Imprimir LivroImprimir Livro

Saúde Sexual e Deficiência Intelectual

Introdução - the hole module

A Organização Mundial da Saúde (OMS) explorou o conceito de sexualidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) analisou o conceito de sexualidade, sob o prisma da saúde sexual e dos direitos sexuais.

A sexualidade é um aspecto fundamental do ser humano ao longo da sua vida e abrange o sexo, a identidade de género orientação sexual, o erotismo, o prazer, a intimidade e a reprodução. A sexualidade é vivenciada e expressada através de pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas, papéis e relacionamentos. Embora a sexualidade possa incluir todas estas dimensões, nem sempre todas são sempre vivenciadas ou expressas.A sexualidade é influenciada pela interação de fatores biológicos, psicológicos, sociais, econômicos, políticos, culturais, éticos, legais, históricos, religiosos e espirituais (1)


1 WHO  Sexual and reproductive Health World Health Organization. “Sexual and Reproductive Health: Defining Sexual Health.”

2 International Planned Parenthood Federation. 2008. Sexual rights: an IPPF declaration.




Site: ELPIDA Course
Disciplina: Curso ELPIDA - Português
Livro: Saúde Sexual e Deficiência Intelectual
Impresso por: Guest user
Data: quarta-feira, 4 dezembro 2024, 10:01

1. Introdução

G.Vigeland Small boy

Escultura: G. Vigeland

Algumas perguntas de reflexão antes de começar a trabalhar este modulo:

•  Porque é que a saúde sexual é uma matéria importante para o seu filho / irmão aprenderem?

•  Por que é importante aprender algo sobre isso?

•  Como pensa que o conhecimento sobre sexualidade pode proteger seu filho / irmão do abuso sexual ou até mesmo de ultrapassarem os seus limites auto-definidos para o comportamento sexual?

•  Sente-se preparado para discutir com seu filho / irmão sobre a saúde sexual deles? - O que é que é mais difícil para si?

Neste modulo vai aprender mais sobre:

Educação Sexual

Padrões Sexuais

Modelo PLISSIT

Cooperação

Socialização

Guião

Emoções

Partes do corpo

Abuso Sexual 

2. Liberdade individual, proteção jurídica e autodeterminação

Este primeiro capítulo do módulo de saúde sexual fornece informações sobre conceitos e um modelo que explica o significado de saúde sexual. Outros capítulos destacam a importância do conhecimento sobre nós próprios e o nosso corpo, bem assim como a importância da educação sexual para crianças, jovens e adultos que carecem de oportunidades, que outros possam ter, para cuidar do seu próprio desenvolvimento sexual. O capítulo termina com algumas sugestões de recursos onde pode encontrar ideias sobre educação sexual.

Destaques deste capítulo:

• Saúde Sexual

• Conhecimento sobre si próprio.

• Conhecimento do seu corpo

• Educação Sexual

Antes de começar, assista a uma introdução do tema pelo especialista em Sexologia (NACS), Wenche Fjeld:


   

2.1. Sexualidade


Uma forma de entender o significado de saúde sexual é olhar para o modelo de saúde sexual (2), que consiste nas seguintes componentes:

Uma componente básica 

Uma componente fisiológica

Uma componente cognitiva

Uma componente relativa

Uma componente pessoal 

Cada componente é importante quando fala com o seu filho / irmão / cliente sobre a saúde sexual. Cada componente afeta a nossa sexualidade, e pode ser influenciada terapeuticamente (2).

Sexual health model bu J. Bye- Hansen

Fig 1:  Modelo da Saúde Sexual (2) by Jesper Bay-Hansen

Componente básica (fig. 1) inclui o gênero biológico (XX ou XY). A componente fisiológica inclui os sentidos, como a visão, a audição, o olfato e o paladar, bem assim como a condição fisiológica e de saúde no corpo. A Componente cognitiva inclui as ideias, o conhecimento, a ignorância e a imaginação na sexualidade de homens e mulheres. A componente pessoal inclui a identidade de gênero; de que maneira sentimos que somos um gênero, masculino e feminino. Desejo sexual, fantasias e desejos também fazem parte da componente pessoal. A componente relacional inclui presença; como agimos e comunicamos numa situação sexual, como sentimos os outros, como seduzimos, como conversamos uns com os outros, etc. (9).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define o conceito de sexualidade do ponto de vista da saúde sexual e dos direitos sexuais. A definição de saúde sexual implica uma abordagem abrangente e integrada à sexualidade, aos relacionamentos e às experiências sexuais. Destaca-se a necessidade de respeitar, proteger e cumprir os direitos sexuais como meio de alcançar o bem-estar (7): 

“A sexualidade é uma energia que nos motiva a procurar amor, contacto, ternura e intimidade; que se integra no modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados; é ser-se sensual e ao mesmo tempo sexual; ela influencia pensamentos, sentimentos, acções e interacções e, por isso, influencia também a nossa saúde física e mental”.(7)

A sexologia foi pela primeira vez tema de um livro de E.O.G. Willard, publicado em 1867, intitulado "Sexologia como a Filosofia da Vida" (1). Hoje, a sexologia é um amplo e extenso campo de estudo que abrange muitos temas. Sexualidade não significa apenas necessidades baseadas em fatores biológicos. A sexologia como área de estudo, investiga temas, tais como, o significado da sexualidade, o seu papel na vida das pessoas, a relação entre sexualidade e direitos humanos, incluindo a responsabilidade do Estado em relação à proteção e cumprimento dos direitos sexuais.. A segurança legal diz respeito à proteção contra o abuso ou a arbitrariedade pelas autoridades. As pessoas com DI são mais vulneráveis devido a dificuldades cognitivas (1). Consulte também o módulo Direitos Humanos.

Hoje existe uma Associação Mundial de Saúde Sexual (WAS) que, entre outras coisas, desenvolveu uma Declaração de direitos sexuais (62).

A visão da sociedade sobre a sexualidade influencia a forma como as pessoas vêem-se a si próprias e aos outros. Nos média, a sexualidade está fortemente ligada à juventude, à beleza e ao sucesso. Esses estereótipos adotados pela média dificultam a aceitação da sexualidade àqueles que não se encaixam nesses padrões.

Uma questão frequentemente discutida é se as pessoas com DI têm sexualidade e se devem ter a possibilidade de serem sexualmente ativas. Sexualidade ou 'atividade sexual' pode ser definida como todas as ações observáveis que incluem a ativação de órgãos genitais ou outras áreas privadas do corpo (…)

Uma compreensão da orientação sexual abre a possibilidade a diversas formas de manifestar atividade sexual. Com base nesse entendimento, as PCDI são pessoas sexuais que experimentam a sexualidade como as outras pessoas. As pessoas não fazem sexo apenas para a reprodução, mas também porque contribui para uma boa qualidade de vida. Os seres humanos nascem como seres sexuais e todos passam por um desenvolvimento sexual pessoal (5).

Os pais costumam ter um contato estreito com os seus filhos e adolescentes. No entanto, falar de autonomia e sexualidade pode ser difícil. Há várias razões para isso. Esta falta de abertura e confiança pode dever-se à falta de palavras que a criança percebe ou está familiarizada. Sexo, idade, origem étnica, religião e paz social podem também influenciar a conversa. O nível de deficiência, bem assim como a visibilidade da incapacidade podem também influenciar. As pessoas com deficiência têm o direito natural de participar na vida quotidiana e na sociedade. A autodeterminação é um direito humano que nos permite gerir a nossa vida e a nossa sexualidade.

"Coabitação e sexualidade" é um tema familiar para a maioria de nós. Amigos, amantes, carinho, emoções, conhecimento de seu próprio corpo, contraceção, namoro, masturbação, relações sexuais e assim por diante, são tópicos que encontramos em nossas vidas. Além disso, temos de lidar com questões, tais como, as normas, as regras, as leis, a ética, os desvios sexuais e as ajudas técnicas.. Coabitação é a doutrina de viver juntos.

ATIVIDADE:

  • No que diz respeito ao seu país, acha que a sexualidade das pessoas co DI é reconhecida como um direito humano? 
  • De que forma é que acha que a sua aceitação da sexualidade influencia a sexualidade do seu filho?
  • Assista ao vídeo seguinte e reflita sobre a melhor altura para começar a falar com o seu filho sobre o corpo, a identidade e a sexualidade.

  • Que razões poderiam levá-lo a não aceitar o seu filho como pessoa sexual?

2.2. Identidade

Identidade

Picture of child Crossing arms

Foto: S. Kühle- Hansen

Identidade

A identidade é um aspecto importante da vida humana, frequentemente afetado por traços sociais  tais como género, etnia, adesão a uma grupo e família.O desenvolvimento da identidade é um processo dinâmico que começa na infância e se prolonga ao longo da vida. Características de desenvolvimento são importantes para a identidade própria das crianças e jovens com DI. Portanto, devemos centrar a nossa especial atenção no apoio à construção da sua identidade (8,10,11,12 e 13).

Ao apoiar a construção de identidade das PCDI, destacamos as diferenças entre ser criança, jovem adulto e adulto. Um desses meios é falar sobre o impacto do diagnóstico e da incapacidade na vida quotidiana da pessoa. A criança também precisa que lhe expliquem por que motivo precisa de ajuda no jardim de infância, na escola e como adulto, na sua própria casa. Compreenderem quem são deve ser, preferencialmente, uma parte integrante da forma como vivem a sua vida diária (8,13,14).

Caso: Homem com síndrome de Down  de quem muitas mulheres gostam

Alguns aspetos importantes das pessoas com DI a serem considerados: A pessoa aceita o diagnóstico que lhe foi feito ? A família / parentes aceitam esse diagnóstico? A pessoa tem um diagnóstico complementar? A pessoa conhece todos os diagnósticos que lhe foram feitos? Alguém já informou a pessoa sobre ser um adulto vulnerável? A pessoa define-se a ela própria como solitária? (Relatório SUMO; 13)

Questão para reflexão:

 O seu filho (a) aceita o diagnóstico que lhe foi feito ?  

Ver modulo Transição para a idade adulta

Existem alguns mitos em relação aos indivíduos com DI como “eles são as eternas crianças” ou “aqueles que precisam de compaixão”. Hoje, há um reconhecimento de que as pessoas com DI devem ser respeitadas como pessoas com direitos iguais aos outros cidadãos, quaisquer que sejam as suas especificidades e interesses.

Todos precisam de esperança e apoio dos seus sonhos. Ao mesmo tempo, é importante ter expectativas realistas. Jovens com um DI precisam de apoio para a compreensão da sua própria identidade. Conversas sobre relacionamento e amizade; "Quando fores mais velho, podes arranjar um amigo ou um namorado", "Juntos podem fazer coisas muito fixes. Podem ir ao cinema, ir à piscina nadar ou ir a um café”. Se as expectativas deles sobre casar e ter filhos não forem realistas, o assunto deve ser discutido com cuidado e com carinho. O seu papel é apoiar um desenvolvimento e uma compreensão da auto-identidade e dos outros.

Alguns tópicos do relacionamento para serem discutidos: "Não é razoável dar à luz quando não há recursos para criar um filho", "fale sobre a quantidade de coisas que uma pessoa com DI precisa na sua vida quotidiana", "fale sobre como ter uma boa vida sem filhos", " fale que os irmãos podem ter filhos e quão importante e gratificante é ser tio / tia ".Atividades para apoiar o PCDI a construírem um conhecimento sobre si próprias:

Actividades que ajudam as pessoas com DI a construir a sua identidade.

Deixe-os livres para conhecerem o mundo e a si próprios. Deixe que eles experimentem diferentes situações sem ajudá-los muito. Isso dá-lhes experiência e o apoio de que precisam, e a linguagem desenvolve-se ao contextualizarem a situação. "Compre comida e pague na caixa".” Escolha artigos da loja a seu gosto”. "Limpe o armário da sala." Deixe-os experimentar situações quotidianas. Assim ficam a saber no que precisam de ajuda e o que conseguem fazer sozinhos. Tente discutir coisas que acontecem na sua vida do dia a dia. Fale sobre algo que leu em livros e jornais. Tente relembrar do que falou ontem, na semana passada etc. Faça um álbum de recortes.

Criem imagens / livros de texto para quem não consegue falar. Pode ser um álbum de recortes e um calendário de imagens semanal no seu telemóvel ou iPad. Vejam as fotografias juntos e fale sobre as pessoas, os lugares e os eventos que eles conheceram no mesmo dia / semana.Peça ao seu filho para tirar selfies. Tirem fotos de costas, das costas, do rosto, das mãos e dos pés. Tirem fotos de perfil.  Tirem fotos de cima e de baixo. Vejam as fotos juntos. O que mostram as imagens? Falem sobre o que veem. Vejam fotos antigas quando o seu filho tinha dois, cinco e treze anos, comparem e vejam como cresceram. Explique como o corpo se desenvolve.

Deixe as crianças fazerem um livro de fotos sobre a narrativa da sua própria história. Essa história pode ser levada para a escola ou apresentada aos amigos. Pode ser mais fácil falar sobre a sua própria história se houver fotos que a possa comprovar, . Pode ser mais fácil para a rede compreender a criança / jovem se virem fotos da família, dos parentes, de atividades, fotos de férias etc.

Algumas PCDI não têm capacidade para fazer perguntas. Ensine-os a perguntar sobre os interesses dos outros, por ex. "O que é que gostas de fazer?", "O que é que gostas de comer?", "O que é que gostas de fazer no teu tempo livre?", "O que é que gostas de fazer em conjunto com a sua família e com os amigos?”, “Quais os jogos que jogas no teu computador?” Além disso, ensine-os a falar sobre os seus próprios interesses (14,15).

Ensine-os a apresentarem-se de uma forma agradável: “Meu nome é Hilde e tenho 12 anos. Eu vou para a escola Minthouse e gosto de fazer álbuns de fotografias”.

Peça à criança que construa uma rede separada dos membros da família. Deixe-os em paz com os outros, para que se familiarizem com suas próprias instalações. Converse com os seus familiares "Ele pode jogar à loteria consigo durante cinco minutos?" "Pode levá-lo ao quiosque para comprar um gelado, eu irei atrás?" Deixe os familiares se sentirem familiarizados e confiantes no convivio com sua filha / filho.

O que é que a criança / jovem pensa de si própria? O que é que a criança / jovem sente perante diversas situações? Eles ficam estáveis, revoltados? O que vêem quando se olham no espelho? Quando eles agem quando eles se arranjam. Olhem um para o outro no espelho. Fale sobre o que  vê. Em que posição está,  está deitado ? Com que rapidez consegue sentar-se no chão e mudar de novo de posição? O que sente quando roda de posição. O que pensa quando está deitado de costas, de barriga para baixo, de lado na relva? O que sente quando está no tanque com os amigos? Ensine as pessoas com DI a expressarem sentimentos. Ensine-os a diferenciar sentimentos diferentes..

A personalidade é aquilo que você é e o que sente em diferentes situações. Fale sobre vivências, e gaste algum tempo recordando memórias. Explique como se deve cumprimentar os amigos, os conhecidos e os novos conhecimentos. Ensine a cumprimentar pessoas diferentes de forma diferente. Umas estão à vontade e gostam de receber um abraço. Outras não estão tão à vontade e apenas gostam de ser cumprimentadas com um simples aceno ou um aperto de mão. Lembre-se que a criança que distribui abraços a todos sempre continuará assim quando crescer. Ensine bem cedo a avaliar diferentes situações. Crie algumas regras. Pode ser bom aprender a distinguir bons amigos e conhecimentos de circunstância.

São inúmeros os tópicos sobre os quais pode falar. Não tenha medo de nenhum tema! Quando  fala com tranquilidade, com palavras simples sobre um tópico, fica a conhecer melhor o modo como as crianças / jovens / jovens adultos pensam.


Ver modulo Transição para a idade adulta

Ver módulo Envelhecimento


Friends

Desenho de: Henriette 13 anos.

2.3. Direito a conhecer o seu próprio corpo

2 people kissing

Photo: Jørn Grønlund


Conhecer o nosso corpo é um passo fundamental para construir um relacionamento saudável connosco próprios e com os outros. Assim, é importante que cada criança e jovem aprenda algo sobre sua própria sexualidade, tais como o funcionamento do nosso corpo ou a identidade corporal. (18,19).

Normalmente os pais  têm uma relação próxima  com os seus filhos e os adolescentes No entanto, falar sobre autonomia e sexualidade pode ser difícil. Há várias razões para isso. Esta falta de confiança e abertura pode ocorrer devido a discrepâncias nas palavras que a criança entende ou está familiarizada, por exemplo. o sexo,a idade, a educação, a origem étnica, a religião e a harmonia social podem afetar a situação. O grau de deficiência  pode também ter impacto, bem assim como a sua visibilidade. As pessoas com deficiência têm naturalmente o direito de participar da vida quotidiana. A autodeterminação é  também um direito humano que nos permite gerir os pressupostos de nossas vidas e da nossa sexualidade como parte natural da vida quotidiana.

Caso: Quando devemos começar a falar sobre o corpo, a identidade e a sexualidade

Para as PCDI o conhecimento sobre o corpo e a sexualidade deve ser personalizado para o seu funcionamento próprio. O conhecimento sobre o seu próprio corpo e a sexualidade pode melhorar a sua qualidade de vida e prevenir a ocorrência de futuras atitudes provocadoras. Para que tal aconteça, os professores e os pais devem ser ponderados e coordenar os seus esforços para garantir a abordagem pedagógica mais adequada.

É importante garantir o acompanhamento de todas as fases de desenvolvimento. Muitas vezes, as PCDI precisam de repetir as sessões. There are several standards that you can follow in sexual education (19)

Caso BRA 

Caso DEO 


Os pais e cuidadores frequentemente negligenciam a sexualidade entre indivíduos com DI (8) Sabe-se que a falta de atenção a áreas pessoais como o gênero e a sexualidade está relacionada com o comportamento problemático do desenvolvimento. Por sua vez, os cuidadores do comportamento problemático de desenvolvimento acreditam que as necessidades sexuais da pessoa desencadeiam comportamentos tão desafiantes. (16). Além disso, o desconhecimento da relação entre comportamentos desafiantes e sexualidade pode criar mal-entendidos na interação entre prestadores de serviços e destinatários de serviços (16 página 434)

Muitas pessoas com DI não tem noção dos limites em diferentes situações. Não sabem qual deverá ser o comportamento certo, na hora e no lugar certos. Os pais e os professores devem ajudar a pessoa a diferenciar um pouco a situação, a hora e o local, desde criança. Podem também iniciar esse treino quando a criança for mais velha. Mas em alguns casos pode ser mais fácil treinar bons hábitos desde pequenos. No formulário em anexo, você pode ver qual é o comportamento esperado https://www.secasa.com.au/assets/Documents/Age-adequ-behaviours-1.pdf

Algumas pessoas com DI podem tornar-se agressores sexuais. Elas nem sempre entendem a fronteira entre o que são ações legais e ilegais. Muitos não tiveram educação em saúde sexual (20).

ATIVIDADES:

Fale com o seu filho e descubra se ele compreende o significado de ações legais e ilegais e os seus limites?

Possíveis temas a abordar na conversa:

Deixe-os conhecer o seu próprio corpo. Que tal estou eu? (identidade externa)? Tire muitas fotos. Como é que os outros me veem? Como está a foto do meu passaporte? Como é que eu me vejo (identidade interna)? Serei gentil, prestativo, zangado, irado, impaciente? Qual é o meu papel quando dou comida ao cachorro quando ajudo a lavar a louça quando brinco com o meu sobrinho. Fale sobre os diferentes papéis que desempenha como pessoa. Como faço na escola, na loja, na empresa etc.? Existem papéis diferentes em situações diferentes, e os papéis fazem parte de mim como pessoa. Compõem a minha identidade.

Fale sobre ser deficiente? Que problema tem no cérebro, no seu corpo? O que será difícil com essa deficiência? Mesmo se tivesse uma deficiência, você seria dos outros. Como faço para diferenciar os outros com o mesmo diagnóstico? Todos são diferentes. Observe pessoas diferentes. De que ajuda precisam? Acha que o exercício físico funciona? Você não pode agir como uma irmã / irmão, o que é que eles pensam sobre isso. Muitos têm doenças congênitas. Alguns têm doenças progressivas e ficam mais fracos com o tempo. O que  pensam sobre isso?

Fale sobre doença e morte. Prepare-os para a morte de alguém. O que acontece quando alguém morre de velhice? Alguns morrem em acidentes. O que acontece depois? Alguém tem uma doença progressiva. O que acontece depois? Alguém da família pode morrer. O que acontecerá então? O que acontece se alguém se sente triste. O que é a tristeza? Como se sente.

Alguém deve estar muito em hospitais. Alguns não podem ir. Alguém não se consegue vestir. Eles conhecem outras pessoas com deficiência? Que ajuda acham que os outros precisam?

ATIVIDADES:

Quando e como falou com o seu filho sobre o desenvolvimento do corpo?

Como é que o seu filho / filha se apresenta aos outros?

Veja o modulo: http://course.elpida-project.eu/mod/book/view.php?id=146Communication communication

Extra:

(pergunte â Lara)

"Ask Lara" é uma comédia animada criada para crianças de 9 a 13 anos. A série segue as aventuras bem-humoradas de Lara e dos seus amigos Gabriel, Monica, Akira e Tony enquanto eles embarcam na estrada rochosa da puberdade. Tudo é novo, emocionante, sempre divertido e, às vezes, embaraçoso, à medida que aprendem a lidar com paixões, datas, pontos e B.O (pergunte a Lara). Você pode encontrar a série em vários idiomas. Converse com seus filhos sobre esta série.


2.4. A Educação Sexual na Europa

A Educação Sexual na Europa

Keys

Foto: G.H Lunde


A Educação Sexual na Europa

Todos os países devem desenvolver programas específicos, baseados no conhecimento, adaptados à educação no jardim de infância e na escola, de apoio à saúde sexual. Existem vários modelos na internet que podemos adotar.

Uma pessoa com DI deve receber serviços e intervenções de acordo com as necessidades e os desejos individuais. Muitas pessoas precisam de assistência durante todo o seu ciclo de vida, e as necessidades de serviço variam e mudam com a fase da vida, o desenvolvimento da pessoa e as circunstâncias de vida. Pais e professores devem garantir que todas as crianças e jovens, incluindo aqueles que sofrem de deficiência intelectual, recebam uma educação sexual adequada.

Manual de Educação Sexual: http://ceacw.org/docs/parentworkbook.pdf 

Educação sexual para crianças e adolescentes com deficiência de desenvolvimento - um manual de instruções para pais ou cuidadores e pessoas com deficiência de desenvolvimento. Sexualidade ao longo da vida. DiAnn L Baxley e Anna Zendell

Este Manual de Instruções e o Guia de Recursos que o acompanha foram projetados para ajudar pais e cuidadores a ajudar pessoas com deficiência intelectual ou de desenvolvimento na descoberta do seu eu e da sua sexualidade. O autor espera que, utilizando estes recursos, os pais / cuidadores e os membros da família tenham uma compreensão mais profunda de si próprios e dos outros e que, quando a pessoa com deficiência atingir a maioridade, esteja melhor preparada para viver e participar de forma autónoma e segura na comunidade.

Páginas da web: 

Normas WHO: Pdf de Normas para Educação em Sexualidade na Europa. 

Matriz de educação para a sexualidade: 

The Standards are available for download in different languages.  

Matriz da educação para a sexualidade na página 33: A educação para a sexualidade é um tópico amplo e abrangente e o seu conteúdo vai-se alterando à medida que a criança se desenvolve na adolescência e depois em jovem adulto. Aos três anos de idade, uma criança precisa de informações e apoio diferentes daqueles que irá precisar 10 anos mais tarde. Além disso, a educação sexual influência o desenvolvimento de atitudes e comportamentos sexuais e, assim, ajuda o indivíduo a desenvolver uma sexualidade autónoma.

A matriz a seguir foi projetada para fornecer uma visão geral dos tópicos que devem ser introduzidos em determinados grupos fechados. A matriz está estruturada de acordo com as diferentes faixas etárias e compreende oito categorias temáticas principais. Pode ser usada de maneira flexível para se adaptar às necessidades específicas de indivíduos ou grupos. Também pode ser adaptada para pessoas com necessidades especiais e minorias. É uma estrutura a partir da qual o instrutor / educador pode escolher tópicos que sejam de interesse particular do grupo que está dirigindo.

  • Sexul Developement South Eastern CASA, Centro contra a agressão sexual e a violência familiar. Este livreto destina-se a profissionais ou prestadores de cuidados que trabalhem com crianças e aborda as diferenças entre o comportamento sexual que faz parte do processo normal de crescimento e os comportamentos sexuais desviantes.

Age appropiate sexual behaviour in children and young people

Propósito deste livro: Determining what is age appropriate sexual behaviour is a challenge for parents  para todos aqueles que trabalhem com crianças e jovens. 

Este livro fornece informações que podem ajudá-lo a: Compreender o que é um comportamento sexual normativo (apropriado para a idade) e quais os comportamentos sexuais que são desviantes e muito preocupantes (abusivos). Determine quando se deve preocupar com o comportamento sexual de uma criança ou jovem. Determine quando será necessário mais aconselhamento profissional e saiba quem deve contatar.

Esta segunda edição atualizada inclui a influência das atividades on-line e digitais nos comportamentos das crianças e jovens, uma nova forma de desafio para os prestadores de cuidados e profissionai

Com o aparecimento do sexting e o envio de imagens nuas, algumas perguntas se colocam: Estas atividades são apropriadas? Estes comportamentos são legais? Fazem parte do comportamento normativo e do namoro adolescente ou são um comportamento abusivo?

O problema não é os jovens usarem a tecnologia. É importante que eles desenvolvam capacidades e conhecimentos tecnológicos que irão ser necessários ao longo da vida. Os problemas surgem quando os jovens usam a tecnologia para se envolver em comportamentos sexualmente problemáticos ou abusivos, que às vezes podem ser vistos como bullying ou chantagem para com outras pessoas, transmitindo imagens ou vídeos ilegais pela legislação atual ou entrarem em contato on-line com pessoas com o fim das explorar.

  - Relatório:  Status of sexuality education in Europe and Central Asia

No período de 2016 a 2017, o Centro Federal de Educação em Saúde (BZgA) e a Rede Europeia da Federação Internacional de Planeamento Familiar (IPPF EN) iniciaram uma extensa pesquisa sobre o desenvolvimento e a situação atual da educação sexual na Europa e Ásia Central, cobrindo 25 países selecionados da região europeia da OMS.

Esta nova pesquisa preenche uma importante lacuna de conhecimento sobre as informações disponíveis sobre o status da educação sexual na Região Europeia da OMS após a publicação de dois relatórios  anteriores da BZgA e IPPF EN em 2006.

Perfil de diferentes países 

A Universidade OsloMet também tem educação sexual: Seksuell helse og seksualitetsundervisning and Sexologi og funksjonshemming

E-learning  para jovens deficientes: Unge Funksjonshemmede  "Sex som funker"

No período de 2016 a 2017, o Centro Federal de Educação em Saúde (BZgA) e a Rede Europeia da Federação Internacional de Planeamento Familiar (IPPF EN) iniciaram uma extensa investigação sobre o desenvolvimento e a situação atual da educação sexual na Europa e na Ásia Central, cobrindo 25 países selecionados da região europeia da OMS.

Esta nova investigação preenche uma importante lacuna de conhecimento sobre as informações disponíveis da situação da educação sexual na Região Europeia da OMS após a publicação de dois relatórios anteriores pelo BZgA e IPPF EN em 2006.


Pergunta de reflexão:

Como pode falar facilmente com o professor de seu filho sobre a educação sexual na Europa ?



2.5. Politica Sexual

Politica Sexual 

Chain in green grass

Foto: G.H.Lunde


Politica Sexual

As políticas governamentais referentes às pessoas com deficiência mental mudaram com o tempo e variam de país para país (8). As agências governamentais transmitem as políticas do governo e garantem que as mesmas sejam implementadas pelos governos locais, instituições públicas e privadas. Eles coordenam e contribuem para a cooperação entre os municípios locais, os órgãos do estado e os intervenientes regionais. Eles promoverão a segurança jurídica para as pessoas e as comunidade. Em muitos países a entrada na escolaridade obrigatória  é um direito garantido por lei e a inclusão de pessoas com DI é um assunto frequentemente discutido.

Noruega: Estratégia de Saúde Sexual - Fale sobre isso! Ministério da Saúde e Serviços de Assistência  Snakk om det!(17):  

Finlandia: The action programme...(18)

Nos últimos anos, o termo "normalização" tem sido usado para apontar as "divisões desnecessárias entre pessoas com deficiência e outras pessoas em termos de tratamento médico e social, educação, emprego e bem-estar". O conceito de deficiência  é também substituído por comprometimento menos estigmatizante e  pessoas com deficiência intelectual.

 

Caso: Mulheres e homens na internet. Direito à educação sexual


Bengt Nirje (21), primeiro denominou o termo normalização e designou oito princípios-chave do estilo de vida a serem tidos em conta para pessoas com DI:

  • Ritmo diário normal.
  • Rotina normal de vida.
  • Ritmo anual regular com feriados, fins de semana e dias de folga.
  • Ser capaz de regular um ciclo de vida como criança, adolesceste, idade adulta e velhice.
  • Ser respeitado pelas suas escolhas e desejos.
  • Viver num mundo de dois sexos.
  • Ter um padrão financeiro normal e segurança.

Ter acesso a instalações, tais como casas, escolas e hospitais, do mesmo nível e padrão que a restante população. Nirje também enfatizou o direito de escolha da pessoa, mesmo que seja fora das normas da comunidade.

As pessoas com deficiência intelectual (DI) enfrentam muitas vezes desafios relacionados com a sua sexualidade(8). Muitas vezes não entendem a diferença entre amiga e namorada. Nem sempre entendem o que é permitido (legal) fazer com as outras pessoas. Não medem as consequências de suas escolhas. Muitas pessoas têm dificuldade em dizer não, se outras gostam delas.  Podem ser ingênuos e crédulos em relação aos outros. Podem ser explorados física e economicamente por outros. Facilmente entendem mal a mensagem, a ironia e as opiniões ambíguas. Por isso, devem ter uma boa educação personalizada na escola.

Questões de Reflexão:

Que desafios estão relacionados com a sexualidade do seu filho?

Consulte o modulo Transition to adulthood



2.6. Bibliografia do capítulo 2

1.  Rettsikkerhet Bufdir 

https://www.bufdir.no/Nedsatt_funksjonsevne/Rettighetene_til_personer_med_utviklingshemming/Rettssikkerhet/

 2.  Convention on the Rights of Persons with Disabilities (CRPD); 2006. https://www.un.org/development/desa/disabilities/convention-on-the-rights-of-persons-with-disabilities.html

https://www.regjeringen.no/no/dokumenter/konvensjonen/id724096/

3. Helse- og omsorgsdepartementet (2016).Strategi for seksuell helse - Snakk om det! .     https://www.regjeringen.no/contentassets/284e09615fd04338a817e1160f4b10a7/strategi_seksuell_helse.pdf

4. I NOU 2016:17 «På lik linje»   https://www.regjeringen.no/contentassets/b0baf226586543ada7c530b4482678b8/no/pdfs/nou201620160017000dddpdfs.pdf

5.  Graugaard, C.,(2001). ”Sexleksikon fra Abe til Aarestrup”.  Rosinante forlag, 2001.

6.  International Planned Parenthood Federation. 2008. Sexual rights: an IPPF declaration.

7.  World Health Organization. “Sexual and Reproductive Health: Defining Sexual Health.”

8. Vildalen, S. (2014) seksualitetens betydning for utvikling
 og relasjoner. Oslo: Gyldendal akademisk.

9. Bay- Hansen, J. (2014)  Conversation about sexuality. Sygeplejersken, 2014, Vol.114(9).

10. Gustavsson, A. (1999) Utviklingsstörningens sociala innebörder och förståelseformer. I Magnus Tideman (red) Handikapp, synsätt, principer, perspektiv(47-66) Stocholm: Johansson & Skyttermo Förlag

11. Wolfensberger, W. (1992). A brief introduction to social role valorization. A high order concept for structuring human services. Syracuse, New York: Wolf Wolfensberger. 

12. Hellzen, O., Haugenes, M., & Østby, M. (2018) International Journal of Qualitative Studies on Health and Well-being   Volume 13, 2018 - Issue    https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/17482631.2018.1468198

13. SUMO rapporten https://naku.no/sites/default/files/SUMO%20rapport.pdf

14.  Schalock, R. L., et al., (2007) The Renaming of Mental Retardation: Understanding the Change to the Term Intellectual Disability http://edu.hioa.no/SeksuellhelseAnnet/Intellectual%20disability.pdf

15. Tarnai, B &  Wolfe, P. S. (2008). Social Stories for Sexuality Education for Persons with Autism/Pervasive Developmental Disorder

 http://edu.hioa.no/SeksuellhelseAnnet/Social%20stories%20for%20sexuality%20education%20(autism).pdf

16. Clements, Clare & Ezelle, 1995

17.  Norway:  Helse – og omsorgsdepartementet (2016): Snakk om det! Strategi for seksuell helse, 2017 – 2022.   https://www.regjeringen.no/contentassets/284e09615fd04338a817e1160f4b10a7/strategi_seksuell_helse.pdf'

18.  Finland: The action programme for the promotion of sexual and reproductive health in 2014–2020    http://www.julkari.fi/bitstream/handle/10024/136169/TY%C3%962018_18_Promote%2c%20prevent%2c%20influence_WEBk.pdf?sequence=1&isAllowed=y  

19.  WHO_BZgA_Standards_English.pdf  _English.pdf  (The Standards are available for download in the following languages)

20.  South Eastern CASA, Center against sexual assault & family violence. https://www.secasa.com.au/assets/Documents/Age-appropriate-behaviours-1.pdf


21.  
Nirje, B. (1985). "The Normalization Principle and Its Human Management Implications".  In R. B. Kugel and W. Wolfenberger (Red). Changing patterens in residential services for the mentally retarded. President`s Committee on Mental Retardation, Washington DC, page 179-195.

62.  WAS http://www.worldsexology.org/resources/declaration-of-sexual-rights/

78. Hva er nedsatt funksjonsnedsettelse Bufdir

79.  Hva er  utviklingshemming  Bufdir

 Bufdir  https://www.bufdir.no/Nedsatt_funksjonsevne/Hva_er_nedsatt_funksjonsevne/Hva_er_utviklingshemming/

Bibliografia complementar:

Barnard-Brak, L., Schmidt, M., Chesnut, S., Wei, T. & Richman, D. (2014) Predictors of Access to Sex Education for Children with Intellectual Disabilities in Public Schools. Intellectual and developmental disabilities Vol. 52, No. 2, s. 85 – 97   file:///D:/moin29051/Documents/HIOA/VSEXO/oppgaveskriving/litteratur%20oppgave/Pred ictorsOfAccessToSexEducationForChildrenWithIDinPublicSchools.pdf

Dalen, M. & Ogden T. (2008) Spesialpedagogikk og spesialpedagogiske tiltak. I Ogden, T & Rygvold, A.L. (Red.) Innføring i spesialpedagogikk. (s. 383 – 412) Oslo: Gyldendal Norske Forlag

Doyle, J. (2008) Improving sexual health education for young people with learning disabilities. Paediatric nursing vol 20 no 4, 26 – 28 Hentet fra: file:///D:/moin29051/Documents/HIOA/VSEXO/oppgaveskriving/litteratur%20oppgave/Imp rovingSexualHealthEducationForYoungPeopleWithLearningDisabilities.pdf

Frawley, P. og Wilson, N.J. (2016). Young People with Intellectual Disability Talking About Sexuality Education and Information. Springer science. http://link.springer.com.ezproxy.hioa.no/article/10.1007/s11195-016-9460-x469-484.

Fjeld, W. (2009). Mennesker med utviklingshemning og seksualitet. Hvordan undervise og veilede? 03 Spesialpedagogikk, 28 – 37 https://www.utdanningsnytt.no/globalassets/filer/pdf-avspesialpedagogikk/ 2009/spesialpedagogikk-3-2009.pdf

Funksjonsnedsettelse /Hva er  utviklingshemming Bufdir  https://www.bufdir.no/Nedsatt_funksjonsevne/Hva_er_nedsatt_funksjonsevne/Hva_er_utviklingshemming/

Harader, D.L., Fullwood, Ph.D.L.,Hawthorne, M.S. (2009). Sexuality Among Adolescents with Moderate Disbilities – Promoting Positive Sexual Development. 17-20. Helse- og omsorgsdepartementet. Strategi for seksuell helse (2017 – 2022) https://www.regjeringen.no/contentassets/284e09615fd04338a817e1160f4b10a7/strategi_seks uell_helse.pdf

Nirje, B. (1985). "The Basis and Logic of the Normalization Principle".  Australia and New Zealand Journal of Developmental Disabilities, vol 11, nr. 2.

 Nirje, B. (1970). "The Normalization Principle- Implications and Comments". British Journal of Mental Subnormality. Birmingham page 45-53.

Nordström, B.  Red. (2018) Nationellt kompetenscentrum anhöriga (Nka) 2018:1 Hälsa för barn och unga med flerfunktionsnedsätting ISBN 978-91-87731-52-5

Ogden, T. & Rygvold A.L. (2008) Spesialpedagogisk praksis. I Ogden, T & Rygvold, A.L. (Red.) Innføring i spesialpedagogikk. (s. 15 – 36) Oslo: Gyldendal Norske Forlag

Trankjær, H. (2015) Sexologi Månedsskrift for august 2015.

Zachariassen, P. (2003). Kartlegging av kunnskaper om seksualitet hos mennesker med psykisk utviklingshemning. Tidsskrift for Norsk psykologforening, 40 (2), 102-108.  Hentet fra: http://edu.hioa.no/SeksuellhelseAnnet/Zachariassen%20sin%20artikkel.pdf]

Páginas da WEB:

WHO standards  https://www.bzga-whocc.de/en/publications/standards-in-sexuality-education/ 

Pdf of Standards for Sexuality Education in Europe. Se Sexuality education matrix: 

The Standards are available for download in different languages.  

https://www.bzga-whocc.de/fileadmin/user_upload/WHO_BZgA_Standards_English.pdf

 -Sexual Development South Eastern CASA, Center against sexual assault & family violence. 

https://www.secasa.com.au/pages/age-appropriate-sexual-behaviour-in-children-and-young-people/

Age appropriate sexual behaviour in children and young people

file:///C:/Users/hlunde/Downloads/ELPIDA%20Seksualundervisning%20i%20Europa/Age-appropriate-behaviours-1.pdf

https://www.secasa.com.au/assets/Documents/Age-appropriate-behaviours-book.pdf

Relatório:  Status of sexuality education in Europe and Central Asia

https://www.bzga-whocc.de/en/publications/report-on-sexuality-education-in-europe-and-central-asia-new/

WHO European Region following the publication of two previous separate reports by BZgA and IPPF EN in 2006. Different country profiles https://www.bzga-whocc.de/fileadmin/user_upload/BZgA_Country_Papers_2006.pdf

 

WHO standards https://www.bzga-whocc.de/en/publications/standards-in-sexuality-education/ 

  •  Report: Status of sexuality education in Europe and Central Asia

https://www.bzga-whocc.de/en/publications/report-on-sexuality-education-in-europe-and-central-asia-new/

    

UNESCO https://en.unesco.org/news/urges-comprehensive-approach-sexuality-education



 



3. Cooperação

Cooperação


G. Vigeland Sculpture Women in a group

Escultura: G. Vigeland

O objetivo deste módulo é proporcionar um maior conhecimento sobre a importância das pessoas com deficiência intelectual receberem educação sexual. Este capítulo principal contém informação importante sobre cooperação com pessoas com DI. Os tópicos que pode ler neste capítulo são os seguintes:

  • O modelo PLISSIT
  • Envolvimento dos participantes

Cooperação

Juntos somos mais fortes. Juntos, podemos valorizar mais perspectivas de uma situação. Juntos, somos melhores a encontrar uma perspetiva de conjunto para o bem estar das pessoas com DI.

Este tema trará mais informações e mostrará o valor da cooperação com pessoas com DI e com outras. Como pai, deve refletir mais na sua própria influência e na capacidade de profissionais intervirem nas suas áreas de especialização. Precisa também refletir se precisa de mais conhecimento nesse campo de especialização.

Este curso é um investimento em mais conhecimento sobre o corpo, o sexo e a sexualidade. Ao optar por concluir este curso, adquirirá conhecimentos. Nesse campo de especialização, não existe um “vencedor" mas por certo que será um melhor pai  e melhorará a sua  cooperação com os outros após a conclusão deste curso.

Tente descobrir alguém na sua região, com quem possa cooperar / formar parcerias para criar boas condições de vida para a sua filha / filho. A sua organização a nível europeu , depende de país para país.

 Exemplos de parcerias(8):

A freira / enfermeira de saúde da creche pode ajudá-lo a coordenar os serviços para a criança e a família.

O médico pode ser um parceiro importante. O médico deve, juntamente com o paciente e os parentes próximos, decidir se é necessário encaminhar para outros especialistas com quem a família possa conversar ou buscar orientação.

Os funcionários da creche ou jardim de infância podem ser parceiros muito importantes quando se trata de promover medidas educativas para o seu filho.

Os professores são parceiros naturais da escola. Eles são responsáveis por proporcionar à criança uma boa e bem adequada aprendizagem.

Algumas famílias precisam da ajuda de funcionários / profissionais dos serviços de saúde mental ou da assistência à criança.

Medidas nos níveis de SS e IP no modelo PLISSIT: Medidas que exigem a competência de um especialista devem estar apoiadas nos serviços de saúde. Podem ser métodos cognitivos, conforme descrito por Lemmon e Mizes (22). Eles utilizam a terapia de exposição no tratamento de vítimas de abuso. Este é um método bem conhecido na prática clínica e é considerado um bom método eficaz.


Perguntas de reflexão:

Com quem pode colaborar para criar boas condições de vida para a sua filha/filho?

Consulte o modulo Direitos Humanos

Consulte o modulo Comunicação 


Friends II
Drawing Henriette 13 år.

3.1. O modelo PLISSIT

Fig: O modelo PLISSIT (23)

PLISSIT model

 

O comportamento sexual no seu bairro

Nós, como pais, devemos nos esforçar para criar um ambiente sexual amigável para nossos filhos em nossas casas. Juntamente com diferentes parceiros / colaboradores, devemos discutir o desenvolvimento sexual da criança / adolescente para garantir uma boa evolução. Precisamos nos preparar para falar sobre sexualidade como um assunto normal. A maioria dos pais irão enfrentar desafios sexuais de seus filhos / adolescentes em diversos períodos de suas vidas. Alguns pais descobrem que as crianças e os adolescentes enfrentam grandes desafios sexuais, e isso pode causar problemas para a família e na sua colaboração com profissionais.

Pais e funcionários, que trabalham com indivíduos com disfunções mentais (DM), devem aceitar que seus filhos possam ter uma diversidade de sentimentos e também reações sexuais (8). A maioria pode desenvolver uma sexualidade por si só (individual), enquanto outros desenvolvem convivência ou sexualidade junto com outros. Devemos reconhecer que a maioria dos humanos tem problemas de saúde sexual!

O mundo tornou-se mais digital e agora muitos indivíduos com DI navegam na Internet como qualquer outra criança, adolescente e adulto. Eles também são expostos a comentários sexuais indesejados e ofensas feitas digitalmente, tal como as outras pessoas. Muitos são ingênuos e podem ser facilmente pressionados a enviar retratos / fotos nuas para estranhos. Nós, como pais, temos de ser capazes de falar abertamente com eles sobre isso e ensiná-los a se protegerem. 

O modelo PLISSIT (1) oferece uma visão geral do tipo de apoio que os pais (dois primeiros níveis) ou profissionais (níveis superiores) podem proporcionar às PCDI, quando precisam de ajuda nas opções sexuais, na informação ou no tratamento. O modelo mostra quando há necessidade de competências especializadas para o tratamento, por exemplo: no caso de problemas sexuais graves. O desenho do modelo é uma pirâmide, com diferentes níveis de apoio. A parte inferior da pirâmide indica o nível mais baixo de necessidade de apoio. Nestes dois níveis inferiores, o terapeuta (ou o pai) precisam do mínimo de competências para apoiarem a pessoa a resolver os seus problemas sexuais.

Video: O modelo PLISSIT


 

Explicação dos níveis no modelo (de baixo para cima):(23)

P (Permissão) significa permitir. Este nível de apoio implica que a pessoa é aceite por trazer à baila e discutir assuntos sexuais sensíveis e íntimos. Desta forma, pode ser possível descobrir se há necessidade de intervenção. A aceitação também dá à pessoa um sinal de que a sexualidade é uma parte normal da vida humana, em todas as situações da vida. "O nível P" engloba todos os temas relacionados com a sexualidade; anatomia, fisiologia, saúde, família, identidade, contraceptivos, higiene, amigos, namorada / namorado, emoções, masturbação, orgasmos, relação sexual, menopausa, desejo… etc. A este nível, a maioria das pessoas consegue falar sobre sexualidade em conjunto com as PCDI. É importante que a pessoa se sinta à vontade para falar sobre todas os temas de saúde sexual, por ex. homossexualidade.

LI (Informação Limitada) significa que o nível de informação transmitido é adequado e dado através de informações gerais sobre perguntas sobre doenças, diagnósticos e sintomas, para que a pessoa receba respostas às suas preocupações e desafios na medida do possível. Tal abordagem só é relevante para uma parte da população, por exemplo, crianças com idade suficiente para ter educação sexual na escola. Na maioria dos países, os professores e os enfermeiros de saúde pública ensinam as crianças nas escolas primárias e secundárias, mas a maioria das PCDI precisa de diversas repetições e de educação agilizada. Os Pais, bem assim como os enfermeiros de invalidez e os assistentes sociais que trabalham principalmente com PCDI são particularmente responsáveis por fornecer informação limitada ou encaminhar as PCDI para outras pessoas.

SS (Sugestões Específicas) significa aconselhamento específico e implica que o terapeuta precisa ajustar informações e meios de tratamento para se adequar à pessoa. Inclui a possibilidade de oferecer tratamento sob forma de terapia cognitiva, tratamentos médicos, auxílios, etc. Um terapeuta ou uma pessoa com as competências adequadas em sexualidade oferece consultas a este nível (SS).

IT (Terapia Intensiva) implica o tratamento de problemas sexuais graves, por exemplo, abuso, distúrbio de gênero, danos graves nas relações, pedofilia, etc. Para tratar problemas sexuais com uma terapia intensiva (TI), precisamos de um especialista em sexologia: um psiquiatra, um psicólogo ou um médico especialista em sexualidade.

Questões de reflexão: 

Consegue falar sobre sexualidade com pessoas com DI e obter aceitação?

Consulte o modulo Comunicação

3.2. Envolvimento das PCDI

Envolvimento das PCDI

Hands shaped like a heart

Foto: S. Kühle- Hansen


Envolvimento das PCDI

As pessoas com deficiência intelectual (DI) têm, como todas as outras pessoas, o direito à liberdade, à autodeterminação e um processo adequado. Muitos precisam aprender a fazer escolhas. Isso requer incentivo, treino e apoio para ensinar as pessoas com DI a fazerem  as suas escolhas pessoais (24, 30).

 Wedding II

Conset: W.Fjeld

As pessoas com DI têm o direito de influenciar as suas próprias vidas. Eles podem e devem participar na tomada de decisão da sua vida quotidiana. Os pais precisam envolver e ensinar os seus filhos a fazer as suas próprias escolhas. Para algumas pessoas com DI, pode começar por escolhas simples entre diferentes bebidas, diferentes alimentos, brinquedos, etc. Para outras, podem ser escolhas mais complexas, tais como,. como escolher passar o tempo com a família, os amigos ou com uma namorada / namorado.

Pais e profissionais, por exemplo da creche, da escola ou da instituição de saúde são responsáveis por garantir oportunidades para que as PCDI tomem decisões sobre suas próprias vidas.

Cada pessoa tem direito a ser ouvido, a expressar a sua opinião e  influenciar casos em que se envolva. Podem ser ocorrências que afetem a sua autoimagem, o papel de gênero e a sua sexualidade. O envolvimento dará à pessoa com DI a sensação de poder fazer escolhas informadas e fortalecer a sua capacidade. (30).

O envolvimento das pessoas com DI melhora a cooperação e aumenta a confiança entre as partes. Pais e profissionais devem informar, motivar e apoiar a pessoa com DI. A responsabilização consiste na partilha de poder e no envolvimento da pessoa com DI, partindo do princípio de que ele se conhece a si próprio. (25).

Consulte o modulo Direitos Humanos 

As pessoas com DI não devem ser meros recetores passivos de serviços e orientações dos outros. Eles são especialistas das suas próprias vidas, e o envolvimento da pessoa com DI significa centrar-se nas suas  necessidades individuais e desejos. Pessoas com DI precisam sentir o poder e o controle sobre as suas próprias vidas. Isto inclui o respeito pela vida sexual  e pelo género da pessoa. O aspecto mais importante da cooperação entre a pessoa com DI, os pais e os profissionais de saúde é uma comunicação boa e propícia.

Pessoas com DI precisam de ter  oportunidade para desenvolver os seus próprios meios em relação a, e em dialogo com os outros. O diálogo pode ser uma ferramenta útil para criar a melhor cooperação possível entre a pessoa com DI e os seus pais. O envolvimento pode ser demorado e desafiadora para a família, mas é muito importante.

Competencia e autodeterminação. 

O seu filho tem um comportamento sexual?  Ele pode apresentar sinais de comportamento sexual esfregando-se contra os móveis ou batentes da porta, ou fazendo pressão com o corpo no chão enquanto faz movimentos rotativos com o abdômen. Tal comportamento é geralmente sexualmente estimulante. Eles estimulam o abdômen, o pênis / clitóris e as áreas vizinhas. Ao reconhecer essa ação como um comportamento sexual, deve orientar o seu filho de modo a que ele realize essa estimulação num ambiente apropriado / privado.

A maioria dos pais não quer que seus filhos realizem tais atos na sala de estar, na cozinha ou durante as visitas a outras pessoas. No entanto, a maioria de nós pode aceitar este comportamento quando a criança está no seu próprio quarto ou em outro espaço adequado.

Como pai, acredita que todos temos uma sexualidade? 

Acha que todos devem ser capazes de expressar a sua sexualidade de uma forma adequada?

Como podemos avaliar os direitos e a competência da pessoa para dar consentimento? Para que um consentimento seja válido, ele deve ser fundamentado no entendimento da própria situação, naquilo para que foi dado consentimento e também nas suas consequências. É complicado dar consentimento.

Se aceitamos que esfregar contra o no chão, contra os móveis ou outros, é sexualmente estimulante. Podemos então concluir que, ao efetuar essa ação, a pessoa que a está fazendo comunica que deseja continuar a fazê-lo? Muitas pessoas com DI não conseguem ter “controle total sobre as consequências de um consentimento” (8).Mas através dos seus comportamentos e iniciativas eles podem demostrar o que querem.

Se, como pai ou mãe, quiser que o seu filho pratique tal ato no seu próprio quarto (não na sala de estar ou na cozinha), pode tranquilamente mostrar uma foto do quarto sempre que os veja deitados no chão ou a esfregarem-se contra os móveis, e diga: Vá para o seu quarto. Pode levá-los calmamente para o quarto, deixá-los sentar ou deitar na cama ou no chão. Quando vir que estão bem, pode tranquilamente sair do quarto. Deixe-os ficar um pouco sozinhos no quarto.

Se for difícil orientar o seu filho para ir para o quarto, pode tentar comprar um vibrador (triangular, longo ou outro), ou uma bola vibratória que deve por no quarto ou na gaveta ao lado da cama. Quando a criança se começar a estimular na sala de estar, pegue no vibrador e coloque-o em cima da cama ou no chão do quarto. Vá para o quarto e ajude-o a pegar no vibrador enquanto lhe segura o cotovelo. Deixe-o sentir a vibração em direção ao corpo ou ao abdômen (enquanto lhe segura o cotovelo). Evite o contato entre si e o vibrador, e do vosso corpo, exceto o da sua mão no cotovelo. Se a criança pressionar o vibrador no corpo ou no abdômen, saia da sala em silêncio. Deixe-o sozinho durante 15-20 minutos, até que termine. Volte para o quarto e guarde o vibrador no seu lugar habitual.

Nunca deixe o vibrador ser usado na sala de estar, na cozinha, etc., apenas deixe que o usem no quarto. Deve apenas permitir o vibrador nos quartos que definir. Nas férias, um objeto vibratório / vibrador pode ir na bagagem e ser usado no momento e no espaço apropriados.

Direitos Sexuais

Se uma pessoa demostra comportamento sexual, os pais podem ajudar essa pessoa a fazer sexo numa zona apropriada. Isso garante que os direitos da pessoa sejam assegurados de uma  forma adequada. Deve consultar os “direitos sexuais”, desenvolvidos pela OMS (19) e pelo WAS http://www.worldsexology.org/resources/declaration-of-sexual-rights/.

Através da ratificação da CDPD, vários países chegaram a um acordo internacional para dar a todos os deficientes os mesmos direitos que a população em geral (26). Isso  também implica que alguns países precisam levar a sério a participação e a influência real das pessoas com  DI nas áreas que lhes dizem respeito. A participação baseada na filosofia "nada sobre nós, sem nós" foi desenvolvida por muitos países ao longo dos anos. Essa participação é enfatizada na legislação e nas principais orientações políticas em muitos países (26, 29).

O que a pessoa deve saber sobre sexo:

  •  Ter conhecimentos básicos específicos sobre o sexo (por exemplo, conhecer as partes do corpo, as relações sexuais, os atos sexuais, etc.)
  • Conhecimento sobre as consequências dos atos sexuais, incluindo infecções sexualmente transmissíveis, gravidez, esterilização, etc.)
  • Compreender o que é um comportamento sexual apropriado e o quadro em que ele deve ocorrer
  • Entender que a atividade sexual é levada a cabo como resultado de uma escolha livre / voluntária
  • Capacidade para reconhecer possíveis situações de abuso 
  •  Capacidade de se assumir em situações sociais e pessoais e de recusar em qualquer momento qualquer atenção indesejada (27).

Países diferentes tem regras diferentes.

Para ser capaz de dar o seu consentimento, a pessoa com DI:

  • Deve ser capaz de explicar/debater as suas escolhas
  • Deve ser capaz de entender informações relevantes para tomar uma decisão 
  • Deve ter a capacidade de entender as consequências das suas ações / escolhas
  • Deve ter a capacidade de usar informações relevantes para ponderar a favor ou contra uma decisão
  • Deve ser capaz de analisar que áreas é capaz de consentir quando não estiver preparado para dar o seu consentimento em todas as áreas

(Estes pontos são baseados numa anotação do psicólogo especialista B. Holden, Habiliteringstjenesten I Sykehuset innlandet, Noruega Lagret NFSS). A maioria das pessoas com DI precisa ser treinada nos pontos acima mencionados, para os poder entender. Muitas pessoas com DI são competentes para dar o seu consentimento.

Frank Stephens Discurso importante sobre a síndrome de Dawn 

s


Questões para reflexão:

O seu filho/filha tem uma conduta de natureza sexual?


Friends III

Desenho: Henriette 13 år.





3.3. Bibliografia do capítulo 3

Bibliografia do capítulo 3

8.  Vildalen, S. (2014) Seksualitetens betydning for utvikling og relasjoner. Oslo: Gyldendal akademisk.

19.  WHO_BZgA_Standards_English.pdf  _English.pdf  (The Standards are available for download in the following languages)

22.  Lemmon and Mizes (2002). Effectiveness of exposure therapy: A case study of posttraumatic stress disorder and mental retardation

23.. Annon, J.: The PLISSIT Model: a proposed conceptual scheme for the behavioural treatment of sexual problems. J. Sex Educ. Ther. 2(1), 1–15 (1976)

24.. Selvbestemmelse og brukermedvirkning Bufdir

https://www.bufdir.no/Nedsatt_funksjonsevne/Rettighetene_til_personer_med_utviklingshemming/Selvbestemmelse_og_brukermedvirkning/

25.  Tveiten, S. (2007).  Den vet best hvor skoen trykker- : om veiledning i empowermentprosessen. Fagbokforlaget Bergen

26.  CRPD konvensjonen

https://www.regjeringen.no/globalassets/upload/bld/sla/funk/konvensjon_web.pdf

27.  Faghefte Hedmark, (2013)

28.  B. Holden, Habiliteringstjenesten I Sykehuset innlandet, Norway. NFSS http://www.nfss.no/foredrag/

29.  IPPF rettigheter

https://www.ippf.org/sites/default/files/ippf_sexual_rights_declaration_pocket_guide_norwegian_0.pdf

30.  Brukermedvirkning 

https://ushtakerhus.files.wordpress.com/2016/09/brukermedvirkning.pdf 

Bibliografia complementar:

Kramer, J.M., Kramer, J.C., Garcia-Iriarte, E., Hammel, J. (2011). Following Through to the End: The Use of Inclusive Strategies to Analyse and Interpret Data in Participatory Action Research with Individuals with Intellectual Disabilities. Journal of Applied research in Intellectual Disabilities, 24 (3) 

Nind, M. (2014). What is inclusive research? Bloomsbury. 

NOU 2016:17 «På lik linje» https://www.regjeringen.no/contentassets/b0baf226586543ada7c530b4482678b8/no/pdfs/nou201620160017000dddpdfs.pdf

Seksuell helse beskrives i rapporten ”Strategi for seksuell helse” (Helse- og omsorgsdepartementet i 2016). https://www.regjeringen.no/contentassets/284e09615fd04338a817e1160f4b10a7/strategi_seksuell_helse.pdf

Strnadova, Iva & Walmsley, Jan (2017). Peer- reviewed articles on inclusive research: Do co-researchers with intellectual disabilities have a voice? J Appl Res Intellect Disabil. 2018;31:132–141. 

Vildalen, S. (2014) Seksualitetens betydning for utvikling og relasjoner. Oslo: Gyldendal akademisk.

Walmsley, J. and K. Johnson. (2003). Inclusive Research with People with Disabilities: Past, Present and Futures. London, UK: Jessica Kingsley Publishers. 

 World Health Organization. “Sexual and Reproductive Health: Defining Sexual Health.”

Convention on the Rights of Persons with Disabilities (CRPD) https://www.un.org/development/desa/disabilities/convention-on-the-rights-of-persons-with-disabilities.html

Myndighet för delaktighet http://www.mfd.se/

Hjelp - Hvem skal bestemme https://be-ni.no/hefter/hjelp-hvem-skal-bestemme

NINJAKOLL 

Taylor, B. & Davis , S. (2007) The Extended PLISSIT Model for Addressing the Sexual

Wellbeing of Individuals with an Acquired Disability or Chronic Illness

Barstad, B. (2006): ”Seksualitet og utviklingshemming”. Universitetsforlaget. Oslo.

Vildalen, S. (2014) Seksualitetens betydning for utvikling og relasjoner. Oslo: Gyldendal akademisk.



 

 


4. Socialização

G. Dietrichson Watercolor. Three on the beach

Aguarela: G.Dietrichson 


O objetivo deste módulo é fornecer um maior conhecimento sobre a importância das pessoas com deficiência intelectual recebem educação sexual. Este capítulo principal contém conhecimento essencial sobre a socialização. Tópicos que pode ler neste capítulo:

  • Roteiro sexual
  • Roteiro Negativo
  • Qualidade de vida

Socialização

Tanto os jovens como os adultos com deficiência intelectual e os pais devem tomar consciência da sua própria história sexual. Para entender a interação entre eles e o meio ambiente, jovens e adultos com DI, assim como os seus pais, têm a vantagem de estarem conscientes de sua história sexual. Quando refletimos sobre a nossa história, é mais fácil ter a perceção sobre as experiências positivas e negativas relativamente ao corpo, à identidade de gênero e à sexualidade.

Caso O homem que queria duas mulheres


Um bom exercício é refletir sobre a sua história sexual desde que se lembre até a idade atual. Quais os eventos positivos e negativos de que se lembra? Quem lhe falou sobre as boas emoções ligadas à sexualidade. Que tipo de palavras costuma usar quando fala sobre a sexualidade?Acha que seu filho compreende essas palavras?

Atitudes afetam a linguagem e a linguagem afeta atitudes. Os pais e os professores devem conversar com os jovens sobre a visão que tem da sua história sexual.

A sexualidade humana passa por um processo de socialização ao longo da vida, enquanto múltiplos aspetos afetam o seu comportamento: cultura, religião, direito, hábitos sexuais, estruturas linguísticas e sociais. Todos nascem num mundo com diferentes pressupostos e oportunidades, que proporcionam uma base para o desenvolvimento humano e interação com o meio ambiente e a cultura.A sexualidade não é estática, mas relacional porque os seres humanos vivem na realidade social.

É uma interação entre preconceitos individuais e sexualidade como construção social.

Caso O Homem e a janela 

Questões para reflexão:

Que tipo de palavras costuma usar quando fala sobre a sexualidade?


Consulte o modulo Transição para a idade adulta

Consulte o modulo Envelhecimento

Wedding III
Consent: W.Fjeld

4.1. Roteiros Sexuais

ROTEIROS SEXUAIS

Anemone

Photo: G.H. Lunde

ROTEIROS SEXUAIS

A sexualidade humana é vivida desde o berço até ao túmulo. Diversos fatores afetam o nosso comportamento; a cultura, a religião, a lei, os hábitos sexuais e as estruturas linguísticas e sociais.

Os sociólogos William Simon e John H. Gagnon (1986) desenvolveram a teoria dos roteiros sexuais nos anos 70 e 80 (31). Comportamento que pode ser mantido (aumentado) por reforço ou reduzido por reivindicações ambientais negativas cujo comportamento não é aceitável. O roteiro individual será modificado e adaptado à cultura em que vivemos e fornecerá orientações sobre o que se pode fazer ou não. (32).

Os roteiros sexuais explicam também as variações nas perspetivas que as diferentes pessoas têm sobre como se devem comportar em "situações sexuais". O ser humano afeta a sociedade e a sociedade afeta o ser humano numa interação complexa. Cultura, relacionamentos mudam as pessoas até ao nível mais baixo.

Eis alguns dos conceitos centrais na teoria dos roteiros sexuais:

Cenários culturais: descreve o elenco geral de personagens (papéis) e o relacionamento entre eles. No entanto, geralmente isso não é suficiente para fornecer uma direção especifica para orientar o comportamento relacional em situações específicas. É aqui que entra o nível relacional dos roteiros sexuais

• Roteiros relacionais: alguns fatores que aparecem em determinadas situações e se tornam significativos. Este termo é baseado em interações nas quais as pessoas transformam as narrativas (histórias) em ações significativas. O espaço individual e os papéis são formatados, mas adaptados às expectativas do ambiente

Roteiro intrapsíquico: pode envolver planos ou estratégias específicas para a realização de roteiros relacionais. Inclui as fantasias, as memórias e os ensaios psicológicos e representa as particularidades da sexualidade única de todos, incluindo os aspetos que não podem ser descritos em palavras.

O roteiro intrapsíquico é um grande desafio para algumas PCDI porque requer capacidades empáticas e uma compreensão do papel do parceiro num relacionamento. No entanto, as PCDI têm os mesmos anseios e desejos por relacionamentos amorosos como qualquer outra pessoa. É um direito humano fundamental, as pessoas com DI, expressarem também os seus sentimentos.

Pode-se questionar se outras pessoas têm autoridade para tomar decisões em nome do amor e da sexualidade de um outro adulto: os pais são capazes de tomar tais decisões? E quanto aos empregadores; eles deveriam dizer alguma coisa sobre isso? Løfgren-Mårtenson (33) diz que desvalorizamos as PCDI se os impedirmos de desenvolver o seu próprio roteiro / a própria história / ganhar experiência com base nas suas próprias necessidades.

Ter um namorado / amante é algo que pode ser muito importante para a pessoa com DI. Muitos fazem muitos sacrifícios na vida para experimentar o amor. Nem sempre as PCDI entendem o que se espera de um relacionamento amoroso entre namorados. O roteiro intrapsíquico é um grande desafio para algumas PCDI, pois requer empatia e a compreensão do papel do parceiro no relacionamento.

Questões para reflexão:

Quem deve decidir se deve ou não ser permitido a uma PCDI desenvolver uma relação de amor ou sexual?

Consulte o modulo: Transição para a Idade Adulta


4.2. Roteiros negativos

Roteiros Negativos

Photo: G.H.Lunde Red corridor with doors

Foto. G. H. Lunde

Roteiros Negativos

Como é que se desenvolve o comportamento abusivo: O termo roteiros sexuais lida com as atitudes, os conhecimentos e as perspetivas de como os casos sexuais se desenvolvem 

Eventos culturais e sociais afetam nossas expectativas de como as situações sexuais podem se desenvolver (8). Os roteiros sexuais  lidam também com as diferentes perspetivas das pessoas de como agir em situações sexuais. «Os roteiros sexuais indicam perspetivas de como se deve exprimir o comportamento sexual» (31).

Na tabela comportamental (34) SECASA, pode ver qual o comportamento esperado de acordo com a idade e o que pode ser considerado um comportamento preocupante. "Determinando se o comportamento sexual é normal ou preocupante. Use as informações desta seção para determinar se o comportamento sexual de uma criança ou jovem na idade de 4 anos (0-4 / 5-9 / 9-12 / 13-18) e grupos de desenvolvimento, é apropriado para a idade, é preocupante ou se é muito preocupante.": 

Tabela SECASA (34) ( South Eastern Centre Against Sexual Assault & Family Violence)

https://www.secasa.com.au/assets/Documents/Age-appropriate-behaviours-book.pdf

Este livro fala sobre três escalas ou classificações do comportamento sexual:  apropriado para a idade (normal), preocupante e muito preocupante. Para ajudar a melhor os entender codificamos com cores: "Sombreado verde" Comportamentos sexuais apropriados à idade ,"Sombreado laranja" Comportamentos que se encaixam em algum ponto no intervalo entre o normal e o preocupante,  e"Sombreado vermelho" Comportamentos que se encaixam em algum ponto no intervalo entre preocupante e muito preocupante (abusivo )

Como é que se desenvolve o comportamento abusivo? 

Parece que falta ou a insuficiente capacidade de relacionamento e a fraca aptidão para criar relacionamentos íntimos consistentes podem ser um fator que contribui para o desenvolvimento de comportamentos abusivos. Tais problemas relacionais podem ter originar na baixa escolaridade e na falta de regras. Outros motivos podem ser a incapacidade de lidar com a situação ou o fato de terem sido vitimas de abuso físico / sexual.

Outro motivo pode ser a privação, criada pela falta de capacidade para lidar com a própria vida afetiva.

Além disso, comportamentos culturais contribuem através da aprendizagem e desenvolvimento de "bíblias de sexo" e de atitudes para com a violência como problemas ou resolução de litígios. Isto pode, por exemplo, se manifestar como atitude problemática em relação ao sexo com crianças. 

It also seems that ideas about male / female sexuality and heterosexual interaction play a role. This happens through creating gender expectations for gutters and girls sexual roles and uncertainty about legitimate and illegitimate power in heterosexual relationships. 

Os mitos de violência e as imagens estereotipadas do que são relações apropriadas entre  os dois sexos podem aumentar essa tendência. A falta de controle social nesta área pode possibilitar o abuso sexual entre jovens (35).


Questões para reflexão:

Quais os desafios  relacionados com a sexualidade do seu filho?

Flowers

Foto: G.H.Lunde


4.3. Qualidade de vida

Qualidade de vida

Wedding IV

Autorizada porConsent: W.Fjeld

Pessoas com deficiência intelectual (DI) e qualidade de vida

Pessoas com DI geralmente vivem em estreita interação com a família. Eles dependem dos cuidados familiares. Do seu cumprimento e da sua tolerância e ajuda nas tarefas diárias.  Alguns vivem sozinhos partilhando apartamentos e outros vivem em grandes instituições. Pessoas com DI precisam de se sentir seguras e os pais precisam de saber que seu filho / filha está seguro.

Pais, irmãos e outros cuidadores, tem uma enorme importância na qualidade de vida da pessoa com DI. É importante haver alguém que a conheça bem, que a possa ouvir e entender tal como ela é. É preciso definir bons hábitos (sono, comida, higiene) na vida quotidiana. Todos devem ter atividades de lazer relevantes e adaptadas ao seu nível de desempenho.

O relatório SUMO oferece um questionário usado como recurso para avaliar um risco em relação a pessoas com DI. Nele são feitas muitas perguntas diferentes para avaliar se a pessoa corre o risco de ser explorada ou explorada sexualmente. SUMO (13) O relatório descreve as condições que se devem verificar para se poder avaliar se as pessoas com DI se sentem seguras.

As perguntas dizem respeito à sua  identidade (se a pessoa compreende que tem um diagnóstico); Perguntas  sobre habitação (onde mora e se tem empregados); Pergunta sobre regras gerais (se precisa de ajuda  de determinada pessoa? / Se  está satisfeita com a proposta que recebeu?); Pergunta sobre a sua atividade / trabalho (se tem sucesso no centro de dia ou no seu trabalho?); Pergunta sobre lazer (se tem interesses / passatempos repartidos ou partilhados com outras pessoas?); Pergunta sobre economia (se tem conhecimento sobre as suas  finanças e sobre o dinheiro?); Questão sobre o histórico da pessoa (se sabe se  foi sujeita a violência, a abuso sexual ou a negligência grave?); Pergunta sobre a família (se tem uma boa relação com a mãe / pai / avôs / avós adotivos?); Pergunta sobre qualificações (se teve formação e educação em sexualidade e intimidade?); Pergunta sobre informações adicionais (se  consome drogas / Se  tem uma origem étnica para a qual a sexualidade é tabu? (13)

Devemos falar com a pessoa com DI sobre aquilo que ela gosta de fazer. Com quem gostam / não gostam de estar; De quem eles gostam especialmente muito / nada etc. Os resultados do questionário de análise de risco são apenas orientações.. O modelo e a pontuação pretendem levar a uma reflexão sobre se a pessoa a quem a pontuação é atribuída pode ser considerada como estando numa situação particularmente vulnerável. Dividimos a pontuação em três níveis: nível vermelho que indica especialmente exposto e para a qual devem ser tomadas algumas medidas ; nível amarelo que indica que há várias condições que devem ser analisadas e que talvez seja necessário realizar uma nova análise de risco; nível verde que indica que a pessoa está segura (13)  https://naku.no/sites/default/files/files/SUMO%20rapport.pdf .

Algumas pessoas com DI apresentam problemas mentais ou físicos. Problemas mentais e depressão podem reduzir as funções sexuais  provocando menor iniciativa e atividade. Alguns podem ter um animo muito reduzido. Os efeitos colaterais das drogas podem originar um desejo  de se envolver em atividades sexuais muito reduzido.

Lesões físicas, abusos sofridos (36), doenças crônicas, distúrbios de stresse, problemas musculares, dores no pavimento pélvico e nos órgãos genitais podem levar à diminuição da qualidade de vida (8).

Os danos relacionais implicam dificuldades em confiar nos outros e em se envolver, bem assim como dificuldades em ter relações sexuais e estabelecer relacionamentos íntimos. Pessoas com DI têm dificuldades de relacionamento devido a problemas cognitivos, mentais e físicos.

Qualidade de vida e funcionalidade são frequentemente debilitadas nas pessoas com DI. São frequentemente fragilizadas ao longo de suas vidas.

Questões para reflexão:

Acha importante ter alguém que conheça bem a pessoa com DI, que a oiça e a compreenda?

Flowers II

Foto: G.H.Lunde

4.4. Bibliografia do capítulo 4

Bibliografia do capitulo 4

8.  Vildalen, S. (2014) Seksualitetens betydning for utvikling og relasjoner. Oslo: Gyldendal akademisk.

13.  SUMO rapporten https://naku.no/sites/default/files/SUMO%20rapport.pdf

31. Simon, W. & Gagnon, J. H. (1986) Sexual Scripts: Permanence and Change. I: Archives of Sexual Behavior. Vol. 15, no Simon og Gagnon (1986)

33.  Lofgren-Mortenson, L., Sorbring, E. & Molin, M.  ‘T@ngled Up in Blue’’: Views of Parents and Professionals on Internet Use for Sexual Purposes Among Young People with Intellectual Disabilities 

34.  South Eastern CASA Centre Against Sexual Assault & Family Violence

https://www.secasa.com.au/assets/Documents/Age-appropriate-behaviours-book.pdf

35.  Kruse, A. E. (2011). Oslo: Nasjonalt kunnskapssenter om vold og traumatisk stress. (page 11 to15 - script)

36.  Stiftelsen SOR Ingen hemmelighet (web- course)  http://kurs.helsekompetanse.no/ingenhemmeligheter/

 Bibliografia complementar

Fjeld, W. 2013 Oppfølging og behandling av utviklingshemmede etter seksuelle overgrep. En kvalitativ studie basert på litteratur og eliteintervju. Malmö högskola Hälsa och samhälle Masterprogrammet i sexologi Malmö.

Graugaard, C., Pedersen, B.K., Frisch, M., (2014). Seksualitet og Sundhed. Vidensråd for forebyggelse. København. 2. utgave (2015) ISBN 978-87-997519-8-3 mm.

Idehen, M. (2013) Seksualitet og livskvalitet. København Munksgaard

Mountain 2013

NKVTS rapport: (2011) Unge som begår seksuelle overgrep by Anja Emilie Kruse (2011) Page 11 to 15 Script)

Rendina, H. J. (2015). When parsimony is not enough: Considering dual processes and dual levels of influence in sexual decision making. Archives of sexual behavior, 44(7), 1937-1947. doi: 10.1007/s10508-015-0569-2

Simon, W. & Gagnon, J. H. (1986) Sexual Scripts: Permanence and Change. I: Archives of Sexual Behavior. Vol. 15, no

Vatne, T., M. Åpne og gode samtaler i familier når barnet får en alvorlig diagnose  

Vildalen, S. (2014) Seksualitetens betydning for utvikling og relasjoner. Oslo: Gyldendal akademisk.


5. Comportamentos

Comportamentos

G. Vigeland Sculpture Heads of two men

Escultura: G. Vigeland

O objetivo deste módulo é propiciar um maior conhecimento sobre a importância das pessoas com DI terem acesso a educação sexual. Este capítulo contém informação essencial sobre comportamentos sexuais. Os tópicos deste capítulo são:

  • Padrões sexuais
  • Ser diferente

Comportamentos

Esta unidade pretende refletir sobre as suas atitudes e as de outras pessoas em relação à sexualidade. Ficará mais informado da sua aprendizagem, dos seus valores e visão sobre o sexo e analisará os dilemas éticos com parceiros, outros pais, amigos ou professores.

Os efeitos negativos de comportamentos tais como a discriminação e a estigmatização são observados em maiorias e minorias. No entanto, os seus grupos são mais vulneráveis a comportamentos negativas, que se podem manifestar em diversas áreas, incluindo a sexualidade. Um lugar preponderante para resolver este problema é o ambiente familiar. Portanto, as atitudes dos pais relativamente  à sexualidade podem ter um efeito negativo ou positivo direto nos seus filhos. No caso de crianças com DI, é fundamental que os pais tenham consciência da influência de suas atitudes nos seus filhos.

Pais, orientadores e professores devem ajudar a planear uma sexualidade segura e independente para as pessoas com DI. Estudos internacionais mostram que, se por um lado, aumenta o reconhecimento das  pessoas com DI desenvolverem a  sua sexualidade, por outro lado, há o medo e o risco da pessoa ficar exposta a abuso sexual ao realizar atos sexuais com outras pessoas (37).

Muitas vezes, a falta de conhecimento dos pais e os cuidadores  sobre o tema da sexualidade entre pessoas com DI, provoca comportamentos negativos. "Para evitar abusos, a pessoa com DI deve receber a formação correta e adequada. Os seus formadores devem ter habilitações tanto na área da deficiência de desenvolvimento como na área da sexologia" (37).

Queremos melhorar as condições de vida das pessoas com DI. Queremos reforçar a sua segurança jurídica . Muitas pessoas com DI dependem de outras pessoas para as ajudar e proteger. Por isso, é importante que não haja nem coação nem influencia sobre eles, pois são pessoas vulneráveis.

Existem muitas situações de assistência que aumentam o risco de abuso, porque existe uma relação de poder assimétrica entre as partes (37). 

Pessoas com DI têm proteção especial e estão protegidas por convenções internacionais: a Convenção Europeia dos Direitos Humanos (CEDH), a Convenção  das Nações Unidas sobre os Direitos Civis e Políticos (SP), a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança (ver módulo dos Direitos Humanos), e a Convenção das Nações Unidas sobre Discriminação das Mulheres (KDK) (37).

Questões para reflexão:

Devem os professores ajudar a planear uma educação sexual segura e independente para o seu filho?

Consulte os modulos: Transição para a Idade Adulta , Envelhecimento Direitos Humanos, Gestão do Stress e Comunicação. 



Book II

Foto: G.H.Lunde

5.1. Sexualidade - Padrões Sexuais

Sexualidade - Padrões sexuais

G. Vigeland Sculpture Nude young boy

 Escultura: G. Vigeland

Norma (Latim: Norma, significa guia). Todas as sociedades têm normas ou padrões, que abordam hábitos e valores a nível individual e de grupo, comportamentos e imagem. As normas são específicas de uma determinada cultura e não são facilmente transferidas para outras sociedades: É difícil para aqueles que cresceram a conhecer um conjunto de padrões aprenderem e lidarem com outros padrões rompendo com costumes e expectativas.

Os padrões sexuais podem ser expressos frontalmente e são regulados por leis ou normas condicionadas pela idade mínima, abuso, prostituição, aborto etc. Outras normas ou padrões podem ser mais subtis, do que as observadas em religião, costumes e tabus (8). 

Os limites de idade dizem respeito ao termo "maturidade sexual". A maturidade é definida a partir de convicções da sociedade, de normas culturais bem assim como do desenvolvimento social, biológico e cognitivo dos adolescentes. As expectativas que temos do nível de maturidade das crianças e adolescentes podem criar dúvidas quando se discute a idade mínima sexual. Os pais das PCDI podem pensar que os adolescentes com DI nunca se tornarão "sexualmente maduros" e por isso a idade mínima sexual não é relevante para eles.

As regras dos pais para as coisas mais íntimas e privadas, como por exemplo, a sexualidade, a coabitação, a igualdade de direitos, a identidade de gênero, a orientação sexual e o aborto afetam as crianças e os adolescentes no modo ou nas possibilidades que eles têm de "participar na sociedade".

As crenças religiosas mais antigas baseiam-se num conjunto de regras, que podem colidir ou desafiar as regras atuais dos pais, a não ser que a prática da religião seja atualizada de modo a refletir a forma como vivemos hoje.

Tanto os direitos humanos como os avanços tecnológicos modernizaram muitos países e seus roteiros culturais. Perguntas sobre a sexualidade, quem ama quem e quem faz amor com quem, são normalmente mais estimulantes que outros assuntos.

Questões para reflexão:

Por que são tão difíceis para os pais as questões da sexualidade?

LGBTQI–Na maioria dos países, as organizações trabalham arduamente tentando moldar atitudes e levando a cabo uma formação crítica das normas, visitando escolas, hospitais e outros lugares onde as pessoas não devem ser submetidos a  pensamentos convencionais  ou discriminações.

Vídeo: Sexualidade




Port
Foto: G.H.Lunde

5.2. Ser diferente

Ser diferente


G. Vigeland Sculpture Two hands around a woman

Escultura: G. Vigeland

 Orientação Sexual

As PCDI são vistas, desde há muito tempo, como assexuais ou hipersexuais. Normalmente são considerados como alinhados com a orientação sexual dominante, os heterossexuais (42) (39). “Num estudo sueco (40), os participantes referiram à “invisibilidade” das PCDI que são LGBT que têm problemas em exprimir e valorizar a grande variedade de experiências sexuais e de gênero que existem” (39).

Apesar da crescente importância e investigação sobre as PCDI e a sexualidade, há pouco ênfase nos direitos dessas pessoas relacionados com a diversidade de orientação sexual (39).

Nas PCDI, a diversidade de orientação sexual é a mesma do que para o resto da população. Isto significa que existem lésbicas, homossexuais, bissexuais e assexuais nesse grupo. Assexualidade, significa não sentir atração sexual por outras pessoas. Há um grande debate nesta área, se deve ou não ser rotulado como “orientação sexual". É um duplo fardo ter uma deficiência intelectual e uma orientação sexual diferente, que pode ser difícil de entender e aceitar pelas pessoas que a rodeiam, e que pode provocar reações emocionais negativas (38).

Aparentemente o grupo das PCDI, têm mais sentimentos negativos em relação ao sexo com alguém do mesmo sexo do que o resto da população (44). Aparentemente há também menos PCDI que se sentem sexualmente atraídas pelo seu próprio sexo do que seria de esperar (40). 

As PCDI tem mais dificuldade do que as restantes pessoas em encontrar bons exemplos , que é um aspeto importante para a construção de uma identidade lésbica, gay ou bissexual (38,40). As pessoas que as rodeiam podem também reagir negativamente à aproximação de uma pessoa do seu próprio sexo. Reações desse tipo podem ser causadas pela necessidade de proteger a PCDI de situações que a levem a se afastar daquilo que é "normal".Os pais podem ser levados a pensar que não compreendem "o jogo" entre sexos. Em alguns casos, as pessoas que rodeiam a PCDI e notam esse comportamento, podem pensar que é uma situação abusiva e sentir a necessidade de intervir (40). Há pouca documentação sobre PCDI atraídas pelo seu próprio sexo, que demonstre que elas são mais suscetíveis de sofrer abuso do que as outras. Homens com DI, que fazem sexo com outros homens desconhecidos (em parques e estacionamentos) correm o risco de HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis (41). Provavelmente, seria melhor que a pessoa fosse frontal sobre a sua orientação sexual e, na medida do possível, a assumisse livremente.

Dois artigos de reapreciação foram publicados em 2016, com enfase  nas PCDI que se identificaram como homossexuais (42) (39). O estudo McCann (42) analisa 14 diferentes estudos qualitativos e quantitativos ou de métodos mistos. Cerca de 71 pessoas participaram nesses estudos. Todos os artigos incluídos na McCann (42) estão também incluídos no artigo de Wilson (39), com exceção do Löfgren-Mårtenson (46). O estudo de Wilson (39) analisa 44 diferentes estudos qualitativos e quantitativos ou de métodos mistos. Cerca de 400 pessoas participaram nestes estudos. Diversas conclusões estão resumidas nos artigos. As PCDI estão em minoria na nossa sociedade.

Algumas declarações reiteram que as PCDI DI que se assumem como LGBTQI (lésbicas, homossexuais, bissexuais, transexuais, intersexuais ou queer) são “uma minoria dentro da minoria” (42) (39). Será que na sociedade de hoje é permitido a estas pessoas "serem elas próprias" e assumirem a  sua orientação sexual e de gênero? Ou serão "invisíveis" para os pais, para os cuidadores e para as pessoas que os rodeiam? Vários artigos escritos nos últimos anos pedem uma maior sensibilização para estas questões (42,39). Os homossexuais com DI enfrentam desafios em matéria de orientação sexual. “As pessoas com DI que se assumem como LGBT  enfrentam ainda desafios importantes em matéria de expressão e de identidade sexual” (42)

A assexualidade é a falta de atração sexual por ambos os sexos. No entanto alguns podem sentir-se atraídos e fazer sexo com outras pessoas, ou com eles próprios. Ou também desenvolver relações românticas e íntimas. É a ausência de atração sexual por ambos os sexos que descreve a assexualidade (43). Bogaert (43) estima que cerca de 1% da população é assexual.

 


YouTube HollySiz - A Luz

 


Questões para reflexão:

Conhece alguém que se identifica como LGBTQ?


Consulte o modulo: Transição para a idade adulta

Consulte o modulo: Direitos Humanos




5.3. Bibliografia do capítulo 5

Bibliografia do capítulo 5:

8.  Vildalen, S. (2014) Seksualitetens betydning for utvikling og relasjoner. Oslo: Gyldendal akademisk.

37.  Rapport om levekår for for mennesker med utviklingshemming https://www.bufdir.no/Global/nbbf/Funksjonsnedsettelse/Slik_har_jeg_det_i_dag_Utviklingshemmede.pdf 

 

38. Abbott, D. & Howarth, J. (2005) Secret loves, hidden lives? Exploring issues for people with learning disabilities who are gay, lesbian or bisexual, Bristol: The Policy Press

39.  Wilson, N., J., Bright, A., M., Macdonald, J., Frawley, P., Hayman, B. & Gallego, G. (2016). Narrative review of the literature about people with intellectual disability who identify as lesbian, gay, bisexual, transgender, intersex or questioning. Journal of Intellectual Disabilities.

40. Löfgren-Mårtenson, L. (2009) The Invisibility of Young Homosexual Women and Men with Intellectual Disabilities, Sexuality and Disability, 27, 21-26

41.  Withers, P., Ensum, I., Howarth, D., Krall, P., Damian, T., Weekes, D., Winter, C., Mulholland, A., Dindjer, T. & Hall, J. (2001) A Psychoeducational Group for Men with Intellectual Disabilities Who Have Sex with Men, Journal of Applied Research in Intellectual Disabilities, 14, 327-339

42.   McCann, E., Lee, R. & Brown, M. (2016). The experiences and support needs of people with intellectual disabilities who identify as LGBT: A review of the literature. Research in Developmental Disabilities, 57 (2016), 39–53.

43.  Bogaert, A.F. (2004) Asexuality: Prevalence and Associated Factors in a National Probability Sample, The Journal of Sex Research, 41, 279-287

44.  McCabe, M. P. (1999) Sexual Knowledge, Experience and Feelings Among People with Disability, Sexuality and Disability, 17, 157-170

45.  Withers, P., Ensum, I., Howarth, D., Krall, P., Damian, T., Weekes, D., Winter, C., Mulholland, A., Dindjer, T. & Hall, J. (2001) A Psychoeducational Group for Men with Intellectual Disabilities Who Have Sex with Men, Journal of Applied Research in Intellectual Disabilities, 14, 327-339

46.  Löfgren-Mårtenson, L. (2012)  ”Hip to be crip?” : om cripteori, sexualitet och personer med intellektuell funktionsnedsättning


Bibliografia complementar

Utviklingshemming og seksuelle overgrep https://www.bufdir.no/Global/Utviklinghemning_seksuelle_overgrep_nett.pdf

Hjelp - jeg skal ha sex https://be-ni.no/hefter/hjelp-jeg-skal-ha-sex


6. O Corpo

O Corpo

 G. Vigeland Sculpture Young woman with braids Red background

Escultura: G. Vigeland

O objetivo deste módulo é fornecer maior informação sobre a importância das pessoas com deficiência intelectual receberem educação sexual. Este capítulo contém conhecimentos importantes sobre o corpo e as emoções no corpo. Os tópicos deste capítulo são:

  • As Emoções
  • A Autoestima
  • O Corpo
  • O aparelho reprodutivo e sexual masculino
  • O aparelho reprodutivo e sexual feminino
  • A Puberdade
  •  A Menstruação
  • A Sexualidade
  • Os desafios do Comportamento Sexual
  • A Masturbação 

O Corpo

Crianças e adolescentes com DI  precisam normalmente de mais tempo para adquirirem novas competências (8). Por isso, deve ser atribuído um tempo extra para lhes explicar tudo sobre o corpo. É importante ver imagens do corpo. Explique as diferentes partes do corpo. Ensine-os a identificar, ou dizer, para que servem as diferentes partes do corpo (50).

As PCDI precisam de aprender o que são as partes íntimas do corpo. É importante que as aprendam logo desde início. Principalmente para aprender a se proteger.

Nas PCDI, muitas vezes há um desfasamento entre o nível de desenvolvimento corporal e o cognitivo (9). Isso torna difícil que muitas pessoas compreendam o que está acontecendo com elas e à volta delas. As PCDI precisam entender o que se considera partes privadas do corpo. É importante que, desde cedo, aprendam sobre isso, para que não fiquem comprometidas, e se possam proteger a si próprias.A sexualidade dos rapazes é frequentemente mais referida e, portanto, mais fácil de desvendar e até descrever em comparação com a sexualidade das raparigas. Isto sublinha a importância das raparigas em geral e especialmente das raparigas com DI serem ajudadas a compreender e a se relacionarem com o seu próprio corpo e a sua sexualidade própria.

É importante adquirir conhecimentos sobre o corpo para reconhecer os sinais somáticos (sinais clínicos vindos do corpo). Os sinais somáticos podem incluir dor de estômago, dor de cabeça, ardor devido a infecção urinária, problemas dentários, privação de sono, etc. As mulheres devem fazer um exame de ginecologia e os homens com DI devem fazer um exame à próstata. Se houver multiplos sinais somáticos e hematomas imprevistos, deve verificar se a pessoa foi vítima de abuso.

No relatório SUMO (13), os autores argumentam que é necessário “ter conhecimentos básicos sobre as partes do corpo, as relações sexuais e os atos sexuais”. Todos têm o direito de aprender sobre as funções do corpo e de serem ensinados ao seu nível de competência. Pode optar por seguir um programa sistematizado como o KIS (47) ou KISS (48).

Questões para reflexãp:

O seu filho já conhece as partes íntimas do seu próprio corpo?


Tree

Foto: G.H.Lunde

6.1. As Emoções

Sentimentos -  Emoções


 E. Munch Painting Shallow

Aguarela:E. Munch

Homem com Síndrome de Down e os Enfermeiros


Emoções

Em que pensam as PCDI quando falamos de emoções? O que significa estar irritado ou amuado, rabugento, feliz, zangado, insultado? O que se sente? Há algum exemplo? 

O que significa estar instável e o que são "sentimentos fortes"?  

O que significa ser gentil e generoso? O que se sente? Há algum exemplo?

O que é um amigo, uma namorada/namorado, um amante , uma infidelidade, o sexo, uma lésbica etc? 

Que tipo de sentimentos despertam

O que significa beijar e abraçar?

O que significam as palavras cumplicidade e carinho

Só se pode ter uma namorada/namorado ou é possível ter três? O que é que tu e outras pessoas pensam sobre este assunto? 

O que é sentir vergonha e culpa?

Como é que a sexualidade pode ser agradável? O que são desejos sexuais?

O que significa consentimento?

O que são "sentimentos ambíguos" ?

A maioria das pessoas tem sentimentos de natureza sexual. A capacidade de compreender esses sentimentos e os pressupostos necessários para lidar com eles varia (49). Indivíduos com DI geralmente precisam de ajuda para descrever e entender esses sentimentos.

Questões para reflexão:

O seu filho consegue descrever sentimentos?

Muitos são aqueles que criam cursos para pessoas com deficiência física e as perguntas como as acima referidas costumam fazer parte do curso. Juntos, encontramos o significado das palavras e o que significa sentir as palavras. Todos os locais de ensino deveriam oferecer estes cursos (47/48). É importante ser capaz de reconhecer e expressar os nossos sentimentos. Uma competência social é saber quando se gosta ou não de algo. Também é importante ser capaz de identificar as emoções dos outros. Temos de ser capazes de definir o que é uma namorada / namorado e um amigo. E fazer a distinção entre um entre amigo e uma namorada / namorado (49).

A autonomia sexual é descrita como gostar ou ter orgulhar do seu  corpo, gostar ou ter orgulhar da sua sexualidade e ser dono e senhor  do seu  corpo e da sua sexualidade (49). 

Alfred & Shadow - Uma pequena historia sobre as emoções




cat
Foto: G. H. Lunde

6.2. A Autoestima


Autoestima

G.Vigeland Sculpture Young man and woman who kisses. Red background

Escultura: G. Vigeland

Respeito pela autoestima pela identidade própria e suas barreiras / Consultar o módulo Transição para a idade adulta.

Autoestima autovalorizarão,  respeito pelo identidade própria e  posteriores barreiras  / Ver módulo Transição para a idade adulta.

Pergunte à Lara O amor magoa


6.3. As partes do Corpo Humano

As partes do Corpo Humano

Schmidt- Rottluf

Pintura: Schmidt- Rottluff


ZANZU Corpo https://www.zanzu.be/en/themes/body (50) (alterar idioma para português)

O Corpo da Mulher https://www.zanzu.be/en/themes/womans-body (50)

O Corpo do Homem https://www.zanzu.be/en/themes/mans-body (50)


Perguntas para reflexão:

O seu filho conhece as partes do Corpo Humano ?

6.4. O Aparelho Reprodutivo e Sexual do Homem

O aparelho reprodutivo e sexual do homem


Sculpture G. Vigeland

Escultura: G. Vigeland

A anatomia sexual masculina é composta pelos órgãos sexuais externos e internos que estão envolvidos em funções essenciais do corpo, tais como a produção de hormônios relacionados a características masculinas e a funções sexuais, como a produção de sêmen e o prazer sexual

Os órgãos sexuais externos do homem são o pênis, a glande do pênis, o escroto, o prepúcio e o meato urinário / vias urinárias. Os órgãos sexuais internos masculinos são os testículos, o epidídimo, o ducto ejaculatório, a próstata e as vesículas seminais. Os músculos do pavimento pélvico também são importantes para o prazer sexual. No texto a seguir, vai aprender mais sobre estes órgãos e as suas funções. Encontrará referências no texto respeitantes à figura apresentada abaixo.

Men`s reproductive and sexual system

Fig. Aparelho reprodutivo e sexual do homem

Anatomia e funções do aparelho reprodutivo e sexual do homam

O pénis é formado por  a) uma haste forma o pênis e uma ponta bulbosa chamada de b) glande (cabeça do pênis). A glande do pênis suporta o c) prepúcio. O prepúcio é a pele que cobre e protege a cabeça do pênis. O d) aparelho urinário é um canal por onde a urina e o sêmen saem do corpo. Há Pênis de todas as formas, comprimentos e tamanhos.

Quando um homem é sexualmente excitado, o pênis incha com o sangue e fica duro (ereto). O pênis fica mais comprido, mais grosso e mais duro do que o habitual. Para que isso aconteça, três estruturas eréteis são preenchidas com sangue: dois corpos cavernosos um ao lado do outro e um tecido esponjoso (Corpus spongiosum) entre eles. O sangue enche o tecido esponjoso. O tecido esponjoso pode ser cheio com sangue a qualquer momento. O prepúcio ajuda a manter a glande húmida e também facilita a penetração quando a pele se retrai para mostrar a glande extremamente sensível. Este efeito deslizante aumenta a satisfação sexual dos homens e das mulheres durante a relação sexual.

A ereção nem sempre ocorre por vontade própria. Por exemplo, os homens podem acordar de manhã com o pênis ereto sem se sentirem excitados. Durante a atividade sexual, a ereção facilita a relação sexual, a penetração da vagina ou do ânus. Esta atividade pode levar ao orgasmo, com ejaculação (liberação de esperma) e a sentimentos de prazer. Os rapazes têm sua primeira ejaculação e começam a produzir esperma durante a puberdade.

Sob o pênis, há uma estrutura parecida com uma bolsa chamada escroto. Os testículos (normalmente dois) estão inseridos dentro do escroto e são responsáveis pela produção de espermatozóides. O escroto está fora do corpo, onde a temperatura é mantida à volta de menos 2 a 3 graus da temperatura do corpo, o que é essencial para a produção de espermatozóides. Os espermatozóides são freqüentemente comparados aos girinos por causa da sua aparência

ZANZU O Corpo do Homem https://www.zanzu.be/en/themes/mans-body (50) (alterar idioma para português)

 https://www.zanzu.be/en/themes/body (50)


Men`s reproductive and sexual system



Lenke (O aparelho reprodutivo e sexual do homem)

Men’s reproductive and sexual system

Lenke (O aparelho reprodutivo e sexual do homem)

Os órgãos sexuais do macho Imagem 


Os órgãos sexuais visíveis do homem https://www.zanzu.be/en/man%E2%80%99s-visible-sexual-organs (50)



6.5. O Aparelho Reprodutivo e Sexual da Mulher

O aparelho reprodutivo e sexual da mulher

E. Munch Madonna

Imagem: E. Munch Madonna

Os órgãos sexuais da mulher

Chamamos de vulva (volva or vulva) aos órgãos sexuais externos da mulher. Outra designação que pode ser usada é Genitalia feminina externa (Latim).

 Os órgãos sexuais externos da mulher

A vulva é composta por: o monte púbico, os grandes lábios e os  pequenos lábios, o clitóris e o capuz do clitóris, o meato ureteral (abertura do trato urinário), o orifício vaginal, o hímen, a glândula de Bartholin (lubrifica o canal vaginal) e a glândula de  Skene (segregam uma enzima chamada PDE5, que intervém na excitação feminina, na ejaculação feminina), bem como o períneo (área entre o ânus e a vulva).

Os grandes lábios e os pequenos lábios variam muito em forma e tamanho. Os grandes lábios contêm e protegem as outras estruturas da vulva. Durante a puberdade, há frequentemente uma sensação de excitação ou aparece um corrimento vaginal. Muitas vezes tal acontece alguns meses antes da primeira menstruação.

Os seios, o aparelho urinãrio e o ânus geralmente não são considerados órgãos sexuais, embora muitas pessoas os vejam como tal.

 A vulva é composta por (50):

· O monte púbico

· Os lábios maiores (lábios exteriores) e os pequenos lábios (lábios interiores)

· O Clitóris e  a glande clitoriana

· O meato ureteral

· O orifício vaginal

· O hímen

· A glândula de Bartholin (lubrifica a vagina) e as glândulas de Skene

- O períneo (zona entre o ânus e a vagina)


Clitoris

O Clitóris em madeira  Foto: S. Kühle- Hansen


Women’s reproductive and sexual system

Fig: O aparelho reprodutivo e sexual da mulher -  Desenho de Kühle- Hansen

Women’s reproductive and sexual system

Fig: O aparelho reprodutivo e sexual da mulher -  Desenho de Kühle- Hansen

Women’s reproductive and sexual system

Fig: O aparelho reprodutivo e sexual da mulher -  Desenho de Kühle- Hansen

Os órgãos sexuais internos da mulher (50)

Os órgãos sexuais internos das mulheres são a vagina, o colo do útero, o útero, as trompas de Falópio e os ovários. Os músculos do pavimento pélvico apoiam as estruturas da vulva e são importantes para o prazer sexual

Fig: O aparelho reprodutivo e sexual da mulher 


ZANZU O corpo da mulher https://www.zanzu.be/en/themes/womans-body (50)
https://www.zanzu.be/en/themes/body (50) (alterar idioma para português)

Os órgãos sexuais da mulher Imagem

Os órgãos sexuais visíveis da mulher https://www.zanzu.be/en/woman%E2%80%99s-visible-sexual-organs

Clitóris Clitóris

Clitóris

Clitoris

Foto: S.Kûhle-Hansen


6.6. A Puberdade

Puberdade

Painting E.Munch

Pintura: E. Munch

Muitos pais subestimam a importância de conversar e preparar os seus filhos adolescentes para as mudanças que irão acontecer durante a puberdade (51). Consulte também o módulo Transição para a Idade Adulta

É muito importante falar com os seus filhos sobre o corpo, os sentimentos, e o que vai mudar durante a puberdade. Essas conversas devem começar desde muito cedo; O mais tardar entre os 8 e os 9 anos. Crianças e adolescentes que nunca demonstraram abertura em relação ao seu corpo, aos seus sentimentos e à puberdade que se aproxima podem ficar assustados com o crescimento dos seios, o aparecimento de borbulhas e também com o inicio da menstruação. Atingindo os 12 a 13, muitos jovens acham ainda mais complicado falar sobre puberdade do que era antes.

Antes da puberdade, há pouca distinção de gênero entre meninos e meninas. A puberdade, com as suas alterações hormonais, começa geralmente quando a criança tem entre os 8 e 15 anos. Para as meninas, o início da puberdade geralmente é entre os 10 e 11 anos, para os meninos entre os 11 e os 12 anos. O corpo da criança transforma-se lentamente num corpo adulto. A puberdade começa “inesperadamente” com uma produção acelerada de hormonas, o que induzirá muitos sentimentos novos e desconhecidos na criança.

 ZANZU O Corpo https://www.zanzu.be/en/themes/body (50)

As hormonas começam a produzir substâncias químicas que enviam sinais para o corpo. O cérebro (hipotálamo e XX) envia sinais para as diferentes partes do corpo. Muitas hormonas diferentes estão sendo produzidos, entre elas as hormonas sexuais. No corpo feminino, o estrogênio é produzido nos ovários. No corpo masculino, a testosterona é produzida nos testículos. Essas hormonas enviam sinais para o corpo e, como resultado, o corpo sofre alterações.

puberty stages

Ilustração: Stine Kühle-Hansen

Os seios crescem, mudam, e podem ter  formas diferentes . A quantidade e a camada de gordura existente nos seios influencia o seu tamanho. O crescimento dos seios  começa  geralmente com um pequeno inchaço por debaixo do mamilo. A cor e a forma dos mamilos varia de mulher para mulher. No peito, desenvolve-se a glândula mamária. A função dessa glândula é produzir leite para que as mulheres possam mais tarde amamentar os seus filhos. O leite da glândula mamária é enviado para o mamilo através de um pequeno canal.

Algumas mulheres usam sutiãs e outras não. Se quiser que a sua filha venha a usar sutiã mais tarde, é importante começar por , desde muito jovem a habituá-la a usar um pequeno top , pois ela pode levar muito tempo a acostumar-se a usar sutiã.

Caso: Exemplo demostrando habituação ao uso de sutiã.

 

Espinhos vão aparecer. Mais suor será produzido nas axilas e na zona púbica.

Quase todo o nosso corpo é coberto por pelos. Uma hormona chamada testosterona determina o seu crescimento e isto é válido tanto para as meninas como para os meninos. Durante a puberdade crescem pelos por todo o nosso corpo. Temos um crescimento mais visível de pelos nos braços, nas pernas, nas axilas e nas virilhas. Os meninos têm bigode, barba, peitos e estômagos peludos.As meninas podem ter cabelos mais visíveis no buço nos estômago e também nos mamilos. Não sabemos exatamente qual é o objetivo desse crescimento capilar adicional nas nossas axilas e na zona púbica, mas acreditamos que seja uma correlação entre esse crescimento capilar e a produção de odores. Para muitas pessoas, é difícil entender de onde vem esses pelos e por que sentimos um cheiro diferente. É importante  criar o hábito A habituação ao uso de desodorante é, portanto, importante, se quiser que seu filho o venha a usar mais tarde.

Caso: Como habituar alguém a usar desodorante


As meninas começam a ter menstruação, e para melhor se protegerem durante esse período devem passar a usar calças em vez de saias e mudar as calcinhas diariamente. O uso de calcinhas menstruais pode ser uma boa preparação e habituação ao uso de pensos higiénicos. Compre diferentes tipos de calças, de calcinhas menstruais e de pensos higiénicos. Tente usá-los na calcinha por curtos períodos e aprenda como se tiram da embalagem e como se devem descartar em local apropriado. Ensine o que se deve fazer caso a menstruação apareça quando estiver na escola ou quando estiver ocupada numa atividade de lazer.

Caso: Menina que se recusa a usar quer a calcinha menstrual quer os pensos higiénicos.

 

No início da puberdade, os testículos dos rapazes são do tamanho de avelãs. Durante a puberdade, eles crescem para o tamanho de uma noz. No corpo masculino, a maça de Adão começa também a crescer. Os rapazes podem ter uma voz mais instável durante algum tempo. As cordas vocais vão crescer mais longas e grossas. A laringe também cresce e se desenvolve. Algumas vozes de rapazes podem baixar uma oitava inteira (52)

Durante a puberdade, os ossos, as cartilagens, a gordura e os músculos também crescem. Alguns crescem rapidamente, outros lentamente. Os jovens podem crescer mais de 10 cm num ano. As raparigas param de crescer cerca dos 16 anos. Os rapazes param de crescer aos 18 anos. Os músculos dos rapazes duplicam na puberdade, nas raparigas menos. A massa gorda das raparigas aumenta nos quadris e nos seios(52). 

O pênis é necessário para fazer xixi. Tem cerca de 2-3 cm de comprimento antes da puberdade. Durante a puberdade, os testículos e o pênis desenvolvem-se. Os pelos crescem ao redor do pênis. As coxas ficam maiores e mais grossas entre os 10 e os 15 anos. Aos 17 anos, o pênis atinge o tamanho adulto

Na transição entre crianças e jovens, a maioria das crianças desempenha o seu papel. As crianças são frequentemente estimuladas através de brincadeiras e do relacionamento com as outras crianças. Por isso, é importante que as crianças e os adolescentes com DI participem ativamente em brincadeiras com outras crianças. Os pais ou os professores da escola devem providenciar para que as crianças tomem parte nas suas atividades. Frequentemente as crianças e adolescentes com DI passam muito tempo com adultos o que em nada os ajuda na brincadeira com outras crianças. Se as crianças brincam aos médicos com bonecas, podemos ajudar a criança a entrar no jogo. Se as crianças brincam com bonecas,  podemos também incentiva-las a aprender a pôr e a mudar pensos higiénicos nas bonecas.(52).

Alguns dos jovens com DI usam fraldas e precisam de ajuda para as trocar, pelo que temos de estar disponíveis para  ajudar esses jovens. Eles devem, tanto quanto possível, decidir sobre o seu próprio corpo. Precisamos explicar os limites da intimidade de uma pessoa.

Podemos fazer com que as mãos destes jovens tenham contato com o  seu corpo e as suas coxa. Os meninos podem ajudar a lavar o seu pênis. Temos que ensina-los a puxar o prepúcio para trás e a lavar por debaixo. Caso tal seja permitido, podem tomar duche sozinhos . Se tocarem no corpo ou nas coxas durante os cuidados ou quando estiverem no duche, os pais não devem interromper a ação. Deixemos  que eles assumam e conheçam o seu próprio corpo. Podemos dizer "Agora vejo que estás bem … acho que estou a mais" ou mudar de atitude. Se puder, saia do espaço. Diga "Chama-me quando quiseres que eu volte". Crie algumas regras para a PCDI poder ficar durante algum tempo sozinha no chuveiro / banheira.

É importante trabalhar a autonomia da PCDI no que respeita a  cuidados de higiene. Há muitos e bons programas de higiene (53). Ser autónomo evita abusos. Porque a criança / jovem pode lidar com situações íntimas de forma autónoma. Por vezes os pais escolhem o caminho mais fácil para resolver rapidamente as situações. No entanto as PCDI necessitam de percorrer um longo caminho ( que nem sempre é o mais fácil) para conseguirem adquirir as competências mínimas no que diz respeito aos cuidados de higiene.

Com 6 a 12 anos, a maioria das crianças continua a explorar o seu corpo e a descobrir a sexualidade. Eles se olham-se ao espelho. Só tomam duche. Tentam lavar a roupa sozinhos ou com as outras crianças. Eles brigam e voltam a ser amigos novamente. Às vezes, as crianças com DI ficam isoladas das outras crianças e podem não fazer amizades. É importante que, como pais, tentemos ajudá-los nessas interações com os amigos ou irmãos.

Se tem um menino na puberdade, ele não deve tomar duche / nadar ou dormir com uma irmã ou irmão mais pequenos. Já houve algumas situações infelizes e abusos pelo fato da PCDI não compreender o que estava certo/errado na situação (veja comportamentos desafiantes mais adiante neste módulo) (51).

Os pais e os cuidadores querem prevenir o abuso sexual. Ao permitir que as PCDI reconheçam os seus próprios sentimentos e os dos outros, eles estão a ajudar esses jovens (51; 52). As PCDI devem aprender a expressar os seus sentimentos e a saber dizer NÃO! se alguém tentar colocar as mãos dentro das suas roupas.

Os pais devem ensinar a PCDI a dizer NÃO! e a respeitar a sua vontade, até mesmo nas tarefas diárias.

Não é fácil aprender as regras de convívio entre pessoas, no que diz respeito à proximidade e ao contato corporal. Portanto, é importante que essas regras para as crianças sejam simples e claras (51).

Não permita que o seu filho abrace pessoas estranhas. Temos o direito de escolher quem queremos abraçar. Devemos aprender a abraçar a nossa Mãe, o nosso pai e os nosso irmãos, embora seja difícil ter contato mais intimo com eles.

Imagine que seu filho cresce e que ao atravessar a puberdade , tal como a maioria das pessoas, ele  revela o mesmos desejos sexuais. É importante que ele consiga lidar com esses desejos. Que possa dizer sim ou não a um convite sexual. Que os possam satisfazer no seu próprio corpo para obter sensações agradáveis (51).

Questões para reflexão:

Como devo preparar o meu filho para as mudanças da puberdade?

Consulte o modulo Transição para a idade adulta

Consulte o modulo Envelhecimento

Consulte o modulo Direitos Humanos

Consulte o modulo Gestão do stress

Consulte o modulo Comunicação 



Person I

Desenho; Henriette 13 år.





6.7. A Mestruação

Menstruação

Mestruation

 Ciclo Menstrual/ Ilustração: Adele Kühle-Hansen

As raparigas novas iniciam frequentemente o seu ciclo menstrual entre os 9 e os 16 anos, mas para a maioria das raparigas, começa entre os 12 e os 14 anos de idade. Se ainda não tiverem iniciado o período quando atingirem os 16-17 anos, devem procurar ajuda médica.

A mulher tem a sua menstruação ou período uma vez por mês. Um ciclo de menstruação dura normalmente cerca de 28 dias, mas isso pode variar muito de pessoa para pessoa. Um ciclo começa no dia em que a hemorragia aparece e dura até ao dia que antecede a próxima hemorragia. No meio do período (28 dias), a ovulação acontece. O óvulo vagueia lentamente da trompa de Falópio até o útero e deixa no corpo o sangue menstrual, se não estiver grávida. Os seios muitas vezes ficam sensíveis após a ovulação. O stresse e a pressão psicológica podem causar alterações no ciclo menstrual

Lenke http://edu.hioa.no/hfillustrasjoner/menstruasjonssyklus.jpg ( ilustração da menstruação)

O sangue menstrual é composto por sangue, óvulos e mucosas do útero. A menstruação dura entre 3 e 7 dias. O sangue muda de cor e consistência durante o período. Começa vermelho claro e no final do período fica vermelho mais escuro. O sangue pode ter grumos. Entre 20 a 80 ml de sangue são perdidos (40 ml é a média). Se não tiver o período na data habitual, deve consultar um médico.

Para proteger as suas roupas, pode utilizar pensos higiênicos / pensos anatómicos, tampões ou copos menstruais. Um tampão funciona absorvendo o sangue na vagina. Os pensos higiênicos / pensos anatómicos são colocados na roupa interior e absorvem o sangue quando este sai do corpo. As dores da menstruação ocorrem quando o útero se contrair. Se a sua filha tiver muitas dores ou sangrar muito, deve consultar um médico. Existem comprimidos / cápsulas para as dores e / ou para reduzir a hemorragia.

A mulher também pode tomar comprimidos para eliminar a menstruação por curtos períodos ou períodos mais longos. Muitas pessoas com DI fazem uso disso. A maioria deles não vai ter filhos e muitos deles acham difícil manterem-se limpos durante o período menstrual. Não existe perigo em ter relações sexuais durante a menstruação, mas aconselha-se o uso de preservativo, pois existe um maior risco de infecção.

 O médico pode também receitar à sua filha comprimidos para que ela não tenha menstruação.

Caso: A menina que não usava pensos higiénicos


A mulher com DI e as mulheres com transtorno do espectro do autismo, se não estiverem devidamente preparadas podem ficar transtornadas ao ver sangue nas suas calcinhas. Muitas delas acharão problemático usar pensos higiénicos / pensos anatómicos. Por isso, é importante começar cedo a prepará-las. Pode começar por colocar pensos anatómicos, nas cuecas e trocando-os por um novo sempre que tal se justifique. É uma boa ideia iniciar esta prática quando a criança tiver entre os 8 e os 10 anos de idade.

Questões para reflexão:

Quais os desafios relacionados com a menstruação da sua filha?


Flower III
Foto: G.H. Lunde

6.8. A Sexualidade

A Sexualidade


Hands

 

Na puberdade, muitos sentimentos são despertados, pois acontecem diversas alterações no nosso corpo que nos mudam como seres humanos. Ficamos mais altos, as meninas desenvolvem seios e crescem pelos no corpo. Algumas PCDI desenvolvem emoções mais fortes do que as que até aí tinham sentido. Sentem um formigamento na barriga, apaixonam-se, sentem vergonha, raiva e muitas outras emoções. E descobrem que há partes do seu corpo em que é agradável tocar https://tv.nrksuper.no/serie/newton-pubertet(52). 

Todos nós precisamos aprender a conhecer-nos melhor. A maioria das pessoas está interessada em conhecer e estar com outras pessoas. Os nossos pensamentos voam. De repente, apetece-nos segurar a mão de alguém, sentarmo-nos no seu colo e beijá-lo. Algumas pessoas não nos saem da cabeça. Apaixonamo-nos por estrelas pop, pelo motorista do autocarro ou por um adolescente da nossa escola. Uma menina pode gostar de outra menina e um menino pode gostar de outro menino. É importante aprendermos a conhecer o nosso próprio corpo e os seus limites antes de conhecermos outra pessoa. Ou antes que alguém nos pressione a fazermos coisas que nunca fizemos. Muitos não sabem distinguir o certo do errado, porque nunca ninguém falou com eles sobre isso.https://tv.nrksuper.no/serie/newton-pubertet

Podemos querer dar um leve beijo, ou aprender a beijar usando a língua. Podemos ensinar as PCDI a usarem a língua no beijo fazendo um buraco num tomate e pedindo para colocarem a língua dentro do tomate. Em seguida ensinamos como devem girar a língua dentro do tomate durante alguns segundos. Eles devem praticar esta técnica, ligando o cronômetro por 30 segundos!https://tv.nrksuper.no/serie/newton-pubertet

Os chupões aparecem quando se beija e chupa ao mesmo tempo. Funciona como um aspirador ... A pele da zona onde foi dado um chupão, fica levemente avermelhada. Os pais devem explicar este assunto aos seus filhos para que na escola, quando os colegas mais velhos falarem de chupões, eles percebam do que é que eles estão a falar. https://tv.nrksuper.no/serie/newton-pubertet
 

A maioria das PCDI carece de recursos para desenvolver uma boa sexualidade. Têm falta de conhecimento e de postura, já que tal não é desenvolvido em tenra idade, como ocorre com as outras crianças. Os métodos de autoajuda foram negligenciados. Para além disso, a educação sexual não foi adaptada para PCDI. Eles foram esquecidos! As pessoas com DI que aprendem sexualidade e normas de comportamentos sexuais, de acordo com o seu grau de competência, têm uma base mais sólida para fazerem as melhores escolhas para si próprias e se integrarem melhor na sociedade. Pessoas com DI têm a mesma diversidade de interesses sexuais, preferências e orientações sexuais que o resto da população.

Os pais precisam criar as bases e apoiar um desenvolvimento sexual normal e saudável, com base na autoestima e no respeito por si próprios e pelos outros. E isto aplica-se a todas as pessoas. As bases para a autoestima e para o relacionamento com os outros desenvolvem-se bem cedo na criança. Para PCDI, o despertar sexual pode ser mais desafiante se não for orientado para um desenvolvimento saudável. A criança precisa fundamentalmente sentir-se segura e aceite. Isto é muito importante para um desenvolvimento sexual saudável. 

Uma criança com DI pode não ser consistente na expressão das suas necessidades próprias e dos seus desejos e, por isso, receber menos incentivos para a comunicação e para a atividade (Nordeman, 1999). Por vezes, a interação entre pais e os seus filhos com DI também pode ser cheia de preocupações e desgostos (Buttenschøn, 2001). Ter um bom relacionamento com o próprio corpo e desfrutar de bons relacionamentos é uma boa base para um maior desenvolvimento. Proximidade, ternura, cooperação com o cenário em que a criança experimenta progressivamente ser ouvida e ser vista são fatores importantes nas primeiras fases. A criança também precisa de aprender a dizer não e ser respeitada ao dizer não!

Estudos mostram que as crianças que têm muito contato físico e atenção ficam mais curiosas e exploram mais o seu próprio corpo (Langfeldt,2000). Nas crianças com DI, esse estímulo precoce é de especial importância, porque a sua aprendizagem é mais lenta e precisam de mais tempo para perceber como o seu corpo funciona e como ele pode ser uma fonte de prazer (8).

Caso: Massagem

Entre os 3-6 anos de idade, as crianças geralmente tornam-se mais independentes. Gostam de fazer coisas como vestir-se sozinhos ou ajudar a lavar a louça. Muitas vezes desenvolvem uma identidade de gênero e demonstram mais interesse em aprender sobre o seu corpo.

As crianças com DI podem, por diversas razões, ter dificuldade em encontrar formas de conhecer o seu próprio corpo e adquirir boas experiências ao fazê-lo. Costumam ter uma vida mais protegida. Tem, por isso, menos oportunidade para passar algum tempo sozinhos ou com outras crianças. A capacidade de explorar e de se satisfazer com o seu próprio corpo pode ser prejudicada pelas suas capacidades técnicas e / ou pela reduzida capacidade para compreender a causa e o efeito.

Nessa idade as crianças podem ter uma atitude sexual, sem que tenham consciência disso. Isto é especialmente importante para os adultos ajudarem a criança e estabelecendo limites, para que nenhuma das partes seja ofendida sexualmente (Nordeman, 1999).Saber quais são os locais mais apropriados para poder explorar o seu próprio corpo - o seu quarto, a casa de banho ou o duche - é uma informação importante. Os pais devem explicar aos filhos como se devem tocar para conhecer o próprio corpo. Os adolescentes devem poder deitar-se à noite durante 15 a 20 minutos, sem o alarme de epilepsia ou sem fralda.

Devemos incentivar os adolescentes a tocar no seu corpo / brincar com eles próprios. Podem massajar delicadamente / com força o clitóris ou o pênis. Para a maioria será muito agradável. Alguns podem ter um orgasmo. Um orgasmo é uma sensação maravilhosa sentida por todo o corpo. Nem todas as PCDI tem força muscular para massajar o clitóris ou o pênis de modo a conseguir atingir um orgasmo. Se for esse o caso, pode ser útil comprar "brinquedos" sexuais. Muitas PCDI conseguem ter experiências agradáveis com o seu próprio corpo. Muitos sentem menos frustração se lhes for permitido construir a sua própria sexualidade. 

Estimulo Vibratório

Qusetões para reflexão:

A sua filha / filho podem tocar no seu próprio corpo ?





6.9. Desafios de comportamento sexual

Desafios de Comportamento Sexual

Sculpture G. Vigeland

Escultura G. Vigeland

Desafios relacionados com o uso de dispositivos eletrônicos - internet, chats, Facebook e smartphones

Pessoas com um ligeiro grau de DI tornaram-se cada vez mais aptas a usar salas de conversação e serviços similares na Internet e usar mensagens de texto e imagens em smartphones. Tal atividade torna-os mais vulneráveis ao abuso, especialmente se marcarem encontros com novos "amigos" (3). Para a pessoa com DI, esses encontros podem ser a fonte de várias experiências boas e positivas. Pode fazer com que a pessoa se senti atraente e desejada.

Devemos ter presente que uma pessoa com ID pode ser acrítica na forma como se apresenta nos meios digitais. Às vezes eles não conseguem ver nem entender as consequências das suas próprias ações. Às vezes, não conseguem ver os sinais de alerta numa situação potencialmente abusiva (57, 58).

Para os pais e outros cuidadores, pode ser difícil dirigir um bom diálogo sobre as regras de uso da internet. É necessário oferecer uma boa orientação e demonstrar interesse para ter uma visão geral da situação.

Algumas PCDI sofrem de pensamentos negativos sobre os seus próprios corpos e identidade (14-16). Para que as pessoas se sintam melhor consigo próprias, precisamos mostrar-lhe a variedade de corpos que existem e falar positivamente sobre o que é maravilhoso em nossos corpos. Em vez de nos concentrar nos problemas, devemos concentrar-nos nas soluções. Os profissionais e os jovens adultos contam que os jovens de hoje fazem a sua educação sexual principalmente através da pornografia na Internet. Isto provoca expetativas irreais de como o sexo entre duas pessoas acontece. Ficam com ideais pré-concebidas pouco realistas sobre a aparência das partes intimas. O invulgar se torna vulgar, dizem alguns!

Se tem uma filha ou um filho com DI, que assiste regularmente a pornografia, precisa orientá-lo a procurar "bons" filmes eróticos para contrabalançar a doença da indústria pornográfica. Por exemplo filmes de Erica Lust ou outras feministas

Veja se você ou alguém da sua confiança descobre um filme que apresente bons relacionamentos, filmes mostrando pessoas que gostam uma da outra e que fazem sexo em ambientes seguros. Num filme a demonstração de cumplicidade, ternura e expressões faciais entre duas pessoas, devia ser mais relevante do que a dos órgãos sexuais e a penetração. Para contrabalançar a cultura pornográfica, todos os países devem oferecer uma educação sexual moderna e adequada.

 Caso: O homem que queria meninas

 

Conduta sexual sem limites

Algumas PCDI são ativas na internet e possuem mais de um parceiro. Podem ser promíscuos. Este comportamento pode ser difícil de aceitar pelos pais, especialmente se moram numa cidade pequena onde todos se conhecem. Eles podem aceitar o convite de uma ou mais pessoas para se encontrarem ou se morarem sozinhos, convidá-las para a sua própria casa.  Alguns recebem "presentes", tais como, cigarros, Coca-Cola ou roupas. Outros tornam-se consumidores de drogas e trocam tais substâncias por sexo. Uns ficarão contaminados por doenças sexualmente transmissíveis, e outros irão contrair o vírus HIV / AIDS. 

Caso: Mulheres que se prostituíam


Algumas PCDI não veem qualquer mal em se masturbarem num espaço público (17, 3). Esta situação é especialmente problemática se acontecer perto de jardins de infância ou em zonas próximas de parques infantis. Outros que moram sozinhos podem aparecer nus à janela ou masturbar-se em frente de uma janela onde os vizinhos os podem ver.

Caso O homem que se masturbava em frente â janela

 

Questões para reflexão:

Consegue preparar uma conversa sobre as regras de utilização da internet?



6.10. A Masturbação

A masturbação

 Paintings Revold

Pintura: Revold

AS PCDI não devem ser meros utentes de serviços. Eles conhecem bem a sua vida, e o seu envolvimentos significa que nos temos de focar  nas suas necessidades. PCDI devem experimentar influenciar e controlar as suas próprias vidas. Isso inclui o respeito por uma vida sexual própria e pelo seu género. O aspeto mais importante transversal às PCDI, aos  pais e aos  cuidadores é uma boa e adequada comunicação. As pessoas que falam em nome das PCDI, podem dizer que eles são mais felizes sem encontros sexuais e que os atos sexuais podem ser "perigosos" para quem tem uma DI. Nenhuma pesquisa conhecida suporta esta teoria.

Capacidade para dar o seu consentimento e o direito de decidir sobre si próprio. O seu filho / filha demonstra um comportamento sexual? Muitas vezes, as PCDI esfregam-se contra os móveis ou batentes da porta, ou fazem pressão com o corpo no chão enquanto fazem movimentos rotativos com o abdômen.  Tal comportamento é normalmente sexualmente estimulante. Eles estimulam o seu abdômen (pênis / clitóris e áreas à volta) e alguns massajam suavemente / intensamente no clitóris ou no pênis..Se os pais interpretarem e aceitarem essa atividade como sexual, talvez precisem orientar os seus filhos para realizarem essa ação num ambiente mais apropriado?

A maioria dos pais não quer que os seus filhos pratiquem tais atos na sala de estar, na cozinha ou quando visitam outras pessoas. A maioria  só aceita que tal possa acontecer, só se for no quarto da criança ou noutro espaço apropriado.

As crianças geralmente desenvolvem-se sexualmente através do brincar, da curiosidade e da necessidade de explorar. Brincar aos médicos, como a maioria das crianças faz, para elas nada tem a ver com o sexo. São os adultos que tem essa ideia sobre a brincadeira.

Langfeldt (56) diz que, quando o rapaz ejacula pela primeira vez, muitas vezes isso acontece durante a primavera ou verão. Os rapazes costumam partilhar histórias de experiências sexuais entre si (56).

As raparigas geralmente ficam mais perturbadas durante esse período (menarca), talvez porque ainda não tenham assumido a sua feminilidade ou porque de alguma forma é uma ameaça ser mulher nessa fase (56). Mais adiante, Langfeldt (56) escreve que os rapazes se masturbam regularmente. Fazem isso por desejo e por prazer, mas também antes que a produção de sêmen funcione corretamente. Ele acha que os rapazes são mais abertos uns com os outros sobre a masturbação do que as raparigas e que as raparigas muitas vezes aprendem a se masturbar depois dos rapazes.

Questóes para reflexão:

Sendo pai, acredita que todos tem uma sexualidade? Acredita que todos deveriam ser capazes de expressar a sua sexualidade à sua maneira num ambiente apropriado?

Como podemos avaliar os direitos da pessoa e a sua capacidade de decisão? Para que um decisão seja válida, ela deve ter em conta não só o conhecimento da situação mas também aquilo que estamos a decidir, e as consequências dessa nossa decisão. É complicado tomar uma decisão.

Se aceitamos que esfregar-se no chão, nos móveis ou outros, é sexualmente estimulante, podemos concluir que, a PCDI quando  está a praticar essa ação, nos está a transmitindo a sua vontade de continuar a pratica-la? Muitas PCDI não conseguem ter "controle total sobre as consequências das suas ações". Mas podem mostrar-nos através dos seus comportamentos e ações o que pretendem.

Se, como pai ou mãe, quiser que o seu filho tenha prazer no quarto (não na sala de estar ou na cozinha), toda vez que o vir deitar-se no chão ou esfregar-se contra os móveis, diga-lhe tranquilamente: “Vai para o teu quarto” - ou faça um sinal / ou mostre uma fotografia do quarto. Leve-o calmamente para o quarto. Deixe-o sentar-se ou deitar-se na cama, ou deitar-se no chão, e então calmamente saia do quarto. Deixe-o ficar no quarto sozinho.

Se for difícil levar o seu filho para o quarto, pode tentar comprar um vibrador (triangular, longo ou outro) ou uma bola vibratória que deixará no quarto ou na gaveta da mesa de cabeceira. Tire-o para fora; coloque em cima da cama ou no chão. Conduza a pessoa até junto do vibrador. Enquanto segura o cotovelo do seu filho, leve o braço dele ao vibrador. Deixe o seu filho pegar no vibrador e dirigi-lo em direção ao seu corpo ou abdômen (enquanto você segura o cotovelo). Tente evitar o contato entre si e o vibrador, e o corpo do seu filho (exceto pela mão no cotovelo dele). Se o seu filho pressionar o vibrador no corpo ou no abdômen, deixe o quarto em silêncio. Deixe o seu filho sozinho durante 15-20 minutos. Volte ao quarto e guarde o vibrador.

Nunca deixe que o objeto vibrador / vibrador seja usado na sala de estar / cozinha, apenas no quarto. "Brincar" com o vibrador é uma atividade que só pode ser feita nos quartos ou outra divisão em que permita que tal aconteça. Durante as férias, deve levar o objeto vibrador / vibrador para ser usado num espaço que defina como apropriado. 

Caso: Menina que usa facas


Direitos Sexuais

Se uma PCDI tem um comportamento sexual, os pais devem ajuda-lo encaminhando-o para uma área apropriada. Assim se garante que os direitos da PCDI são garantidos de maneira adequada. Devemos seguir os “direitos sexuais”, elaborados pela OMS (19), WAS (62). http://www.worldsexology.org/resources/declaration-of-sexual-rights/.

Através da ratificação da CDPD (2), vários países chegaram a um acordo internacional para conceder a todos os portadores de deficiência os mesmos direitos que a população em geral (3). Isto obriga a que alguns países tenham de levar mais a sério a participação e a influência real das PCDI nas áreas que os preocupam. A participação baseada no principio "nada sobre nós, sem nós" foi desenvolvida por muitos países ao longo dos anos. Essa participação é realçada na legislação e nas principais orientações políticas de muitos países. Direitos sexuais IPPF (6).



Akvarell G.D
G.Dietrichson

6.11. Bibliografia do capítulo 6

Bibliografia do capítulo 6

6.  International Planned Parenthood Federation. 2008. Sexual rights: an IPPF declaration.

8.  Vildalen, S. (2014) Seksualitetens betydning for utvikling og relasjoner. Oslo: Gyldendal akademisk. 

13.  SUMO rapporten https://naku.no/sites/default/files/SUMO%20rapport.pdf

47.   Kropp, Identiet og seksualitet (KIS) http://kurs.helsekompetanse.no/kis

48.  KISS https://www.vfk.no/Thor.../Praktisk-informasjon/KISS/ (enker til en ekstern side.Thor Heyerdahl videregående skole https://www.vfk.no/skoler/thor-heyerdahl-vgs/

49.  Utviklingshemming og seksuelle overgrep 

https://www.bufdir.no/Global/Utviklinghemning_seksuelle_overgrep_nett.pdf


50.  ZANZU body https://www.zanzu.be/en/themes/body

51.  Fagheftet, (2009) Helse Sør- øst Utviklingshemming og seksuelle overgrep – forebygging og oppfølging  http://edu.hioa.no/SeksuellhelseAnnet/Faghefte%20Overgrep_hele%5b1%5d.pdf

52.  Pubertet og seksualitet Bergen Helse Vest https://helse-bergen.no/seksjon/Barne-%20og%20ungdomsklinikken/Documents/Pubertet%20og%20seksualitet/ARBEIDSBOK_2017_utskrift.pdf

https://helse-bergen.no/seksjon/Barne-%20og%20ungdomsklinikken/Documents/Pubertet%20og%20seksualitet/Veileder_2017_utskrift.pdf

https://helse-bergen.no/avdelinger/psykisk-helsevern/psykisk-helsevern-for-barn-og-unge/undervisningsopplegg-pubertet-og-seksualitet


53.  Azrin, N. H, & Foxx, R. M., (1973) Dry pants: A rapid method of toilet training children Behaviour Research and Therapy  Volume 11, Issue 4, November 1973, Pages 435-442

54.  Nordeman, M. (1999).  Utvecklingsstörning och sexualitet : sexuella behov och uttrycksformer

55.  Buttenschøn, J. (2001). Sexologi, en bog for professionelle og forældre om udviklingshæmmede menneskers sexualitet. (2. utg.) (1. oppl.). Danmark: Eiba-press.

56.  Langfeldt, T. (2013). Seksualitetens gleder og sorger: Identiteter og uttrykksformer . Bergen: Fagbokforl. (50-55)  [5s.]

 57.  Löfgren-Mårtensson, L. (2005). Kärlek.: om Internet och unga med utvecklingsstörning. Lund: Studentlitteratur AB.

58.   Zachariassen, P. (2002). Kartlegging av kunnskaper om seksualitet hos mennesker med psykisk utviklingshemming. Tidsskrift for Norsk Psykologforening, 40, Nr. 2, 102-108.

59.  Redd Barna Nettvett

https://www.reddbarna.no/vaart-arbeid/barn-i-norge/nettvett

https://www.reddbarna.no/vaart-arbeid/barn-i-norge/nettvett/materiell-og-aktiviteter/nettvettfilmer

60. V27 Betanien Bergen Upassende seksuell atferd   https://www.betanien.no/hospitalet/bup/Shared%20Documents/v27-rapport-telefonkonsultasjoner.pdf

61.  Barstad, Bernt () Utviklingshemmede og pornografi.

http://www.samordningsradet.no/pop.cfm?FuseAction=Doc&pAction=View&pDocumentId=41243

62.  WAS http://www.worldsexology.org/resources/declaration-of-sexual-rights/

Bibliografia complementar:

Fjeld, W. (?) Mens og hygiene   https://www.nb.no/items/e954917fe91354f40d0671255f747312?page=0&searchText=wenche%20Fjeld

 Fjeld, W. (2000) Personlig hygiene    kvinner    https://www.nb.no/items/bb609c8cfec907618e04c5d540cb148b?page=0&searchText=wenche%20Fjeld

Fjeld, W. (2000) Personlig hygiene menn https://www.nb.no/items/ef01274b366780eb344b93b5223ed063?page=0&searchText=wenche%20Fjeld

Fjeld. W Veileder til opplæringsprogram "Utviklingshemmede, samliv og seksualitet" https://www.nb.no/items/1b24697653d33e88c657f520cca605ac?page=0&searchText=wenche%20Fjeld

Fjeld. W. Kvinner og personlig hygiene https://www.nb.no/items/bb609c8cfec907618e04c5d540cb148b?page=0&searchText=wenche%20Fjeld

Fjeld, W. Fra hjem til hjem . Fra hjem til hjem: forberedelser og gjennomføring av flytting fra foreldrehjem til eget hjem for mennesker med utviklingshemming : en veileder for habiliteringstjenestene i Helse Øst https://www.nb.no/items/7765d9556255e998292c897a72d83cc2?page=0&searchText=wenche%20Fjeld

Pubertet hefte fra Helse Bergen https://helse-bergen.no/seksjon/Barne-%20og%20ungdomsklinikken/Documents/Pubertet%20og%20seksualitet/ARBEIDSBOK_2017_utskrift.pdf

Pergunta à Lara

Pergunta à Lara se o Amor magoa

https://vimeo.com/222111805 Clitoris

International Planned Parenthood Federation. 2008. Sexual rights: an IPPF declaration (6).

Convention on the Rights of Persons with Disabilities (CRPD) (2)

Ung.no https://www.ung.no/oss/Sex/262343.html

Fjeld, W. (2003). Medieoppgave, HIA.

Vildalen, S. (2014) Seksualitetens betydning for utvikling og relasjoner. Oslo: Gyldendal akademisk.(8)

Langfeldt, T. (2013). Seksualitetens gleder og sorger: Identiteter og uttrykksformer . Bergen: Fagbokforlaget

https://www.folkhalsomyndigheten.se/contentassets/23504acda08d42daaeeec5570cbc9ea5/kartlaggning-utbildning-hivprevention-srhr-04331-2017-1-webb.pdf

Link do Relatório: https://www.folkhalsomyndigheten.se/publicerat-material/publikationsarkiv/k/kartlaggning-av-utbildning-i-hivprevention-och-srhr/

 


7. O Abuso Sexual

Photo: J.Rygh Traffic light showing red light

Photo: J. Rygh 

O objetivo deste módulo é fornecer conhecimentos adicionais sobre a importância das PCDI terem uma educação sexual. Este capítulo principal contém informações importantes sobre o abuso sexual. Os tópicos deste capítulo são:

  •  Ocorrência e divulgação

  • Vulnerabilidade e prevenção do abuso

  • Abusadores com e sem deficiência intelectual

    YouTube:


Abuso sexual

Em linguagem jurídica, "ofensa sexual" é o termo usado para definir violações que envolvem "atividade sexual", "ato sexual" e "conduta sexualmente ofensiva". A definição de comportamentos considerados ofensas sexuais e sua penalização variam de país para país.

Quando se configura um crime de ofensa, o nível do dano físico e psicológico infringido à vítima é geralmente considerado um fator importante. Por exemplo, a gravidade e as consequências a longo prazo das lesões físicas e das implicações psicológicas do papel do  do agressor na vida da vítima (36).

No código penal português, os abusos sexuais são descritos no Capitulo V secção I e II, artigos 163 a 179 do Código Penal em vigor.

Tipos de Abuso Sexual. 

A conduta sexualmente abusiva pode tomar a forma de comportamentos e palavras dirigidas ou realizadas na presença de alguém (por exemplo, exibir os órgãos sexuais a uma pessoa inocente ou abuso verbal).

Um ato sexual envolve comportamentos tais como apalpar os órgãos sexuais e os seios, por baixo ou por cima de roupas e / ou para conduzir as crianças a praticar ações sexuais relacionadas. Tais comportamentos inaceitáveis são passiveis de uma pena quando ocorrem no domínio público, dirigidos a ou na presença de um adulto ou criança sem o seu consentimento.

A atividade sexual é considerada mais grave que o ato sexual. Isso implica, mas não se limita à relação sexual. De acordo com a lei, sexo oral e anal ou a simples inserção de um objeto nos órgãos genitais de alguém são considerados relações sexuais. Outros atos, tais como a masturbação também são considerados atividade sexual e penalizados de acordo.

O assédio a uma criança com o objetivo de manter relações sexuais também é penalizada como crime sexual. Envolve criar laços de amizade e estabelecer um vínculo emocional com a criança ou com a sua família para permitir o abuso sexual, pessoalmente ou através da internet. Isso levou vários países a introduzir medidas legais para reduzir o assédio. Planear encontros com menores com a intenção de manter relações sexuais é ilegal nos países europeus.

Nem todos entendem os limites do consentimento esclarecido, portanto, é extremamente importante que os pais tratem esse assunto com seus filhos com cuidado (36,76,77). 

Qustões para reflexão::

O seu filho/a utiliza a internet? 

Consulte o módulo Transição para a idade adulta

Consulte o módulo Envelhecimento

Consulte o módulo Direitos Humanos

Consulte o módulo Gestão do stress

Consulte o módulo Comunicação 



Blåtoner
Foto: G. H. Lunde

7.1. Divulgação dos fatos

Divulgação dos fatos

G.Dietrichson
Aguarela: G.Dietrichson

As PCDI são vulneráveis porque precisam de ajuda de outras pessoas!

Caso: Porque é que as crianças não falam sobre abuso sexual

Fatos

As consequências para a saúde do abuso sexual em idade precoce podem ser graves. Há pessoas por detrás destas estatísticas que você precisa abordar com conhecimento e autoconfiança. O abuso sexual acontece em todo o lado, em todos os países. Alguns países têm bons dados sobre esta questão, enquanto outros não dispõem de dados sobre o abuso sexual.

Os números mais recentes do 'Nasjonalt kunnskapssenter om vold of traumatech stress' (NKVTS) estimam que 5% das mulheres e 1% dos homens foram violados em criança através do uso de violência ou com ameaças de danos. Mais da metade desses indivíduos relataram ter sido violados repetidamente.

A media de idade das crianças abusadas antes dos 18 anos é de 14 anos e 14% delas que foram abusadas antes dos 10 anos de idade. 17% dos abusos contra meninos são cometidos isoladamente por uma agressora.

Estes números foram retirados de um estudo do " Centro norueguês de estudos sobre violência e stresse traumático / "Nasjonalt kunnskapssenter om vold on traumatic stress" (65) . É um estudo nacional sobre a ocorrência de violência, ao longo da vida, com base em relatos pessoais de violência e abuso. Nele participaram  2437 mulheres e 2091 homens, com idades compreendidas entre os 18 e os 75 anos (65). Na página da "Norwegian Directorate for Children Youth and Family Affairs/  Barne- Ungdoms-, og familiedirektoratets nettsider"   podemos ir consultando as atualizaçóes destes dados sobre a ocorrência de situações de abuso à medida que novos relatórios forem divulgados (66,67,70).

Filme://youtu.be/sUnOQ8z44G4


KRIPOS (68, 69) tem dados sobre o número de abusos denunciados na Noruega https://www.politiet.no/globalassets/04-aktuelt-tall-og-fakta/voldtekt-og-seksuallovbrudd/voldtektssituasjonen-i-norge-2015.pdf. Eles têm também relatórios de abuso sexual cometido contra crianças menores de 14 anos https://www.politiet.no/globalassets/04-aktuelt-tall-og-fakta/voldtekt-og-seksuallovbrudd/seksuelle-overgrep-mot-barn-under-14-ar_web.pdf Save the Children (67) escreve: “Ninguém sabe melhor o que é ser vitima de abuso do que a pessoa que o sofreu. Ninguém sabe melhor o que se sente quando não acreditam em nós, não nos ouvem nem nos veem, ou o como é difícil falar com alguém sobre estas experiências ”. Em 2015, Save the Children (67) fez dez filmes de Redd Barna, onde foram contadas dez histórias de pessoas vítimas de abuso. Pode assistir a esses filmes nas páginas da Internet da campanha nacional sobre abuso sexual de crianças (https://www.reddbarna.no/vaart-arbeid/barn-i-norge/nettvett/materiell-og-aktiviteter/nettvettfilmer ). TO relatório Save the Children (67) «Den som er med på leken…» («Aqueles que jogam o jogo ...») descreve como os jovens vêem a violação, os papéis de gênero e o consentimento.

As violações por vezes acontecem entre jovens (71-76) que desconhecem o que é o abuso sexual e a violação (8). Muitas jovens assumiram a culpa e explicaram o que aconteceu (8). As pessoas falam com muita frequência sobre a questão física. Uma relação incestuosa não está dependente do toque físico, mas pode, de facto, ser independente do toque físico (5).

Por vezes, a vítima não percebe que está sendo objeto de um abuso sexual. Estudos internacionais mostram que a maioria dos Comportamentos Sexuais Nocivos (HSB) é feita por rapazes (90-95%) com uma idade média de 14 anos. Quando cometem o seu primeiro HSB, a maioria desses rapazes vive junto com seus pais. Jovens que cometem HSB são frequentemente irmãos, familiares ou pessoas que conhecem bem a vítima. A vítima é frequentemente uma rapariga mais nova (71,77).

Questões para reflexão:

A sua filha / filho sabe o que é o abuso sexual?

As PCDI podem cometer abuso contra outras pessoas com DI (71). Existe alguma literatura sobre o assunto. Ultimamente, tem havido relatos de PCDI que cometem abuso sexual contra os irmãos mais novos ou mais velhos (71). Os jovens infratores costumam ser meninos na puberdade que conhecem bem a sua vítima por ser membro da sua família (9).O conhecimento das normas de convivência e da sexualidade pode prevenir o abuso, uma vez que o conhecimento mais profundo nos torna mais competentes para reconhecer o abuso, identificar pessoas em risco de serem abusadas e um caso de abuso. O conhecimento dos seus próprios direitos e limites pode preparar uma pessoa para identificar situações abusivas. O conhecimento pode contribuir para que as pessoas aprendam mais e sejam mais abertas sobre como o seu espaço privado foi violado. Pais e profissionais de saúde precisam ser capazes de falar e ensinar sobre violação e abuso, de uma forma que seja fácil de entender pela o PCDI. Se falamos em sexualidade positiva primeiro, pode ser mais fácil nos aventurarmos nos aspectos negativos da sexualidade.

Divulgação

Ao relatar as suas preocupações como pai / mãe, pode ajudar a criança a ter a devida atenção e ajuda. Todos tem a responsabilidade moral de denunciar um abuso, e também a responsabilidade legal se for funcionário público. Antes de denunciá-lo à polícia pode discutir as suas preocupações anonimamente com um profissional ou com um advogado. Todos os funcionários públicos e muitos outros profissionais são obrigados a cumprir o dever de confidencialidade. Independentemente de a pessoa trabalhar no setor público ou privado, têm também o dever de denunciar às comissões de promoção e proteção dos direitos da criança se acreditar que: 

  • a criança pode ser vitima de abuso em casa ou em qualquer outro lugar
  • existem outros tipos de negligencia séria no que diz respeito ao bem estar
  • quando a criança tem problemas comportamentais sérios e duradouros

Filme: https://youtu.be/N8mjN8HR7e0

Carta de denuncia

Ao elaborarmos  uma carta de denuncia, devemos  indicar todos os factos que nos levaram a escrever tal carta: (observações, conversas com a criança, ocorrências específicas ou outras); qual a sua participação no caso; entre em contato com a escola e com as respetivas autoridades. Devemos escrever as nossas observações pessoais de forma objetiva, sem comentar o que ouviu ou viu.https://barnevernvakten.no/file/bekymringsmeldingoffentlige.pdf

Para preenchermos a carta de denuncia com base nos detalhes fornecidos pela criança, precisamos ter uma relação reconfortante  e de total confiança para a criança. Devemos estar disponíveis para responder a perguntas e informar a criança  onde pode pedir mais ajuda. Existem muitas organizações criadas para ajudar as vítimas. . Cada país organiza esses serviços de maneira diferente. Na Noruega, existem as “Child Houses”/ “Barnehusene” regionais, com equipas interdisciplinares prontas para ajudar as vítimas que desejam denunciar ofensas à polícia.

Há muitas maneiras de lidar com o abuso dos limites pessoais. Ouça as vítimas, pois elas podem dar algumas ideias de estratégias de sobrevivência que poderá aproveitar.


Tapet

Foto: G.H.Lunde


7.2. Vulnerabilidades e Prevenção do Abuso

Vulnerabilidades e prevenção do abuso 

boat

Foto: G. H. Lunde

Vitimas e danos prolongados

O abuso sexual pode ter sérias consequências para a PCDI (72). Alguns desenvolvem PPST (72), outros podem necessitar de doses mais altas de medicamentação após o abuso (72). Três meses após o incidente, metade das vítimas terão os mesmos sintomas. Aqueles que apresentem sintomas permanentes irão precisar de terapia. Cerca de 20-44% das crianças abusadas não apresentam sintomas ou dificuldades de adaptação à vida adulta. É uma questão complexa em que o dano causado pelo abuso depende de vários fatores.

Varia de acordo com a forma como a vítima foi abusada e reagiu ao abuso. Diferentes fatores contribuem para tal: como quando e onde se deu o abuso, quem cometeu o abuso, com que frequência, durante quanto tempo e em que ambiente. Algumas pessoas são mais robustas e outras mais vulneráveis. Ensine às PCDI mais vulneráveis quais são os seus dez direitos sexuais (EVA) (62). Todos nós temos o direito de decidir sobre o nosso próprio corpo e a oportunidade de desfrutar e controlar nossa própria sexualidade (73). Na Noruega, há um curso especializado para professores "Ingen hemmelighet" / "em segredos".

Há uma investigação insuficiente sobre a forma como a PCDI reage ao abuso sexual (72), e também sobre o tipo de tratamento e o seguimento que os diferentes PCDI precisam. Atualmente, não sabemos o que é melhor para a PCDI, mas o principal objetivo é ajudar as vítimas a terem uma vida boa e relações sexuais saudáveis (72).

A forma como uma pessoa fica afetada e o modo como ela reage ao abuso, varia:

Filme: 


As pessoas que são vítimas de abuso sexual podem mudar o seu comportamento. Algumas mudanças podem durar pouco, outras podem ser prolongadas.

A pessoa que é abusada processa e reage à violação do seu espaço pessoal com as mais diferentes manifestações e de diferentes modos. Às vezes, a vítima procura contato humano ou busca isolamento. Pode acontecer que eles se tornem mais promíscuos ou desistam do contato próximo com os outros. Alguns podem ter dificuldades em se concentrar. Outros mudarão de comportamento tornando-se ou mais hiperativos, ou mais passivos. Alguns revelarão características agressivas, outros ficarão mais autodestrutivos. Ao interagir com outros seres humanos uns irão sorrir o tempo todo, enquanto outros permanecerão sempre tristes (73, 76).

Uma reação provocada por um trauma pode diminuir com o tempo. No entanto, para alguns, pode ser permanente.

Imediatamente após o abuso, pode surgir uma Perturbação Pós-Stress Traumático (PPST). O PPST tem quatro elementos principais: a Reexperiência traumática: pensamentos recorrentes e intrusivos que remetem à lembrança do trauma, flashbacks, pesadelos; ; Fuga e isolamento social: a pessoa foge de situações, contatos e atividades que possam reavivar as lembranças dolorosas do trauma;  dormência e depressão; Hiperatividade psíquica e psicomotora: taquicardia, sudorese, tonturas, dor de cabeça, distúrbios do sono, dificuldade de concentração, irritabilidade, hipervigilância. 

O abuso sexual pode ter sérias consequências para a PCDI (72). Alguns desenvolvem PPST (72), outros podem necessitar de doses mais altas de medicamentação após o abuso (72). Três meses após o incidente, metade das vítimas terão os mesmos sintomas. Aqueles que apresentem sintomas permanentes irão precisar de terapia. Cerca de 20-44% das crianças abusadas não apresentam sintomas ou dificuldades de adaptação à vida adulta. É uma questão complexa em que o dano causado pelo abuso depende de vários fatores.

 O dano causado a longo prazo e a sua continuidade dependem de vários factores

                □  A idade na altura do abuso

                □ O intervalo de tempo em que correu o abuso

                □ As experiências anteriores

                □ As relações familiares

                □ Quem é o abusador ou abusadores no caso de ser mais que um

                □ O uso de violência / ameaças

                □ O tipo de abuso

                □ O âmbito da ajuda e do apoio relativamente à divulgação do abuso

               Danos frequentes a longo prazo: 

                □ Forte sentimento de culpa e de vergonha

                □ Imagem negativa de si próprio

                □ Perda de confiança nos outros

                □ Isolamento

                □ Problemas sexuais

                □ Sentir-se um perverso

                □ Medo de perder o juízo

                □ Forte necessidade de controlo

                □ Problemas em como se relacionar com o se próprio género

                □ Dores e mágoas 

                □ Sintomas psicossomáticos

                □ Ansiedade (fobia, breathing dificuldades de respiração, náuseas, medo dos médicos/dentistas.

                □ Problemas em estar ao pé dos outros

                □ Auto mutilação

                □ Depressão

                □ Problemas com a alimentação/ transtornos alimentares

                □ Alucinações

                □ Perturbações do sono

                □ Sensação de estar sujo, de ser desprezível  de estar desfeito

                □ Banalização do abuso

                □ Dificuldade em definir limites 

                □ Comportamento auto destrutivo

                □ Suicida

                □ Vontade de desaparecer

                □ Tendência para voltar a ser vitima

                □ Desenvolvimento de padrões comportamentais abusivos a agressivos propensos a conflitos

                □ Síndrome de stress pós traumático (PTSS)

                □ Transtorno dissoativo

A terapia comportamental cognitiva e a psicoeducação podem ser benéficas para as PCDI (72). Há muito pouca descrição das melhores práticas na literatura (72,73,76,77).


Questões para refletir:

O seu filho/a tem sintomas de síndrome de stress pós traumático (PTSS)?

7.3. Abusadores com e sem Deficiência Inteletual

Predadores com e sem DI


Photo G.H.Lunde Houses
Foto G.H.Lunde


Predadores com e sem DI

A sexualidade e o abuso sexual geralmente não são debatidos. Se o abuso sexual é cometido por um PWID, o ato pode ser guardado em segredo. É difícil de entender (72;36).

A suspeita de agressão sexual é muitas vezes ignorada ou negligenciada (72). A vítima e o 'predador' muitas vezes não são confrontados, portanto, nenhum deles recebe ajuda.

É impossível olhar para alguém e dizer se essa pessoa cometeu ou cometerá um ato de abuso sexual. Uma razão para um abuso permanecer indetetável é provavelmente a dificuldade de descrever o "agressor típico". Os abusadores podem ser encontrados em todos os grupos da sociedade e podem ter uma função social igual aos outros (8;36).

O abuso também acontece entre as pessoas com deficiência intelectual. Um abusador com DI que tenha dificuldade em compreender as regras sociais deve ser tratado de forma diferente de um garoto de 15 anos que se está a masturbar na frente de crianças (8). A informação é importante para prevenir situações difíceis e facilitar um bom funcionamento sexual e relações (8). Para evitar que as pessoas cometam novas agressões, é importante observar o indivíduo e promover medidas individuais (8).

Os números de um estudo descritivo mais abragente efetuado na Grã-Bretanha demostra que 25% dos jovens com CSN (Comportamento Sexual Nocivo) têm um QI abaixo de 70 (74). Cerca de 45% desses jovens têm dificuldades específicas de aprendizagem e uma grande quantidade deles tem problemas de saúde mental e problemas familiares (74).

Não há razão para descrever verbalmente os abusadores como monstros. Isso muitas vezes diminui a hipótese de o agressor falar sobre o que fez. As motivações dos indivíduos podem variar de um desejo de aproximação, de se consolar a si próprios, ou ainda de querer controlar outra pessoa através de atos de violência e sadismo (36).

Os motivos podem variar de uma vontade de proximidade e conforto a uma falta de controle perante atos de violência e sadismo. As medidas preventivas devem ser adaptadas à pessoa em questão e aos motivos razões da ação (36).

Uma PCDI que não compreende que está a cometer um abuso quando força a namorada a ter relações sexuais deve ser olhada de forma diferente do que a de um professor que abusou dos seus alunos e da sua posição durante vários anos. Um abusador com uma baixa capacidade cognitiva e que tem dificuldade em compreender as regras sociais deve ser encarado de forma diferente da de um jovem de 15 anos que se masturba na frente de crianças de quem toma conta e assim por diante.

Em agosto de 2016, a KRIPOS publicou um novo relatório sobre o abuso sexual de crianças menores de 14 anos. “O abuso sexual de crianças é cometido diariamente na Noruega. (68,69,75). Muitos ataques nunca são discutidos. As advertências, ameaças ou comportamento violento do predador podem silenciar a criança. Isso também acontece com o sentimento de culpa ou de vergonha e ainda com o medo do que possa vir a acontecer ao agressor ou a si próprio”. Barnehusene (Statens Barnehus).

Questões de reflexão:

Acha que consegue conversar com a sua filha / filho para evitar situações difíceis?

Consulte o módulo Transição para a idade adulta

Consulte o módulo Gestão do Stress

Flower IV


Aguarela: G.Dietrichson

7.4. Bibliografia do capítulo 7

Bibliografia do capítulo 7

5.  Graugaard, C.,(2001). ”Sexleksikon fra Abe til Aarestrup”.  Rosinante forlag, 2001.

8.  Vildalen, S. (2014) Seksualitetens betydning for utvikling og relasjoner. Oslo: Gyldendal akademisk.

13. SUMO rapporten https://naku.no/sites/default/files/SUMO%20rapport.pdf

36.  Stiftelsen SOR Ingen hemmelighet (web- course) - course: Ingen hemmeligheter  

63.  Fjeld, W. http://edu.hioa.no/SeksuellhelseAnnet/Fjeld%20Master%20Wenche%20Fjeld.pdf

36.  E-læring "Ingen hemmeligheter" SOR stiftelsen  Norsk

64.  Bufdir nettsider Vold og overgrep mot barn og unge med funksjonsnedsettelse

65. Nasjonalt kunnskapssenter om vold og traumatisk stress (NKVTS), 2014 https://www.nkvts.no/content/uploads/2015/08/forebyggingavfysiskeogseksuelleovergrepmotbarn_kunnskapsoversikt3.pdf

66.   Barne- Ungdoms-, og familiedirektoratets nettsider 

67.  Redd Barna https://www.reddbarna.no/nyheter/den-som-er-med-paa-leken

68.  Voldtektssiruasjonen i Norge 2015. KRIPOS https://www.politiet.no/globalassets/04-aktuelt-tall-og-fakta/voldtekt-og-seksuallovbrudd/voldtektssituasjonen-i-norge-2015.pdf

69.  Seksuelle overgrep overfor barn under 14 år .  KRIPOS  https://www.politiet.no/globalassets/04-aktuelt-tall-og-fakta/voldtekt-og-seksuallovbrudd/seksuelle-overgrep-mot-barn-under-14-ar_web.pdf

70.   Bufdir:http://bestill.bufdir.no/pub/vold-og-overgrep/vern-mot-overgrep

71.   Birkhaug et al.,2005  Unge overgripere: En kartleggingsundersøkelse i Hordaland. Tidsskrift for Norsk psykologforening, Vol 42, nummer 11, 2005, side 987-993 http://www.psykologtidsskriftet.no/index.php?seks_id=306730&a=3

72.  Fjeld, W. (2013)  Masteroppgave. Oppfølging og behandling av utviklingshemmede etter seksuelle overgrep. En kvalitativ studie basert på litteratur og eliteintervju. 

 73.  Behandlingstilbudet til barn og unge med problematisk eller skadelig seksuell atferd - kunnskap og erfaringer fra de nordiske landene og Storbritannia - forslag til landsdekkende struktur. Oslo: Nasjonalt kunnskapssenter om vold og traumatisk stress. (Rapport 1/2017).

NKVTS https://www.nkvts.no/content/uploads/2017/03/NKVTS_Rapport_1_2017.pdf

 
74.  Jensen, Garbo, Kleive, Grov og Hysing (2016): Gutter i Norge med skadelig seksuell atferd. Tidsskrift for Norsk Psykologforening. http://www.psykologtidsskriftet.no/index.php?seks_id=462779&a=2

75.  KRIPOS https://www.politi.no/vedlegg/lokale_vedlegg/kripos/Vedlegg_3780.pdf 

76.  Søftestad, S. (2018) Grunnbok i arbeid med seksuelle overgrep mot barn. Universitestsforlaget. 

77.  Kroppen min eier eier jeg  http://roppen min eier jeg https://tv.nrk.no/serie/overgrep/sesong/2/episode/2

78

79

Bibliografia complementar

Child abuse If you think it, report it Department of education  https://consult.education.gov.uk/child-protection-safeguarding-and-family-law/working-together-to-safeguard-children-revisions-t/ 

 Safeguarding adults and children with disabilities against abusehttps://rm.coe.int/16805a297e 

Fjeld, W., Kristiansen, H., Mathisen, A., Zachariassen, P. (2013): Etablering av rutiner for forebygging, varsling og oppfølging ved overgrep mot mennesker med psykisk utviklingshemming (SUMO – prosjektet). Oslo Universitetssykehus, Ullevål, Avdeling for nevrohabilitering Sykehuset Innlandet, Habiliteringstjenesten i Hedmark, Helse Førde, Vaksenhabiliteringa, Sogn og Fjordane, Helse Finnmark, Voksenhabiliteringen i Finnmark.

SOR Kurs Ingen hemmelighet http://www.samordningsradet.no/index.cfm?pArticleId=42969&pArticleCollectionId=4205 Tekst: Bernt Barstad, Bjørg Neset, Jarle Eknes og Trude Stenhammer. Illustration Hanne Engelstoft Lund i cooparation with artist kunstnerhuset Karavana inn Århus

shared%20Documents/faglitteratur-v27-bidrar-i.pdf

 AIM veileder for behandling av ungdom med skadelig seksuell atferd (SSA) og deres familier (januar 2018). Norsk oversettelse/tilpasning av Monica Jensen og Eva Mørch, Ressursenheten V27, Betanien Sykehus/BUP, Bergen. Original utviklet for AIM prosjektet av fagpersoner tilknyttet G-MAP i Manchester/UK, 2006. 

 AIM2 utredningsveileder av ungdom med problematisk og skadelig seksuell atferd (desember 2016, revidert juni 2017). Norsk oversettelse og tilpasning av Monica Jensen og Eva Mørch, Ressursenheten V27, Betanien Sykehus/BUP, Bergen. Original utviklet av G-MAP for The AIM Project i Manchester/UK, Revidert utgave fra oktober 2012.

Askeland, Jensen og Moen (2017): Behandlingstilbudet til barn og unge med problematisk eller skadelig seksuell atferd. NKVTS rapport nr. 1/2017. 

Grov, Ø. & Kleive, H. (2016): ADHD-medisiner og seksuelle overgrep. Meningsinnlegg i Tidsskrift for Norsk Psykologforening.

Holthe, M. E. G., Hauge, M. I., & Myhre, M. C Seksuelle overgrep mot barn og unge med innvandrerbakgrunn: En undersøkelse av forekomst og erfaring i hjelpeinstansene. .  Nasjonalt kunnskapssenter om vold og traumatisk stress. (Rapport 1/2016). 

https://www.nkvts.no/content/uploads/2015/10/Rapport_NKVTS_1_2016_nett.pdf

Holt, T., Nilsen, L. G., Moen, L. H., & Askeland, I. R (2016) Behandlingstilbudet til barn som er utsatt for og som utøver vold og seksuelle overgrep: En nasjonal kartleggingsundersøkelse.. Nasjonalt kunnskapssenter om vold og traumatisk stress. (Rapport 6/2016)

https://www.nkvts.no/content/uploads/2015/10/Rapport_NKVTS_1_2016_nett.pdf

Jensen, Garbo, Kleive, Grov og Hysing (2016): Gutter i Norge med skadelig seksuell atferd. Tidsskrift for Norsk Psykologforening. http://www.psykologtidsskriftet.no/index.php?seks_id=462779&a=2

Nasjonalt kunnskapssenter om vold og traumatisk stress. (Rapport 1/2017).NKVTS http://Behandlingstilbudet til barn og unge med problematisk eller skadelig seksuell atferd – kunnskap og erfaringer fra de nordiske landene og Storbritannia – forslag til landsdekkende struktur

Dixi resurssenter material

Links:  Vern-mot-overgrep ; Vold og overgrep oa.

NFSS 


 


8. Bibliografia Geral

Referente a todos os assuntos

1.  Rettsikkerhet Bufdir 

https://www.bufdir.no/Nedsatt_funksjonsevne/Rettighetene_til_personer_med_utviklingshemming/Rettssikkerhet/

2.  Convention on the Rights of Persons with Disabilities (CRPD) convention https://www.un.org/development/desa/disabilities/convention-on-the-rights-of-persons-with-disabilities.html

https://www.un.org/development/desa/disabilities/convention-on-the-rights-of-persons-with-disabilities.html

https://www.regjeringen.no/no/dokumenter/konvensjonen/id724096/

3.  Strategi for seksuell helse - Snakk om det!  Helse- og omsorgsdepartementet (2016).     https://www.regjeringen.no/contentassets/284e09615fd04338a817e1160f4b10a7/strategi_seksuell_helse.pdf

4.  I NOU 2016:17 «På lik linje»   https://www.regjeringen.no/contentassets/b0baf226586543ada7c530b4482678b8/no/pdfs/nou201620160017000dddpdfs.pdf

5.   Graugaard, C.,(2001). ”Sexleksikon fra Abe til Aarestrup”.  Rosinante forlag, 2001.

6.  International Planned Parenthood Federation. 2008. Sexual rights: an IPPF declaration. IPPF (Norsk)

 https://www.ippf.org/sites/default/files/ippf_sexual_rights_declaration_pocket_guide_norwegian_0.pdf

IPPF (different language)  https://www.ippf.org/resource/sexual-rights-ippf-declaration

7.  World Health Organization. “Sexual and Reproductive Health: Defining Sexual Health.”

8. Vildalen, S. (2014) Seksualitetens betydning for utvikling og relasjoner. Oslo: Gyldendal akademisk.

9.  Bay- Hansen, J. (2014)  Conversation about sexuality. Sygeplejersken, 2014, Vol.114(9).

10. Gustavsson, A. (1999) Utviklingsstörningens sociala innebörder och förståelseformer. I Magnus Tideman (red) Handikapp, synsätt, principer, perspektiv(47-66) Stocholm: Johansson & Skyttermo Förlag

11. Wolfensberger, W. (1992). A brief introduction to social role valorization. A high order concept for structuring human services. Syracuse, New York: Wolf Wolfensberger. 

12.  Hellzen, O., Haugenes, M., & Østby, M. (2018) International Journal of Qualitative Studies on Health and Well-being   Volume 13, 2018 - Issue    https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/17482631.2018.1468198 

13.  SUMO rapporten https://naku.no/sites/default/files/SUMO%20rapport.pdf

14.   Schalock, R. L., et al., (2007) The Renaming of Mental Retardation: Understanding the Change to the Term Intellectual Disability http://edu.hioa.no/SeksuellhelseAnnet/Intellectual%20disability.pdf

15.  Tarnai, B &  Wolfe, P. S. (2008). Social Stories for Sexuality Education for Persons with Autism/Pervasive Developmental Disorder

 http://edu.hioa.no/SeksuellhelseAnnet/Social%20stories%20for%20sexuality%20education%20(autism).pdf

(16) Clements, Clare & Ezelle, 1995

17.  Norway:  Helse – og omsorgsdepartementet (2016): Snakk om det! Strategi for seksuell helse (2017 – 2022).   https://www.regjeringen.no/contentassets/284e09615fd04338a817e1160f4b10a7/strategi_seksuell_helse.pdf'

18.  Finland: The action programme for the promotion of sexual and reproductive health in 2014–2020    http://www.julkari.fi/bitstream/handle/10024/136169/TY%C3%962018_18_Promote%2c%20prevent%2c%20influence_WEBk.pdf?sequence=1&isAllowed=y  

19.  WHO_BZgA_Standards_English.pdf  _English.pdf  (The Standards are available for download in the following languages)

20.  South Eastern CASA, Center against sexual assault & family violence. https://www.secasa.com.au/assets/Documents/Age-appropriate-behaviours-1.pdf


21. Nirje, B. (1985). "The Normalization Principle and Its Human Management Implications".  In R. B. Kugel and W. Wolfenberger (Red). Changing patterens in residential services for the mentally retarded. President`s Committee on Mental Retardation, Washington DC, page 179-195.

22.  Lemmon and Mizes (2002). Effectiveness of exposure therapy: A case study of posttraumatic stress disorder and mental retardation

23. Annon, J.: The PLISSIT Model: a proposed conceptual scheme for the behavioural treatment of sexual problems. J. Sex Educ. Ther. 2(1), 1–15 (1976)

24.  Selvbestemmelse og brukermedvirkning Bufdir

https://www.bufdir.no/Nedsatt_funksjonsevne/Rettighetene_til_personer_med_utviklingshemming/Selvbestemmelse_og_brukermedvirkning/

25.  Tveiten, S. (2007).  Den vet best hvor skoen trykker- : om veiledning i empowermentprosessen. Fagbokforlaget Bergen

26.   CRPD konvensjonen

https://www.regjeringen.no/globalassets/upload/bld/sla/funk/konvensjon_web.pdf

27.  Faghefte Hedmark, (2013)

28.  B. Holden, Habiliteringstjenesten I Sykehuset innlandet, Norway. NFSS http://www.nfss.no/foredrag/

29.  IPPF rettigheter

https://www.ippf.org/sites/default/files/ippf_sexual_rights_declaration_pocket_guide_norwegian_0.pdf

30.  Brukermedvirkning 

https://ushtakerhus.files.wordpress.com/2016/09/brukermedvirkning.pdf 

31.  Simon, W. & Gagnon, J. H. (1986) Sexual Scripts: Permanence and Change. I: Archives of Sexual Behavior. Vol. 15, no Simon og Gagnon (1986)

33.  Lofgren-Mortenson, L., Sorbring, E. & Molin, M.  ‘T@ngled Up in Blue’’: Views of Parents and Professionals on Internet Use for Sexual Purposes Among Young People with Intellectual Disabilities 

34.  South Eastern CASA Centre Against Sexual Assault & Family Violence

https://www.secasa.com.au/assets/Documents/Age-appropriate-behaviours-book.pdf

35.  Kruse, A. E. (2011). Oslo: Nasjonalt kunnskapssenter om vold og traumatisk stress. (page 11 to15 - script)

36.. Stiftelsen SOR Ingen hemmelighet (web- course) - course: Ingen hemmeligheter  

Tekst: Bernt Barstad, Bjørg Neset, Jarle Eknes og Trude Stenhammer. Illustration Hanne Engelstoft Lund i cooparation with artist kunstnerhuset Karavana inn Århus  http://kurs.helsekompetanse.no/ingenhemmeligheter/


37. Rapport om levekår for for mennesker med utviklingshemming https://www.bufdir.no/Global/nbbf/Funksjonsnedsettelse/Slik_har_jeg_det_i_dag_Utviklingshemmede.pdf 

38.  Abbott, D. & Howarth, J. (2005) Secret loves, hidden lives? Exploring issues for people with learning disabilities who are gay, lesbian or bisexual, Bristol: The Policy Press

39.  Wilson, N., J., Bright, A., M., Macdonald, J., Frawley, P., Hayman, B. & Gallego, G. (2016). Anarrative review ofthe literature about people with intellectual disability who identify as lesbian, gay, bisexual, transgender, intersex or questioning. Journal of Intellectual Disabilities.

40.  Löfgren-Mårtenson, L. (2009) The Invisibility of Young Homosexual Women and Men with Intellectual Disabilities, Sexuality and Disability, 27, 21-26

41.  Withers, P., Ensum, I., Howarth, D., Krall, P., Damian, T., Weekes, D., Winter, C., Mulholland, A., Dindjer, T. & Hall, J. (2001) A Psychoeducational Group for Men with Intellectual Disabilites Who Have Sex with Men, Journal of Applied Research in Intellectual Disabilities, 14, 327-339

42. McCann, E., Lee, R. & Brown, M. (2016). The experiences and support needs of people with intellectual disabilities who identify as LGBT: A review of the literature. Research in Developmental Disabilities, 57 (2016), 39–53.

43.  Bogaert, A.F. (2004) Asexuality: Prevalence and Associated Factors in a National Probability Sample, The Journal of Sex Research, 41, 279-287

44.  McCabe, M. P. (1999) Sexual Knowledge, Experience and Feelings Among People with Disability, Sexuality and Disability, 17, 157-170

45.  Withers, P., Ensum, I., Howarth, D., Krall, P., Damian, T., Weekes, D., Winter, C., Mulholland, A., Dindjer, T. & Hall, J. (2001) A Psychoeducational Group for Men with Intellectual Disabilites Who Have Sex with Men, Journal of Applied Research in Intellectual Disabilities, 14, 327-339

46.  Löfgren-Mårtenson, L. (2012)   ”Hip to be crip?” : om cripteori, sexualitet och personer med intellektuell funktionsnedsättning

47.  Kropp, Identiet og seksualitet (KIS) http://kurs.helsekompetanse.no/kis

48.  KISS https://www.vfk.no/Thor.../Praktisk-informasjon/KISS/ (enker til en ekstern side.Thor Heyerdahl videregående skole https://www.vfk.no/skoler/thor-heyerdahl-vgs/

49.  Utviklingshemming og seksuelle overgrep 

https://www.bufdir.no/Global/Utviklinghemning_seksuelle_overgrep_nett.pdf


50.  ZANZU body https://www.zanzu.be/en/themes/body

51.  Fagheftet, (2009) Helse Sør- øst Utviklingshemming og seksuelle overgrep – forebygging og oppfølging  http://edu.hioa.no/SeksuellhelseAnnet/Faghefte%20Overgrep_hele%5b1%5d.pdf

52. . Pubertet og seksualitet Bergen Helse Vest https://helse-bergen.no/seksjon/Barne-%20og%20ungdomsklinikken/Documents/Pubertet%20og%20seksualitet/ARBEIDSBOK_2017_utskrift.pdf

https://helse-bergen.no/seksjon/Barne-%20og%20ungdomsklinikken/Documents/Pubertet%20og%20seksualitet/Veileder_2017_utskrift.pdf

https://helse-bergen.no/avdelinger/psykisk-helsevern/psykisk-helsevern-for-barn-og-unge/undervisningsopplegg-pubertet-og-seksualitet

53.  Azrin, N. H, & Foxx, R. M., (1973) Dry pants: A rapid method of toilet training children Behaviour Research and Therapy  Volume 11, Issue 4, November 1973, Pages 435-442

54.  Nordeman, M. (1999) Utvecklingsstörning och sexualitet : sexuella behov och uttrycksformer

55.   Buttenschøn, J. (2001). Sexologi, en bog for professionelle og forældre om udviklingshæmmede menneskers sexualitet. (2. utg.) (1. oppl.). Danmark: Eiba-press.

56.  Langfeldt, T. (2013). Seksualitetens gleder og sorger: Identiteter og uttrykksformer . Bergen: Fagbokforl. (50-55)  [5s.]

57.  Löfgren-Mårtensson, L. (2005). Kärlek.: om Internet och unga med utvecklingsstörning. Lund: Studentlitteratur AB.

58.  Zachariassen, P. (2002). Kartlegging av kunnskaper om seksualitet hos mennesker med psykisk utviklingshemming. Tidsskrift for Norsk Psykologforening, 40, Nr. 2, 102-108.

59.  Redd Barna Nettvett

https://www.reddbarna.no/vaart-arbeid/barn-i-norge/nettvett

https://www.reddbarna.no/vaart-arbeid/barn-i-norge/nettvett/materiell-og-aktiviteter/nettvettfilmer

60. V27 Betanien Bergen Upassende seksuell atferd   https://www.betanien.no/hospitalet/bup/Shared%20Documents/v27-rapport-telefonkonsultasjoner.pdf

61.  Barstad, Bernt () Utviklingshemmede og pornografi.

http://www.samordningsradet.no/pop.cfm?FuseAction=Doc&pAction=View&pDocumentId=41243

62.  WAS http://www.worldsexology.org/resources/declaration-of-sexual-rights/

63.  Fjeld, W. http://edu.hioa.no/SeksuellhelseAnnet/Fjeld%20Master%20Wenche%20Fjeld.pdf

64.  Bufdir nettsider Vold og overgrep mot barn og unge med funksjonsnedsettelse

65.  Nasjonalt kunnskapssenter om vold og traumatisk stress (NKVTS), 2014 https://www.nkvts.no/content/uploads/2015/08/forebyggingavfysiskeogseksuelleovergrepmotbarn_kunnskapsoversikt3.pdf

66.   Barne- Ungdoms-, og familiedirektoratets nettsider 

67.  Redd Barna https://www.reddbarna.no/nyheter/den-som-er-med-paa-leken

68.  Voldtektssiruasjonen i Norge 2015. KRIPOS https://www.politiet.no/globalassets/04-aktuelt-tall-og-fakta/voldtekt-og-seksuallovbrudd/voldtektssituasjonen-i-norge-2015.pdf

69.  Seksuelle overgrep overfor barn under 14 år .  KRIPOS  https://www.politiet.no/globalassets/04-aktuelt-tall-og-fakta/voldtekt-og-seksuallovbrudd/seksuelle-overgrep-mot-barn-under-14-ar_web.pdf

70.  Bufdir:http://bestill.bufdir.no/pub/vold-og-overgrep/vern-mot-overgrep

71.   Birkhaug et al.,2005  Unge overgripere: En kartleggingsundersøkelse i Hordaland. Tidsskrift for Norsk psykologforening, Vol 42, nummer 11, 2005, side 987-993 http://www.psykologtidsskriftet.no/index.php?seks_id=306730&a=3

72. Fjeld, W. (2013)  Masteroppgave. Oppfølging og behandling av utviklingshemmede etter seksuelle overgrep. En kvalitativ studie basert på litteratur og eliteintervju. 

73.  Behandlingstilbudet til barn og unge med problematisk eller skadelig seksuell atferd - kunnskap og erfaringer fra de nordiske landene og Storbritannia - forslag til landsdekkende struktur. Oslo: Nasjonalt kunnskapssenter om vold og traumatisk stress. (Rapport 1/2017).

NKVTS https://www.nkvts.no/content/uploads/2017/03/NKVTS_Rapport_1_2017.pdf

74.  Jensen, Garbo, Kleive, Grov og Hysing (2016): Gutter i Norge med skadelig seksuell atferd. Tidsskrift for Norsk Psykologforening. http://www.psykologtidsskriftet.no/index.php?seks_id=462779&a=2

75.  KRIPOS https://www.politi.no/vedlegg/lokale_vedlegg/kripos/Vedlegg_3780.pdf 

 76.  Søftestad, S. (2018) Grunnbok i arbeid med seksuelle overgrep mot barn. Universitestsforlaget. 

77.  Kroppen min eier eier jeg  http://roppen min eier jeg https://tv.nrk.no/serie/overgrep/sesong/2/episode/2

78.  Hva er nedsatt funksjonsnedsettelse Bufdir

79.  Hva er  utviklingshemming  Bufdir