é a expectativa de vida que para algumas doenças complexas e raras aumentou devido à melhoria dos critérios médicos. A medicina adulta ainda não tem em consideração esse fato. [17]
Em alguns países (Alemanha, Inglaterra), os centros médicos para adultos com deficiência garantem a continuidade do atendimento de pacientes oriundos da pediatria na idade adulta e, assim, facilitam a "transição".
Os pais têm muitas vezes o estatuto de especialistas das doenças especiais de seus filhos.
"Como não se prevê que estes pacientes se tornem verdadeiramente independentes quando entrarem na idade adulta, os pais mantendo a sua posição de pessoas responsáveis, devem novamente tentar encontrar interlocutores credíveis na medicina de adultos, que tenham o conhecimento necessário, o tempo e a experiência profissional para assumirem o exigente cuidado dos pacientes e respeitarem o "papel de especialista" dos pais.
-
Trabalhadores independentes ou por conta de outro - os pais são parceiros importantes para participar ativamente no processo de planificação de vida e acompanhar o jovem adulto.
-
Para aconselhar os jovens na sua planificação de vida e definir metas, pode organizar um "Plano Individual para o Futuro".
Podem descobrir serviços profissionais, para subscrever no Chapter 5.
3.3. No que respeita à sua autonomia
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Neste capítulo, encontra sugestões de como apoiar o seu filho no processo de se tornar independente. As áreas seguintes serão discutidas com mais detalhe:
- Promover pontos fortes (3.3.1.)
- Descobrir novos campos de aprendizagem (3.3.2.)
- Usar a confiança de pessoas externas na criança (3.3.3)
ATIVIDADE: “Criar cartões de atividades”
a.) Considere uma atividade domestica que o seu filho aprendeu ou da qual é responsável.
b.) Crie um "Cartão Atividade" com o seu filho.
Exemplo de uma atividade para o cartão atividade: Cleaning a bathroom
3.3.1. Promover pontos fortes
Os jovens precisam de ter uma forte autoestima!
"Geralmente uma boa aparência, atividades desportivas e amigos contribuem para uma boa autoestima. Os jovens com deficiência intelectual devem conhecer os seus pontos fortes e, ao mesmo tempo, lidar com as suas fraquezas, como por exemplo, uma aparência que pode não corresponder ao ideal convencional de beleza. Por fim, eles têm de ser capazes de fazer mais do que os outros e aceitar ser diferente e ainda gostarem uns dos outros." [18]
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Para desenvolverem os seus pontos fortes, as crianças com deficiências graves precisam de apoio. É importante dar resposta à situação específica da criança e encontrar um equilíbrio entre apoio e exigências. Para tipos específicos de deficiência, foram desenvolvidas abordagens especiais de apoio como por exemplo o método TEACCH (Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits Relacionados com a Comunicação) para crianças com distúrbios com autismo.
A dinâmica em psicologia e educação - das limitações, para os pontos fortes - assume vários conceitos e abordagens, como o conceito de “salutogenesis” (forças que geram saúde) e resiliência, e deu origem a uma atitude orientada para os recursos.
Os recursos são fatores que podem fortalecer as pessoas numa situação!
"Eles tanto podem ser desenvolvidos na própria pessoa (recursos pessoais) como serem trazidos para a pessoa pelo meio ambiente (recursos ambientais). Se os recursos são acentuados, eles promovem o desenvolvimento humano - também compensando os défices e distúrbios do desenvolvimento". [19]
Todos nós temos pontos fortes.
Em algumas pessoas eles são mais acentuados, noutras menos. Em alguns casos, os fatores intangíveis estão "adormecidos" e ainda não foram descobertos. Quando as pessoas são questionadas sobre os seus pontos fortes, elas geralmente não têm uma resposta clara e convincente, precisando, antes do mais, pensar muito e bem.
Então, como pretende usar os seus pontos fortes, se não tem consciência deles? Através de uma pesquisa (seja um caçador de tesouros!):
Tome como sua tarefa identificar e usar os pontos fortes e as capacidades das crianças. Algumas perguntas úteis: Em que é que o seu filho é bom? O que é muito fácil para ele? Tem alguma competência especial?
Inclua a sua família, os amigos e conhecidos. Porque mesmo a opinião deles, vinda do "exterior", é de grande importância e abre novas perspetivas!
É fundamental que tome repetidamente consciência dos seus pontos fortes, treinando-os e, acima de tudo, aproveitando-os. Como em qualquer formação, a pratica faz o "mestre".
Seja criativo e torne visíveis os seus pontos fortes, por exemplo através de uma colagem, ou da recolha dos pontos fortes e recursos numa arca do tesouro que pode ser resgatada sempre que for necessário.
Não esteja sempre a comparar a evolução do seu filho com a das outras crianças, olhe antes para a sua subjetividade! A melhor maneira de acompanhar a evolução do seu filho, passa por elaborar regularmente pequenos planos e relatórios da sua evolução.
Todo ser humano tem recursos, mais ou menos ativados, que estão disponíveis para lidar com situações da vida! [20]
Incentive o talento porque as nossas expectativas de sucesso são influenciadas pelo quanto acreditamos nos nossos pontos fortes! [21]
Procure modelos e pessoas que possam servir de exemplo, para gerirem a incapacidade na idade adulta! - Modelos, ídolos, referências podem encaminhar as nossas ações na direção desejada. A imitação é uma das três principais formas de aprender! "Exemplos mostram que aquilo que ainda considera impossível na sua mente é há muito tempo realidade na vida real."
Para o adolescente, pode se tornar numa situação muito frustrante, ele não conseguir vivenciar a sua autonomia.
Como pode aqui ajudar o seu filho:
Saiba que encorajar o seu filho a se tornar mais autônomo não significa abandonar ou desistir da criança. [23]
Numa escala reduzida, como podem os jovens ganhar experiência de serem autónomos - mesmo com o apoio de outras pessoas -, de tal forma que eles próprios estejam "no centro"? Crie incentivos para isso! [24]
3.3.2 Descobrir novos campos de aprendizagem
“Na verdade, os pais da PWID são subitamente confrontados com desejos, por exemplo, a aquisição de uma carta de condução, que não é necessariamente realizável. Eu enfatizo "não necessariamente", porque não há nenhuma regra sobre isso: eu fui por diversas vezes impressionado por jovens PWID e pelas suas competências. Mesmo que as hipóteses de sucesso sejam baixas, não deve poupar a todo custo, uma deceção ao seu filho evitando que ele a vivencie. Refiro-me ao exemplo da carta de condução: conheço pais que deixam os seus filhos terem uma aula de condução. Acaba por ser um fracasso, mas pelo menos eles deram ao filho a possibilidade de tentar. "[25]
A aprendizagem acontece inconscientemente em muitas situações da vida quotidiana. Conhecimento experimental, experimentação, testes, absorver e aplicar informação - por detrás de todas estas atividades existe um processo de aprendizagem. Aprender significa partilhar, criar, discutir e vincular informações. Aprender significa tornar-se ativo. Requer interesse e motivação por parte do indivíduo.
O objetivo de toda a aprendizagem é melhorar a qualidade de vida, aumentando a capacidade de atuar num contexto social, profissional e privado. A aprendizagem é um processo vivo ao longo da vida, que leva a uma relação consigo próprio, com os outros e com o mundo. [26]
"Novos desafios - criando
“furos” no seu dia a dia!"
Como pode aqui ajudar o seu filho:
Nunca proponha logo uma “assistência total"! Tem de saber bater o pé aos seus filhos. Eles não podem ter tudo automaticamente. Para aprenderem a assumir responsabilidades, é importante que aprendam alguma coisa por si próprios. [27]
Tem alguma ideia, onde pode incluir "furos" na sua rotina diária? Exemplos: Peça que preparem o seu próprio almoço, dobrem as suas próprias roupas, levantem-se sem serviço de despertar, mesmo que a cenoura não fique perfeitamente cortada, a prática leva à perfeição!
Maior autonomia ou um sentido de realização podem ser incentivos para a conclusão das tarefas. As crianças que tiveram de resolver muitos problemas demonstram ser mais felizes! [28]I
Para criar um sentido de realização, é importante definir desafios e atribuir tarefas que inicialmente são fáceis de concluir e que podem ser divididas em etapas muito pequenas.
Estas tarefas deixam claro o que o seu filho pode ou não fazer, onde estão as suas possibilidades de desenvolvimento e onde estão os seus limites - incluindo os relacionados com a deficiência.
Jamais lhes ofereça "tudo de mão beijada"! Os seus filhos precisam ser contrariados. Eles não podem automaticamente ter tudo. Para aprenderem a assumir responsabilidades, é importante que os seus filhos aprendam algo por si próprios.
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"Tire partido das oportunidades educativas!"
Oportunidades educativas ajudam a adaptar às exigências da vida.
No que diz respeito às pessoas com deficiência, a educação de adultos tem a tarefa de proporcionar novas experiências e de as processar, [29] transmitindo conhecimento, apoiando a sua autonomia e moldando a própria vida. [30] A informação é importante para tomar decisões.
As PCDI, em particular, muitas vezes têm problemas em tomar decisões, já que raramente tal tenha sido uma opção no passado. No entanto, uma vida em grande parte autónoma, significa que as decisões com consequências mais ou menos abrangentes têm que ser tomadas vezes sem conta, como por exemplo a decisão para um trabalho [31
Como pode aqui ajudar o seu filho:
Os pais devem incentivar os jovens a descobrir e perseguir os seus próprios interesses ou a responder ativamente às mudanças da vida quotidiana.
Permitir a participação em oportunidades educacionais
3.3.3. Aproveite a confiança das entidades externas na criança
A ajuda externa na adolescência tem muitas facetas:
Ajuda os jovens a fazerem experiências fora de seus pais, por ex. num grupo de pares (capítulo 2.3.5). Mas ajuda também os pais a "deixarem ir" e a desenvolverem um novo relacionamento com seu filho
A autoconfiança do seu filho é fortalecida pela superação de obstáculos, pela coragem e pela confiança. Quanto mais vezes o seu filho tiver oportunidade de experimentar (espaços experienciais) e dominar as coisas, melhor aprenderá a lidar com a frustração aumentando a sua autoconfiança
Repetidamente, os pais sentem que os pontos praticados há muito tempo só começarão a dar resultado com uma pessoa externa. [32]
A determinação de pessoas externas tem a vantagem de interromper as rotinas. Mesmo pequenas mudanças no processo podem exigir uma reformulação do mesmo e uma nova atitude.
Uma "diferente" avaliação da pessoa e dos seus pontos fortes e fracos ocorre, independentemente da natureza da ligação e da dependência.
Como posso aqui, ajudar o meu filho:
Existem tarefas e funções que podem ser transferidas para outros membros da família ou para outras pessoas?
É importante que estes outros colaboradores apoiem a experimentação. Isso cria novas espaços de desenvolvimento.
Já se questionou que parte das suas tarefas de apoio podem ser confiadas a apoios ou ofertas externas?
3.4. Bibliografia
1 Beyer, I. (2013): Unser Kind wird erwachsen. Das Eltern-Magazin der Bundesvereinigung Lebenshilfe. 1. Auflage 2013. Hrsg. Lebenshilfe e.v., Marburg. S.7
2 Senckel, Barbara (2015): Mit geistig Behinderten leben und arbeiten. C.H.Beck, München.
3 Fischer, U. (2006): Bindung und Ablösung bei schwer geistiger Behinderung. In: Bundesvereinigung Lebenshilfe (hrsg.). Schwere Behinderung – eine Aufgabe für die Gesellschaft! Marburg,S. 273 – 283
4 Achilles, Ilse 2010: „Was macht Ihr Sohn denn da?“ Geistige Behinderung und Sexualität. Ernst Reinhaldt Verlag, München, Basel. 5. Überarbeitete Auflage.
5 Uphoff, Gerlinde (2018): Interview im Rahmen des Projekts ELPIDA am 20.02.2018
6 Senckel, Barbara (2015): Mit geistig Behinderten leben und arbeiten. C.H.Beck, München.
7 Fend, H. 2005. Entwicklungspsychologie des Jugendalters Taschenbuch. WS Verlag für Sozialwissenschaften. 3. Aufl. Wiesbaden. S.78
8 Dreher & Dreher 2002 in Schultz, A. (2010): Ablösung vom Elternhaus. Bundsvereinigung Lebenshilfe (Hrsg.)
9 Uphoff, Gerlinde (2018): Interview im Rahmen des Projekts ELPIDA am 20.02.2018
10 Agthe-Diserns, C. / Mercier, M. 2001: Erwachsen werden und Behinderung – Brüche und Bezüge. http://insieme.ch/wp-content/uploads/2010/03/d_542_Erwachsen_werden.pdf / 12.02.2018
11 Uphoff, G; Kauz, O; Schellong, Y (2010): Junge Menschen mit geistiger Behinderung am Übergang zum Erwachsenwerden – Bildungsprozesse und pädagogosche Bemühungen. In: Zeitschrift für Inklusion, Ausgabe 01/2010
12 Ekert, B.; Ekert, C. (2010): Psychologie für Pflegeberufe. Thieme, Stuttgart. S.74
13 Eckert, A. (2007-2) Familien mit einem behinderten Kind. Zum aktuellen Stand der wissenschaftlichen Diskussion. Quelle, In: Behinderte Menschen, (Nr. 1 / 2007) 1, S. 40 – 53
14 Fehlhaber, C. (1987): Ablösungskrisen bei geistig behinderten Jugendlichen. In. Lempp, R. (Hrsg.): Reifung und Ablösung. Bern, Stuttgart, Toronto, S. 157-160
15 Uphoff, Gerlinde; Kauz, Olga; Schellong, Yvonne (2010): Junge Menschen mit geistiger Behinderung am Übergang zum Erwachsenwerden - Bildungsprozesse und pädagogische Bemühungen. In: Zeitschrift für Inklusion, Ausgabe 01/2010 online unter: http://bidok.uibk.ac.at/library/inkl-01-10-uphoff-bildung.html zuletzt geprüft 21.05.2018
16 Klauss, T. (2015): Menschen mit geistiger Behinderung – Ablösung vom Elternhaus (Winnenden 13 11 2015 S.10)
17 Wikipedia" Transition (Medizin) --- Wikipedia Die freie Enzyklopädie ,2018 "https://de.wikipedia.org/w/index.php?title=Transition_(Medizin)&oldid=173730848", Zugriff am 23. April 2018
18Retzlaff: Familien-Stärken: Behinderung, Resilienz und systemische Therapie. Stuttgart, Klett-Cotta, 2010. S.244
19 Kiso, C. / Lotze, M. / Behrensen, B.(2014): Ressourcenorientierung in KiTa & Grundschule. nifbe-Themenheft Nr. 24, Im Eigenverlag
20 Kiso, C. / Lotze, M. / Behrensen, B.(2014): Ressourcenorientierung in KiTa & Grundschule. nifbe-Themenheft Nr. 24, Im Eigenverlag
21 Friedrich, S. (2010). Entwicklung einer ressourcenorientierten Haltung. In T. Möbius & S. Friedrich (Eds.), Ressourcenorientiert arbeiten. Anleitung zu einem gelingenden Praxistransfer im Sozialbereich (pp. 39-‒50). Wiesbaden: VS-Verlag.
22 Schatz 1998, 135 in Schultz, A. (2010): Ablösung vom Elternhaus. Bundsvereinigung Lebenshilfe (Hrsg.).
23 Agthe-Diserns, C. / Mercier, M. 2001: Erwachsen werden und Behinderung – Brüche und Bezüge.http://insieme.ch/wp-content/uploads/2010/03/d_542_Erwachsen_werden.pdf / 12.02.2018
24 Uphoff, Gerlinde (2018): Interview im Rahmen des Projekts ELPIDA am 20.02.2018
25 Denis Vaginay, Arzt und Dozent für Klinische Psychologie http://insieme.ch
26 https://oebib.wordpress.com/2010/11/03/lernort-bibliothek-%E2%80%93-zwischen-wunsch-und-wirklichkeit-teil-3/ Zugriff am 05.05.2018
27 www.praxis –jugendarbeit.de Zugriff am 28.04.2018
28 www.praxis –jugendarbeit.de Zugriff am 28.04.2018
29 Uphoff, G; Kauz, O; Schellong, Y (2010): Junge Menschen mit geistiger Behinderung am Übergang zum Erwachsenwerden – Bildungsprozesse und pädagogosche Bemühungen. In: Zeitschrift für Inklusion, Ausgabe 01/2010
30 Fornefeld, B. (2000): Einführung in die Geistigbehindertenpädagogik. München, Basel. S.119
31 Döbling, K.(2004): Förderung von Selbstbestimmung und Integration von Menschen mit geistiger Behinderung, München, Disserta Verlag, Hamburg
32 Uphoff, Gerlinde (2018): Interview im Rahmen des Projekts ELPIDA am 20.02.2018
4. Deixar partir - O que significa a separação para os pais?
Este capítulo vai ajudá-los a:
lidar com as alterações futuras no sistema familiar.
aprender a alterar (ativamente) o papel de pais.
refletir sobre que serviços e responsabilidades de apoio podem ser confiados a terceiros.
refletir sobre as vantagens e desvantagens de manter os pais como "representantes legais“.
reconhecer a importancia dos encontros com outros pais e a possibilidade de troca de conhecimentos entre eles.
É importante saber que a separação não significa romper o vínculo com os próprios filhos. A criança manterá sempre um relacionamento com os pais. Quanto mais estável for a relação familiar, mais forte ela será quando a criança se separar. [1] O vínculo não é cortado, é modificado, é reconstruído
"A separação abrange a evolução da relação pai-filho." [2]
Muitos pais encaram a saída de casa como uma separação. Mas a primeira separação na vida da criança acontece
muito antes da sua saída. “O nascimento seguido pelo fim da amamentação, o
aprender a andar, o desenvolvimento da vontade própria (os terríveis dois anos)
etc. são marcos na crescente independência dos pais”. [3] A consequência lógica da concessão da autonomia é ter o
seu próprio apartamento ou residir com um grupo. Como pais devem estar orgulhosos
do vosso desempenho.
Conseguiram deixar o vosso filho sair para o mundo. A tristeza e o medo podem sobrepor-se a esse orgulho: a tristeza,
como uma sequência de vida terminou, a paternidade intensiva não vai voltar, os
medos das alterações na própria vida e as preocupações sobre a criança adulta.
“Nós fazemos muitas transições nas nossas vidas, mas talvez a que tenha as consequências mais profundas seja a transição para a idade adulta.” [4]
A separação na juventude não é apenas um período de desenvolvimento para o jovem, é também complementar para os pais. “Para ambos os lados, a separação é uma fase e uma nova orientação que implica uma crise de identidade não apenas para a criança, mas também para os pais”. "Os processos não resolvidos de separação dos jovens impedem uma nova orientação dos pais tanto quanto uma nova orientação dos pais não resolvida impede o afastamento dos pais." [5]
4.1. Alterações dentro do sistema familiar – redefinação do papel dos pais
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"Como posso cumprir o meu papel de pai de uma criança já adulta?" " Qual o significado desta mudança para a restante família?"
A transição para a idade adulta e a saída da sua criança significam uma enorme alteração para os pais.
"Seria ideal se ambas as partes (pais e jovens) tivessem tempo suficiente para progredirem cuidadosamente em diferentes direções até que todas as dependências fossem removidas e os contatos acontecessem em estrita forma voluntária. Este processo ideal de separação é, no entanto, muito raro na realidade, na maioria das vezes é um momento de grande desgaste emocional”. [6]
Infelizmente, raramente é o momento certo. Tanto os aspetos da vida exterior como a visita de um determinado centro de assistência ou problemas internos contribuem para uma separação muito rápida e os pais têm pouco tempo para se adaptar a essa nova situação. Ou as crianças ficam mais tempo, algumas toda a vida na casa dos pais.
De acordo com Bronfenbrenner psicólogo do desenvolvimento, se um extrato está pendente, isso é entendido como uma "transição ecológica" transition porque "uma pessoa muda a sua postura (no contexto entendido como ecológico) mudando o seu papel, a área de vida ou ambos". [7] Isso leva sempre a uma mudança de papel.
Nestas atribuições, torna-se óbvio quão complexa e exigente é essa transição e o afastamento da família de um adolescente com deficiência mental.
Se os pais forçam a saída, devido a fatores externos ou à medida que procuram um lar residencial para o seu filho adulto e tem de o comprovar, por exemplo, perante um serviço administrativo, a separação é vivida como uma verdadeira “entrega". “O inicio do processo de separação de uma criança desencadeia sentimentos ambivalentes” [12] Você atirou o seu filho para fora do ninho! “Se esses sentimentos não forem devidamente tratados, podem gerar problemas. O desconforto com a situação pode ser transferido para a instituição. “Eles fazem tudo errado.” (Uphoff 2018)
“As crianças com deficiência são muitas vezes o objetivo central na vida dos pais. Neste caso, os pais têm duas possibilidades. Primeira: Renovar a sua orientação com crescente desapego. Segundo: Manter o filho / filha o maior tempo possível consigo e a respetiva responsabilidade principal por eles. Isso exige uma nova definição do próprio papel e a transferência de responsabilidade. ”[9]
Durante anos, uma pessoa foi o centro da família. Este papel da criança ajudou a estabilizar a família. [10] Agora a criança deixa a casa e também o sistema familiar.Para começar, as mães sofrem do síndrome do ninho vazio, a tristeza e o abandono após a saída da criança. Sentem-se inúteis e dispensáveis. O emprego ajuda a superar esse vazio, mas o regresso a uma carreira profissional é muitas vezes difícil ou até mesmo impossível. "É pois, especialmente difícil para as mulheres gerirem a transição da maternidade ativa para a passiva", diz Bettina Teubert, Terapeuta Familiar e mãe de dois filhos adultos, a uma revista alemã em São Paulo. Ela fundou um grupo de autoajuda para ajudar no tempo de transição."O ninho vazio não é uma doença, mas uma consequência de um acontecimento normal da vida com aspetos positivos e negativos, mas não obstante as pessoas envolvidas falam frequentemente sobre" depressão "e" trabalho de luto ". [10]
Quando a criança deixa a casa dos pais, pode também acontecer que os problemas que foram tratados anteriormente apareçam com maior agressividade. Isto mostra que a parceria existe apenas devido à criança. Como um exemplo, pode haver uma "mãe de helicóptero", que sente um vazio dentro de si mesma, uma vez que o seu propósito de vida desapareceu. Outro exemplo é o de um pai, que tem inveja dos adolescentes e da sua liberdade, lamentando a sua juventude. E por último, mas não menos importante, os próprios jovens, que agem de forma insolitamente autónoma e tomam decisões, mesmo que não se sintam realmente preparados para isso, e talvez nunca tenha aprendido a fazê-lo. [12]
Por outro lado, virar a sua atenção para o parceiro pode ajudar. Para juntos encontrarem uma nova intimidade , o regresso à existência do homem e da mulher, e não apenas o de mãe ou pai, pode ajudar. Um ambiente social estável, bons amigos e familiares facilitam o desprendimento.
O que o pode ajudar:
Admita o sofrimento é um sentimento normal da transição.
Procure apoio profissional, se sofrer de insõnias ou outros sintomas de depressão.
Descubra de nova a(o) sua(eu) parceira(o).
Aproveitem o tempo juntos e a nova liberdade.
Há mais tempo libre para novos projetos, hobbies ou um bom livro.
4.2. Apoiar / Encontrar outros apoios
"Toda a gente diz, que eu o devo deixar partir, mas ninguém sabe o que o meu filho realmente precisa”.
Isto foi dito por uma mãe numa conversa sobre a mudança do cuidado parental para um lar residencial. É preciso muita força para deixar que a criança, apesar de tudo vá
Vídeo: "Como são importantes
para mim os cuidadores."
Cada criança é única, com uma personalidade própria, com os seus próprios desejos e temperamentos diferentes. As pessoas com deficiência têm capacidades limitadas dependendo do grau e nível de desenvolvimento.
Devido aos diferentes tipos e síndromes de deficiência, as necessidades especiais acumulam-se. Uma criança com autismo precisa de apoio diferente de uma criança com Síndrome de Down. Enquanto a criança autista muito dificilmente suporta um contato físico, os jovens com trissomia precisam aprender que não é aceitável lançar os braços à volta do pescoço de todos. [13]
Dependendo da necessidade de apoio, pode ser razoável transferir algumas áreas de responsabilidades para o apoio externo - nada tem de ser permanente. O acordo de apoio pode abranger um amplo leque - desde uma simples dica do especialista até o cuidado socio emocional de longo prazo.
Os cuidadores profissionais podem não apenas ajudar no autodesenvolvimento, no desenvolvimento da autonomia e no planeamento da vida, mas podem também ser parceiros na reconstrução do relacionamento pai-filho.
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Para a partilha ou mesmo passagem de responsabilidade ao apoio, pode haver etapas intermediárias na separação. Por exemplo, uma hipótese para uma criança com um alto grau de incapacidade pode ser a dos cuidados ao domicílio serem entregues temporariamente a um apoio externo, isto é, a um serviço de atendimento profissional. Numa primeira análise, isto pode ser um desafogo para ter tempo para outras tarefas necessárias e, também, ter tempo livre para si próprio. Isso está relacionado com a insegurança, talvez alguns métodos venham a mudar, mas é também uma oportunidade para a criança, receber mais estímulos à aprendizagem.
Outra hipótese é a de conhecer melhor os futuros cuidadores antes de abdicar das suas responsabilidades. É preciso tempo para se ganhar confiança. É importante dar o tempo necessário tanto a si próprio como aos outros.
Desejável seria a participação ativa dos jovens adultos com deficiência durante a fase de planeamento da sua futura condição de vida. Se o seu nível de desenvolvimento o permitir, eles devem ser livres para escolher a sua forma de vida, e os membros do seu grupo - e se possível - quais os cuidadores com quem querem viver no futuro.
Tais processos de decisão só serão bem-sucedidos se já tiverem vivenciado o direito de gestão repartida na fase inicial da sua vida. [14]
O psicólogo Dr. Rüdiger Retzlaff disse: "Deixar ir é mais fácil, se receber alguma coisa." [15] Visto que, deste ponto de vista, a entrega de responsabilidades aos cuidadores é um alívio para os pais e uma oportunidade para a criança.
Procures, em tempo útil, apoio nos familiares, amigos e em organizações profissionais.
Disponha de tempo para criar o clima de confiança necessário.
Dê pequenos passos para não se sobrecarregar a si próprio e ao seu filho .
- Consulte a Checklist for vocational preparation.
4.3. Os pais como representantes legais – Conhecer as vantagens e desvantagens
Ao completar 18 anos de idade, a criança é adulta e pode tomar decisões no seu próprio interesse. Isto deve ser tido em consideração, quando por exemplo, de um dia para o outro um jovem adulto pode decidir sobre as suas finanças e ser responsável por dívidas eventuais.
Tanto o adolescente como os seus pais têm de saber distinguir o poder parental da tutela legal.
Excerto de uma lei relativa à tutela legal na Alemanha (§ 1901 BGB):
(1) A tutela inclui todas as atividades necessárias para cuidar de todos os negócios da pessoa supervisionada, de acordo com os seguintes regulamentos.
(2) O tutor deve prover os negócios para o bem-estar da pessoa supervisionada. O bem-estar da pessoa supervisionada inclui a possibilidade de organizar a sua vida de acordo com seus próprios desejos e conceções no quadro de suas capacidades.
(3) O responsável deve atender aos pedidos da pessoa supervisionada, se tal não for contrário aos seus interesses e se for razoável para o responsável legal. Isto diz também respeito aos pedidos que foram expressos antes de o tutor ter sido nomeado - a menos que a pessoa supervisionada obviamente não queira manter esses pedidos. Antes de abordar questões importantes, o tutor deve falar sobre isso com a pessoa supervisionada, se não afetarem os seus interesses.
Um adulto com deficiência tem os mesmos direitos que todas as outras pessoas, mas para além disso ele beneficia de mais proteção, se a necessidade de apoio for declarada por uma autoridade legal.
Dependendo da sua incapacidade e capacidade, pode ser aconselhável solicitar uma tutela legal apenas para algumas áreas. Esses domínios podem ser - dependendo das necessidades da pessoa supervisionada - aplicados por um determinado período. Se os pedidos de nomeação forem cumpridos, os desejos da pessoa supervisionada são previamente reconhecidos.
Na maioria dos casos, os pais querem assumir a tutela legal do filho. Se a criança não estiver em desacordo com essa proposta, a autoridade legal designará os pais como responsáveis legais, desde que isso corresponda aos interesses da criança
Os pais devem ter conhecimento prévio que a tutela pode despoletar conflitos de interesses e de funções: como responsáveis legais, ele tem de decidir em benefício dos supervisionados. Para este “benefício”, o órgão legislativo estabelece a dimensão: os pedidos e os conceitos do supervisionado sobre a estruturação da sua própria vida. Isto pode não coincidir com a conceção dos pais, mas de qualquer forma está num quadro razoável para os externos. Fica a pessoa realmente em perigo por causa de certas ações? Os pais podem tentar convencer os seus filhos da sua conceção de vida, os tutores legais não podem.
Haverá sempre casos em que os tutores legais terão que decidir, por bons motivos, contra a vontade dos supervisionados. Por exemplo. se um PCDI for incapaz de lidar com problemas financeiros. Compras via internet ou contratos podem ser anulados por uma clausula do acordo. Um contrato de telemóvel pode ser inválido e como consequência o aparelho ser retirado. Como pais, irão sentir a revolta do vosso filho que poderá ser transferida para outros campos. Se um tutor legal externo assumir essa tarefa, os sentimentos negativos serão dirigidos para esse tutor, em vez dos pais. Os pais podem preferir consolar o seu filho e refletir sobre a situação.
O cuidado que os pais acham que deve ser dado excede amplamente o dever fiduciário e o poder de decisão de um tutor legal.
Se um tutor legal externo for nomeado pela autoridade legal, tem de intervir de acordo com o conceito de despesas do supervisionado e outras decisões. Se os supervisionados não concordarem com as decisões, os pais estarão disponíveis como apoio emocional.
O que o pode ajudar:
Refletir corretamente sobre os efeitos que a adopção da tutela legal pode ter sobre os seus filhos .
Se assumir essa opção, faça uma formação para tutor legal.
Encontre um tutor legal em quem voçe e o seu filho confiem.
Esteja sempre presente para o seu filho, mesmo que delegue a sua responsabilidade legal.
4.4. Encontre apoio para si próprio
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Se as crianças crescem, isso significa uma enorme mudança para os pais
Normalmente, as crianças com deficiência ocupam muito o tempo da vida familiar. Portanto, é ainda mais importante procurar uma nova perspetiva de vida depois de as crianças se mudarem. Lamentar o passado e dificultar as mudanças não ajuda.
Especialmente as mães, que, desde há muito
tempo, têm estado ocupadas com a educação de seus filhos e que por isso não
conseguiram ter um emprego remunerado, têm agora dificuldades em regressar ao
seu emprego. Elas sofrem mais frequentemente com as alterações da situação
familiar do que as que estão empregadas. [16]
A seguir, encontra alguns tópicos que podem ajudá-lo:
Permita-se dar espaço aos seus sentimentos. Tire um dia de folga, esqueça os seus problemas urgentes e os desgostos do trabalhos, e viva-o o mais intensamente possível [17]
Tudo muda na vida, e as pessoas têm também oportunidade de crescer. Como pais, vocês precisam de ter uma forte consciência própria.
Dentro dos seus recursos pessoais, pode encontrar a saúde, competências para resolver problemas, um otimismo moderado, o humor, a consciência própria, a estabilidade emocional e muito mais. É um apoio importante para ter consciência das suas competências.[18]
Igualmente importante é o contato com os cuidadores que assumem a assistência. Quanto mais neles se ganha confiança, mas fácil se torna a separação
É bom reiniciar atividades individuais para preencher o seu tempo
Geralmente ajuda, partilhar experiências semelhantes com outros pais. Em situações difíceis, a preocupação comum pode ajudá-lo a orientar-se, a olhar para frente e a ter um papel estabilizador “.[19]
Aproveite a possibilidade de ter supervisão especializada para “receber apoio profissional para os problemas e as suas possíveis soluções ou para falar com pessoas não diretamente envolvidas na situação e, portanto, capazes de ter uma visão objetiva das correlações”[20]
Toda a pessoa tem direito ao lazer e às suas próprias atividades próprias. Consciência pesada não tem lugar aqui.
Tenha consciência dos seus próprios limites. Num caso de depressão constante, deve consultar terapeutas competentes. Por isso sempre que for necessário aceite apoio.[21]
Consulte a Checklist for vocational preparation.
4.5. Bibliografia
1 Spanhel, D. 2014: Erziehung zur Selbständigkeit in der Familie. In:https://www.familienhandbuch.de/babys-kinder/bildungsbereiche/selbststaendigkeit/ErziehungzurSelbstaendigkeitinderFamilie.php Zugriff am 10.05.2018
2 Fischer, U. (2006): Bindung und Ablösung bei schwer geistiger Behinderung. In: Bundesvereinigung Lebenshilfe (hrsg.). Schwere Behinderung – eine Aufgabe für die Gesellschaft! Marburg,S.281
3 Klauss, T. (2015): Menschen mit geistiger Behinderung – Ablösung vom Elternhaus (Winnenden 13 11 2015. S.37)
4 Heslop, P., Mallett, R. Simons, K. & Ward, L. (2002): Bridging the Divide at Transition. In: IOSR Journal Of Humanities And Social Science (IOSR-JHSS) Volume 17, Issue 3 (Nov. - Dec. 2013), PP 41
5 Klauss, T. (2015): Menschen mit geistiger Behinderung – Ablösung vom Elternhaus (Winnenden 13 11 2015. S.64)
6 Sammer, U. 2004: Kinder werden flügge. Knaur. 2004
7 Klauss, T. (2015): Menschen mit geistiger Behinderung – Ablösung vom Elternhaus (Winnenden 13 11 2015. S.69)
8 Klauss, T. (2015): Menschen mit geistiger Behinderung – Ablösung vom Elternhaus (Winnenden 13 11 2015. S.10f)
9 Klauss, T. (2015): Menschen mit geistiger Behinderung – Ablösung vom Elternhaus (Winnenden 13 11 2015. S.10f)
10 Lempp, R.: Lebensphasen – Lebensorte. Schwierigkeiten des Erwachsenwerdens für geistig behinderte Menschen. In: Wacker, E./ Metzler, H. (Hrsg.): Familie oder Heim. Unzulängliche Alternativen für das Leben behinderter Menschen? Frankfurt/Main 1989, S.152-168
11 Teubert, B.: http://www.sueddeutsche.de/leben/empty-nest-syndrom-kinder-weg-krise-da-1.2588289-2 Zugriff: 28.02.2018
12 Sammer, U. 2004: Kinder werden flügge. Knaur. 2004
13 http://insieme.ch/leben-im-alltag/erwachsen-werden/Zugriff am 20.04.2018
14 Senckel, Barbara (2015): Mit geistig Behinderten leben und arbeiten. C.H.Beck, München S.112
15 Retzlaff, R. (2010): Familien-Stärken. Behinderung, Resilienz und systemische Therapie. Klett-Cotta Verlag, Stuttgart. S. 245
16 Gavranidou, M. (1993): Wohlbefinden und Erwerbstätigkeit im Familienverlauf. In: B. Nauck(Hg.): Lebensgestaltung von Frauen. Weinheim: Juventa, S. 246
17 Kast, V. Lebenskrisen werden Lebenschancen. Wendepunkte des Lebens aktiv gestalten. Freiburg 2006 (4. Auflage von 2000)
18 Retzlaff, R. (2010): Familien-Stärken. Behinderung, Resilienz und systemische Therapie. Klett-Cotta Verlag, Stuttgart.
19 Eckert, A. (2007) Auszug ohne Abschied. Zur Bedeutung von Ablösungsprozessen im "Zusammenleben mit" und dem "Sich-Trennen von" Heranwachsenden mit einer Behinderung. Quelle, In: Behinderte Menschen, (2007) 1, S. 54-64
20 Eckert, A. (2007) Auszug ohne Abschied. Zur Bedeutung von Ablösungsprozessen im "Zusammenleben mit" und dem "Sich-Trennen von" Heranwachsenden mit einer Behinderung. Quelle, In: Behinderte Menschen, (2007) 1, S. 62
21 Sammer, U. 2004: Kinder werden flügge. Knaur. 2004
5. Apoio externo
A fase de separação é frequentemente paradoxal para os jovens com deficiência intelectual
“Para uma autonomia cada vez maior, os adolescentes precisam de competências que nem sempre lhes são dadas!” - “Os pais têm de adotar medidas ativas para uma autonomia de sucesso e demonstrar persistência - ao mesmo tempo, devem cada vez mais e mais desistir do controlo”. [1]
Os adolescentes estão numa situação complicada ao aceitar apoio para se tornarem autónomos por parte daquelas pessoas, de quem eles se querem tornar independentes”. [2]
Quando as crianças se separarem e o apoio externo for aceite, deve ser analisado com precisão, qual o tipo de apoio que eles precisam e o que podem fazer sozinhos, ver no Chapter 3.
Os pais precisam de descobrir o que vão continuar a fazer e onde podem estabelecer mais limites. [3] Analisado do ponto de vista do cuidador, isto significa uma maior abertura do apoio familiar ao apoio profissional
A cooperação entre a equipe pedagógica especializada e os pais é considerada como um dos elementos mais importantes para o apoio ao desenvolvimento e tem uma enorme influência no sucesso do processo de separação. [4]
O capítulo pretende fornecer informações sobre os serviços em domínios de transição para ajudar os PCDI a tomarem decisões relevantes de apoio. (chapter 5.1.).
Outro foco será a cooperação com os cuidadores externos e na forma como eles se podem tornar num recurso para a reconstrução do relacionamento (chapter 5.2.).
Por exemplo: Evitar uma separação súbita, o arrastamento do tempo de preparação ou a troca precoce de informação com os cuidadores.
5.1. Serviços no âmbito da transição
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Quando os seus filhos crescem, muitos pais sentem-se abandonados pelas instituições. [5] Estudos alemães nestes domínios confirmam que muitos serviços de apoio nas áreas dos tempos livres, da educação e do aconselhamento são desconhecidos. Os sistemas de apoio normalmente são complexos e pouco claros e existem grandes diferenças entre eles, dependendo da sua organização e da sua localização. [6] Esta complexidade conduz a problemas de orientação e a decisões complicadas. Serviços de consultoria e coordenação estão particularmente em falta. [7] Um fácil acesso à informação - por exemplo: que serviços se enquadram nas necessidades familiares - seria um grande apoio para muitos pais! Na Alemanha, tais serviços de consultoria estão realmente abertos em todo o país no âmbito de um programa de apoio governamental: “Consultoria participativa independente e gratuita” §32 SGB IX.
Este capítulo fornece uma visão geral sobre os possíveis serviços de apoio e está dividido nas seguintes áreas:
Serviços de apoio: grupo de pares / relacionamentos / lazer e educação (5.1.1.)
Atendimento individual: Treinar autonomia e competências (5.1.2.)
Serviços de apoio á planificação de vida: Emprego, alojamento, relação do casal (5.1.3.)
Serviços de apoio: grupo de pares / relacionamentos / lazer e educação
Por via dos serviços de transporte, os cuidadores externos podem contribuir significativamente para a existência de contactos.
Assistência personalizada para atividades com amigos, primeiros “encontros” sem os pais, por exemplo: ir a um café ou ao cinema são vivências preciosas para a autoestima. Se for necessário os contactos podem ser ativamente acompanhados, por exemplo: através de dicas para a criação de relacionamentos, de diálogo, e de apoio na communication quando existirem dificuldades de articulação.
Geralmente esses serviços são oferecidos por voluntários ou estudantes. Frequentemente as pessoas são da mesma idade, o que desempenha um papel importante nas regras de acompanhamento e na identificação com a vivência. Frequentemente, os “jovens cuidadores” automaticamente tornar-se-ão em figuras de identificação e ligação.
Nota:
Muitas atividades do dia a dia serão ensinadas durante o apoio, tais como, pagar o seu gelado, treinar o caminho para chegar à geladaria, etc.
Boas relações , independentes do apoio dos pais, podem ajudar os adolescentes com deficiência mental a desenvolver novos projetos pessoais, a realizá-los e a lidar com desafios.
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Os serviços educativos e de ocupação dos tempos livres são cada vez mais oferecidos numa linguagem acessível, num ritmo de aprendizagem mais moderado e em grupos menores. Oficinas (Workshops) e instituições para pessoas com deficiência, mas também cuidadores oficiais desenvolvem serviços para pessoas com deficiência sobre assuntos importantes, tais como, o treino de primeiros socorros, a alimentação saudável, a menopausa ou o treino de escrita.
Atividades de lazer são as mais adequadas para fazer novos contactos, por exemplo: praticar desporto, participar em cursos ou eventos culturais ou sociais. É importante que os adolescentes escolham, por conta própria, as suas atividades de lazer. Quanto mais divertida a atividade, mais a motivação para entrar em novo solo virgem é reforçada.
Definitivamente, hoje existem serviços de lazer especialmente para a PCDI. Reuniões de lazer, eventos organizados, até mesmo viagens de longa distância. Durante esses momentos e viagens, o jovem PCDI pode ser assistido e orientado, dependendo dos pedidos e da necessidade.
Nota:
A participação em atividades educativas e de lazer oferece boas oportunidades para experimentar a separação temporária
Para poderem fazer a sua escolha, os jovens PCDI devem ter informação suficiente sobre as atividades de lazer nas suas proximidades
5.1.2. Atendimento individual: treino de autonomia e competências
A assistência pessoal com orientação personalizada pode ser reservada de forma seletiva para determinadas áreas, como por exemplo: ir às compras ou ao treino de mobilidade. Os treinos de grupo nas áreas educativa e dos tempos de lazer, estão disponíveis para tópicos específicos.
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Exemplo: Cursos de preparação para a vida autónoma
Os jovens podem adquirir conhecimentos e experiências que os preparam para tomar a decisão de saírem de casa e irem viver para um novo alojamento (Alemanha e Suíça):
A duração e intensidade da oferta educativa do curso de formação é adaptada ao nível dos participantes. Os cursos duram entre um e três anos e podem ser aprovados como curso básico ou avançado. Muitas vezes surge a oportunidade de experimentar um alojamento de treino logo após o curso, para que a vida independente possa ser experimentada sem risco financeiro, num apartamento próprio ou numa casa partilhada.
Nos cursos são treinadas, as tarefas domésticas, e também a vida em comum: cozinhar, limpar, fazer compras, comunicar, resolver conflitos, higiene pessoal, comportamento durante emergências, manuseio de dinheiro, atividades de lazer, desejos e sonhos, rotinas de treino.
As competências pessoais, os próprios desejos e metas, mas também as atividades do grupo têm um papel importante nos cursos: Experimentando junto com os outros, os jovens aprendem sobre suas próprias forças e fraquezas.
“O forte orgulho nas nossas próprias competências inclui a consciencialização das nossas próprias fraquezas. Apenas uma autoestima baseada nesse autoconhecimento é sustentável” [8]. Reconhecendo os pontos fracos, o apoio pode ser mais facilmente aceite como uma “medida de autonomia e independência”.
As correlações entre autonomia, bem-estar e dependência podem ser resumidas da seguinte forma:
Os estados de bem-estar são estabelecidos por um equilíbrio entre o mais alto grau de independência possível e a dependência causada pela necessidade de apoio. Para alcançar a independência no sentido acima mencionado, a autonomia é uma pré-condição indispensável para o bem-estar humano. [9]
ATIVIDADE : “Fazer diariamente uma lista”
Como seria o plano diário do seu filho?
Tome nota desta sugestão:Checklist
5.1.3. Serviços de apoio à planificação de vida
Este subcapítulo aborda os seguintes temas da planificação de vida:
Formação profissional, emprego
Alojamento
Serviços de apoio: relacionamento do casal, constituição de familia
Mas primeiro um exemplo de
como se aproximar dos desejos da criança:
O método da planificação
pessoal futura (PZP)
Para apoiar a construção e execução de planos futuros, o conceito de planificação centrada na pessoa foi elaborado no final dos anos 80 nos EUA. Deve servir, para que seja a própria pessoa com deficiência, com os seus desejos e exigências a decidir sobre a sua vida e não as instituições para pessoas com deficiência. O objetivo é alcançar uma superior autonomia da pessoa em questão e, ao incluir os cuidadores, a pessoa será mais integrada na sociedade. [11]
O método PZP é o planeamento futuro dos cuidadores. Eis alguns dos seus passos principais: [12]
São identificados os familiares, os amigos, os especialistas e os colegas que apoiarão a planificação futura
A pessoas que faz a planificação convida essas pessoas para o seu futuro grupo
O moderador assegura que a pessoa esteja no centro das atenções e que os seus sonhos e metas sejam respeitados
O co-moderador elabora uma ata de todos os passo do processo
Todos os cuidadores são importantes para contribuir com soluções criativas e pontos de vista e ajudar a pessoa responsável pela planificação (personagem líder) durante a execução das etapas necessárias para alcançar as metas
Exemplo: Melanie Bros-Spähn
Graças às suas competências “presença e carisma”, as suas aspirações profissionais foram analisadas durante o processo de PZP. Como resultado Mélanie visita diariamente instituições sociais com a sua auxiliar. Os conteúdos da planificação podem ser vistos no vídeo:
- Formação profissional, emprego
Alguns adolescentes têm uma ambição de carreira precisa, outros não têm qualquer ideia sobre a sua futura profissão. Desejos e realidade podem divergir profundamente. Os jovens com deficiência mental têm muitas vezes maiores dificuldades na sua autoavaliação.
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Nota:
Pense, atempadamente nas ambições profissionais e nos possíveis cursos educativos para o seu filho. É muito importante ter em conta as suas áreas de interesse e os seus pontos fortes e fracos. Formação profissional e estágios profissionais podem ser experiências preciosas.
Lide com os desejos do seu filho de uma forma criativa. Assuma as suas capacidades e desejos como ideias para novos caminhos.
Nos países da UE, os serviços de apoio na área do
emprego são tão desiguais que só podemos dar algumas notas gerais. Mais
informações podem também ser encontradas no modulo "Human Rights" - Employment for PWID.
Podemos ir buscar alguns conselhos práticos ao sistema de apoio na Alemanha: Quando se trata de encontrar emprego, as pessoas com deficiência são frequentemente dependentes de assistência a longo prazo. Uma formação profissional, no sentido convencional, com diplomas credenciados é impossível para pessoas com deficiência cognitiva. Para estas pessoas, existem possibilidades específicas de formação profissional, mas a gestão é diferente de país para país da UE. Na Alemanha uma das decisões mais importantes foi organizar individualmente o apoio ao emprego e à formação profissional com assistência personalizada através de um orçamento pessoal.
Ou pode dirigir-se a uma organização para PCDI, na Alemanha há unidades de formação profissional e os departamentos de formação de oficinas protegidas. Além disso, na Alemanha, são oferecidos “centros de assistência diária” para pessoas que precisam de evoluir num ambiente secundário e não têm o foco no desempenho profissional explorável.
Uma formação profissional pode levar a um emprego numa oficina protegida, específica para o PCDI (sistema na Alemanha). Abre também a possibilidade de encontrar um emprego no mercado primário de trabalho. Mais uma vez, os sistemas de apoio na União Europeia variam muito.
Quem participa numa formação profissional num “local de trabalho protegido” - assim, dentro das instituições do sistema de apoio para PCDI - normalmente é também apoiado na procura de emprego ou fica imediatamente empregado após a formação.
Uma formação profissional - onde e como acontecerá - é um grande passo para a autonomia!
Nota:
Quando iniciar uma formação profissional garanta um bom apoio. Problemas, tais como, exigências exageradas, dificuldades de concentração e conflitos com colegas são normais no início. É importante obter ajuda rapidamente e reagir de imediato.
Na Alemanha, muitas oficinas (workshops) oferecem locais de trabalho protegido no mercado de trabalho primário, para pessoas com deficiência e têm uma função de ponte para a inclusão, fazendo mediação e atendimento.
Para o seu filho - dependendo do grau de apoio necessário - a visita a um centro de dia pode ser uma boa alternativa. Por exemplo, estar preparado para a vida profissional ou procurar uma estrutura diária razoável.
„Existe uma diferença significativa no crescimento das crianças com deficiência. Quando os pais deixam o filho com deficiência partir, eles não o deixam assumir a sua autonomia, eles entregam-no apenas para mudar de mãos. Especialmente se a criança tiver uma deficiência grave, isso pode dar aos pais a sensação: eu estou a empurrar o meu filho para fora de casa. Mas deixar a criança adulta ir para uma residência, por exemplo, não é um compromisso, mas em muitos casos um passo na direção de uma maior autonomia”. [13]
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Mudar para um apartamento próprio representa, para muitos adolescentes com deficiência, um crescimento, mesmo que dependam de apoio permanente.
Se a criança quiser ficar na família, é importante que seja concedida a maior independência possível - tanto para a pessoa com deficiência como para os pais. Pelo menos quando os pais já não são mais capazes de cuidar do filho, devido à sua idade, uma decisão tem de ser tomada, onde quer viver a criança e onde encontrará um bom lugar estável para viver.
O número de formas de vida possíveis multiplicou nos últimos anos: Eles fazem distinção entre o apoio ambulatório de vida, as residências fixas e os grupos habitacionais. 14] e. O grau de apoio é ajustado às necessidades específicas de apoio. Há um atendimento 24 horas ou um apoio apenas durante o dia ou em determinados horários definidos. Há grupos ambulatórios de vida inclusivos em que, por exemplo, os estudantes convivem com pessoas com limitações cognitivas ou partilham casas que são incluídas na sociedade como projetos de alojamento social (exemplos de casas intergeracionais).
Normalmente a assistência no alojamento oferece apoio, organização e consultoria em todos os assuntos do dia a dia, por exemplo, encontrar um apartamento e mantê-lo, limpeza e planificação financeira, crises e conflitos pessoais, contato com escritórios e empregadores, assistência médica e comparência em visitas médicas.
Os jovens adultos com deficiência mental precisam de
muito apoio na escolha de um alojamento adequado.
As seguintes tarefas são muito úteis para o desempenho comum com os pais: [15]
Falar sobre os diferentes conceitos de alojamento.
Recolher informação e ponderar necessidades individuais.
Visitar casas residenciais selecionadas e eventualmente experimentar uma estadia temporária.
Aquando da mudança. os pais devem informar o pessoal da residência sobre o seu filho, pessoa com deficiência, as suas necessidades, os seus interesses e animosidades, caso isso seja impossível ser feito pela própria pessoa.
A preparação e o acompanhamento da mudança terá a um desfecho positivo e a experiências positivas se os pais e os especialistas organizarem o processo juntos. [16]
Os especialistas pedagógicos na área do alojamento trabalham em estrteita colaboração com os responsáveis legais.
Serviços de apoio: relacionamento do casal e constituição de família
Ligada à sexualidade e à relação, está muitas vezes associada com a questão do desejo de ter filhos. Os especialistas aconselham a consulta de outras organizações, dada a importância deste assunto. Um processo reflexivo deve ser iniciado e acompanhado. Homens e mulheres com deficiência podem aprender a avaliar as suas capacidades como pais. Por exemplo, em termos concretos o que significa ser responsável por uma criança dia após dia.
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Nota:
Possibilite ao seu filho a hipótese de ter uma parceira e fale com ele sobre isso. Experienciar um caso de amizade ou amor ajuda os jovens a libertar-se da sua relação com a família, a encontrar novas figuras de vinculação e a aprender a agir num novo ambiente
A educação em questões sexuais é uma pré-condição básica (também como proteção contra abuso sexual). O controle da natalidade não deve ser apenas bem conhecido, a pessoa deve ser capaz de prevenir a gravidez de forma autónoma.
Participe na oferta educativa deste assunto
Permita que o seu filho participe na correspondente oferta educativa.
Pessoas com deficiência intelectual podem ser pais. Existe para tal apoio profissional na forma de uma “paternidade assistida”.
5.2. Recursos para a reconstrução da relação
Foto: IB Sued-West gGmbH
„Os jovens com grande necessidade de apoio precisam encontrar um caminho para a própria vida, mesmo que seja num quadro diferente. “Finalmente sou o meu próprio patrão”, diz um jovem no seu apartamento próprio. Isso mostra o seu desejo de se tornar adulto e levar uma vida autónoma. Mas ele também diz: “Eu dou-me muito bem com os meus pais”. A separação não significa renúncia à casa dos pais. Isso mostra que os pais fizeram muitas coisas no caminho certo. Eles permitiram que a criança desenvolvesse a necessária autoconsciência para ousar dar um passo em direção à própria vida”. [17]
Neste capítulo, vai descobrir como os cuidadores externos se podem tornar numa ajuda preciosa no âmbito da mudança de relacionamento pai-filho. São explicados com mais precisão os seguintes temas:
A relação será reconstruída (5.2.1.)
Construir a confiança mútua (5.2.2.)
Partilha de responsabilidades e riscos (5.2.3.)
5.2.1. A relação será reconstruída
O processo de separação também pode ser entendido como um processo de “reconstrução do relacionamento” entre todos os participantes.
Quando a criança cresce muito lentamente, a relação entre uma pessoa olhando de cima e uma pessoa olhando de baixo pode não se traduzir num relacionamento a nível de igualdade entre duas pessoas adultas. O contato entre eles será voluntário e a vida é possível independentemente um do outro. [18
Tal como podemos manter contato mais ou menos intenso com outras crianças que saem de casa, também o podemos fazer com as crianças com deficiência. Atividades comuns, convites para jantar, conversas telefônicas. Tudo isso mantém o vínculo com o seu filho. Há muitas possibilidades de ter uma vida familiar contínua, mas em menor grau. [19]
Os especialistas pedagógicos podem tornar-se num apoio social próximo e importante, o chamado recurso, durante este processo de reconstrução e separação.
Durante a reconstrução do relacionamento e a transição, é importante que o ambiente / e os “sistemas” (por exemplo, a família e a casa) estejam ligados entre si.
Isso significa que experiências e estruturas comportamentais que uma pessoa aprendeu num sistema podem ser aplicadas a outros sistemas. Além disso, é importante que a pessoa se veja a si própria como projetista dos diferentes sistemas e possa ter impacto. [20]
Grafico: IB Sued-West gGmbH
5.2.2. Construir a confiança mútua
Para entregar o seu filho noutras mãos, precisa de ter confiança nas pessoas que o irão acompanhar. Durante a fase de construção de confiança, é importante dar tempo a si e aos outros. [21]
Especialmente quando a criança se muda, é conveniente considerar o processo complexo de “separação e chegada”: As pessoas intervenientes neste processo têm interesses e necessidades diferentes. Os pais como “especialistas” dos filhos, a pessoa com deficiência que se muda, como “especialista” das suas próprias necessidades e a equipa como “especialistas” de métodos e conceitos. Se as diferentes perspetivas e métodos de trabalho são bem conhecidos, eles podem ser aceites e apoiados mutuamente. Nesta base, os “velhos” e os “novos” ambientes podem ser harmonizados.
Um fator importante é a cooperação entre os pais e o círculo de cuidadores. Muitas vezes, os conflitos surgem sobre a não aceitação das respetivas competências. (…) Os pais muitas vezes [sentem-se] mal compreendidos e [veem-se a si próprios] como um problema para o desenvolvimento de seus filhos e, por outro lado, os profissionais têm a sensação de nunca serem suficiente bons, para os pais”. [22]
Como se pode elaborar um projeto ativo de relacionamento entre os pais e os cuidadores?
A análise dos seguintes pontos pode levar a uma cooperação justa e igualitária bem-sucedida: [23]
Esteja aberto á cooperação, e assim poderá entender as diferentes posições
Arranje tempo para uma conversa! “Conversas e contactos não devem apenas acontecer quando “algo aconteceu”, mas devem ser entendidos como um assegurar contacto e uma medida de construção de confiança no trabalho comum”. [24]
Pense se quer e quanto quer "colaborar" ativamente com a instituição.
Peça explicação de termos utilizados, se for usada uma linguagem muito especializada durante a conversa.
Evite situações em simultâneo! Isso prejudica o seu filho
5.2.3. Partilhar responsabilidades e riscos
“Quando o jovem adulto se muda para uma instituição, precisa ser esclarecido de que forma o vínculo com a família pode ser mantido. A paternidade continua também após o processo de desapego. A paternidade também continua após o processo de separação. Frequentemente, os pais permanecem parcialmente responsáveis por certas áreas, mas têm também que ceder responsabilidades a outras pessoas, por exemplo: pessoal de apoio à vida ". [25]
Photo: pixabay.com
As PCDI são - dependendo do seu grau de apoio necessário - dependentes de assistência especial e apoio ao longo da vida. Eles vivem numa “rede de relacionamento de três pólos” no triângulo de dependência de pessoas de contato profissionais e privadas. [26]
As dificuldades podem surgir quando os pedagogos assumem as tarefas dos pais. Ambos se sentem responsáveis pelas mesmas tarefas, por exemplo para o vestuário, o auto-abastecimento e o planeamento futuro. “Tarefas sobrepostas”.
Além de todas as “sobreposições”, é importante que ambos os lados reconheçam que possuem diferentes competências e pontos fortes, que são muito importantes para as crianças.
“Cooperação não significa apenas uma boa colaboração, concordância e comunicação,
mas também partilha de responsabilidades. Nem a família nem os pedagogos podem
dar às pessoas tudo o que precisam ".
Esta revisão precisa de um acordo sobre a divisão do trabalho.
O que é que isso significa?
"Os Pais são e serão sempre pais“! A sua capacidade e a sua importância para a filha ou para o filho consistem na fiabilidade do seu relacionamento. Não mudam como a equipa pedagógica.
Normalmente eles dão apoio emocional e simplesmente estão lá. Os pais podem favorecer os seus filhos e podem ser a pessoa mais importante para eles demonstrando-o”. [27]
Os cuidadores profissionais nunca podem proporcionar isso. Nunca podem prometer ter um relacionamento permanente confiável, sem qualquer exceção. (...) Os especialistas têm outras capacidades: podem promover e exigir, podem abrir novos mundos e capacidades, podem confiar mais e exigir mais. Podem ser muito mais consequentes do que os pais, exigindo um comportamento social e tratando as pessoas como adultos”..
Uma cooperação de sucesso entre a família e a instituição alcançará de acordo com Klauss:
Reconhecer os mesmos objetivos, tais como, bem-estar, autonomia na vida quotidiana, satisfação das relações sociais, estrutura quotidiana importante.
Reconhecer diferentes tarefas.
Aceitar a divisão do trabalho: concentrar-se nas próprias forças e implementá-las.
A fim de evitar conflitos, os familiares e os funcionários têm a tarefa de clarificar e gerir a relação entre ambos os lados.
Ao definir a divisão do trabalho, é necessário especificar quais as tarefas que devem ser executadas da mesma maneira pelos dois lados e quais não devem. Pode haver diferenças! A sua execução poderá ser feita de maneira diferente uma vez que todos dependendo de seu papel, se comportam de forma diferente. Pode ser útil fazer com que ambos os lados experimentem essas maneiras diferentes, por exemplo, para mudar as roupas quando for para casa.
Para as crianças que vivem num lar residencial, a divisão do trabalho pode proporcionar enormes oportunidades. Se forem bem definidas, as regras que devem ser obedecidas em casa e nos lares residenciais, as diferenças não devem ser difíceis. A criança pode viver em mundos diferentes. Tal como todos os outros comporta-se de forma diferente - dependendo da responsabilidade dele ou dela.
Pode ser útil tornar a mudança de mundos visível. Por exemplo, para mudar de roupa quando vai para casa. Rituais como esse criam orientação.
... uma concepção alternativa de personalidade (Eva Feder Kittay 2002):
"Num ensaio recente. Eu contrastei as vidas daqueles que foram despedidos por instituições inadequadas e negligência social com o de Sesha. Eu recordo uma manhã na minha cozinha quando Sesha, acompanhada pelo seu cuidador, tomava o café da manhã, e eu me esgueirei para lhe dar um beijo.Sesha, como sempre, está feliz em me ver. Ansiosa para me dar um dos seus característicos beijos, tenta agarrar o meu cabelo para me puxar para a sua boca. No entanto, ao mesmo tempo, os meus beijos fazem-lhe cócegas e provocam-lhe uma risota que a desconcentra e deixa cair a torrada antes de ir atrás do meu cabelo. Eu levo com a torrada pegajosa, o puxão de cabelo e a boca coberta de geleia de framboesa. Nesta dança encantadora, Sesha e eu experimentamos alguns dos nossos momentos mais alegres - rindo, fugindo uma da outra, agarrando, beijando ".
5.3. Bibliografia
1 Retzlaff, R. (2010): Familien-Stärken. Behinderung, Resilienz und systemische Therapie. Klett-Cotta Verlag, Stuttgart. S.245
2 Hennies, I.; Kuhn E. J. (2004): Ablösung von den Eltern. In: Wüllenweber, Ernst (Hg.): Soziale Probleme von Menschen mit geistiger Behinderung. Fremdbestimmung, Benachteiligung, Ausgrenzung und soziale Abwertung. Stuttgart: Kohlhammer
3 Retzlaff, R. (2010): Familien-Stärken. Behinderung, Resilienz und systemische Therapie. Klett-Cotta Verlag, Stuttgart. S.245
4 Schultz, A. (2010): Ablösung vom Elternhaus. Bundsvereinigung Lebenshilfe (Hrsg.) S.122
5 Beyer, I. (2013): Unser Kind wird erwachsen. Das Eltern-Magazin der Bundesvereinigung Lebenshilfe. 1. Auflage 2013. Hrsg. Lebenshilfe e.v., Marburg. S.8
6 Eckert, A. (2007-2) Familien mit einem behinderten Kind. Zum aktuellen Stand der wissenschaftlichen Diskussion. Quelle, In: Behinderte Menschen, (Nr. 1 / 2007) 1, S. 40 – 53
7 Eckert, A. (2007-2) Familien mit einem behinderten Kind. Zum aktuellen Stand der wissenschaftlichen Diskussion. Quelle, In: Behinderte Menschen, (Nr. 1 / 2007) 1, S. 40 – 53
8 Klauss, T. (2015): Menschen mit geistiger Behinderung – Ablösung vom Elternhaus (Winnenden 13 11 2015. S.80
9 Hahn, Martin: Selbstbestimmung im Leben auch für Menschen mit geistiger Behinderung.Geistige Behinderung 1994 S. 86
10 Beyer, I. (2013): Unser Kind wird erwachsen. Das Eltern-Magazin der Bundesvereinigung Lebenshilfe. 1. Auflage 2013. Hrsg. Lebenshilfe e.v., Marburg. S.8
11Döbling, K.(2004): Förderung von Selbstbestimmung und Integration von Menschen mit geistiger Behinderung, München, Disserta Verlag, Hamburg. S.10
12 https://www.persoenliche-zukunftsplanung.eu/fileadmin/Webdata/Tagung-Berlin/Dokus/doku-arbeitsgr.20-tg.pzp-berlin-2011.pdf Zugriff 20.04.2018
13 Beyer, I. (2013): Unser Kind wird erwachsen. Das Eltern-Magazin der Bundesvereinigung Lebenshilfe. 1. Auflage 2013. Hrsg. Lebenshilfe e.v., Marburg. S.8
14 Retzlaff, R. (2010): Familien-Stärken. Behinderung, Resilienz und systemische Therapie. Klett-Cotta Verlag, Stuttgart. S.245
15 Seifert, M. (2004): Wenn Anforderungen zur Überforderung werden. Ablösung vom Elternhaus – im Interesse des Kindes. In Geistige Behinderung 4, 43. Jg., S.319
16 Eckert, A. (2007) Auszug ohne Abschied. Zur Bedeutung von Ablösungsprozessen im "Zusammenleben mit" und dem "Sich-Trennen von" Heranwachsenden mit einer Behinderung. Quelle, In: Behinderte Menschen, (2007) 1, S. 63(Winnenden 13 11 2015. S.80
17 Beyer, Ina (2013): Unser Kind wird erwachsen. Das Eltern-Magazin der Bundesvereinigung Lebenshilfe. 1. Auflage 2013. Hrsg. Lebenshilfe e.v., Marburg. Vorwort
18 Papastefanou, Christiane (1997): Auszug aus dem Elternhaus. Aufbruch und Ablösung im Erleben von Elternund Kindern. Juventa, Weinheim
20 Bronfenbrenner, U.: Die Ökologie der menschlichen Entwicklung. Natürliche und geplante Experimente. Klett-Cotta, 1981
21 Uphoff, Gerlinde (2018): Interview im Rahmen des Projekts ELPIDA am 20.02.2018
22 Beyer, I. (2013): Unser Kind wird erwachsen. Das Eltern-Magazin der Bundesvereinigung Lebenshilfe. 1. Auflage 2013. Hrsg. Lebenshilfe e.v., Marburg. S.8
23 Eckert, A. (2007) Auszug ohne Abschied. Zur Bedeutung von Ablösungsprozessen im "Zusammenleben mit" und dem "Sich-Trennen von" Heranwachsenden mit einer Behinderung. Quelle, In: Behinderte Menschen, (2007) 1
24 Klauss, T. (2015): Menschen mit geistiger Behinderung – Ablösung vom Elternhaus (Winnenden 13 11 2015. S.6)
25 Retzlaff, R. (2010): Familien-Stärken. Behinderung, Resilienz und systemische Therapie. Klett-Cotta Verlag, Stuttgart. S.245
26 Klauss, T. (2015): Menschen mit geistiger Behinderung – Ablösung vom Elternhaus (Winnenden 13 11 2015)
27 Klauss, T. (2015): Menschen mit geistiger Behinderung – Ablösung vom Elternhaus (Winnenden 13 11 2015)