Saúde Sexual e Deficiência Intelectual
7. O Abuso Sexual
7.3. Abusadores com e sem Deficiência Inteletual
Predadores com e sem DI
Foto G.H.Lunde
Predadores com e sem DI
A sexualidade e o abuso sexual geralmente não são debatidos. Se o abuso sexual é cometido por um PWID, o ato pode ser guardado em segredo. É difícil de entender (72;36).
A suspeita de agressão sexual é muitas vezes ignorada ou negligenciada (72). A vítima e o 'predador' muitas vezes não são confrontados, portanto, nenhum deles recebe ajuda.
É impossível olhar para alguém e dizer se essa pessoa cometeu ou cometerá um ato de abuso sexual. Uma razão para um abuso permanecer indetetável é provavelmente a dificuldade de descrever o "agressor típico". Os abusadores podem ser encontrados em todos os grupos da sociedade e podem ter uma função social igual aos outros (8;36).
O abuso também acontece entre as pessoas com deficiência intelectual. Um abusador com DI que tenha dificuldade em compreender as regras sociais deve ser tratado de forma diferente de um garoto de 15 anos que se está a masturbar na frente de crianças (8). A informação é importante para prevenir situações difíceis e facilitar um bom funcionamento sexual e relações (8). Para evitar que as pessoas cometam novas agressões, é importante observar o indivíduo e promover medidas individuais (8).
Os números de um estudo descritivo mais abragente efetuado na Grã-Bretanha demostra que 25% dos jovens com CSN (Comportamento Sexual Nocivo) têm um QI abaixo de 70 (74). Cerca de 45% desses jovens têm dificuldades específicas de aprendizagem e uma grande quantidade deles tem problemas de saúde mental e problemas familiares (74).
Não há razão para descrever verbalmente os abusadores como monstros. Isso muitas vezes diminui a hipótese de o agressor falar sobre o que fez. As motivações dos indivíduos podem variar de um desejo de aproximação, de se consolar a si próprios, ou ainda de querer controlar outra pessoa através de atos de violência e sadismo (36).
Os motivos podem variar de uma vontade de proximidade e conforto a uma falta de controle perante atos de violência e sadismo. As medidas preventivas devem ser adaptadas à pessoa em questão e aos motivos razões da ação (36).
Uma PCDI que não compreende que está a cometer um abuso
quando força a namorada a ter relações sexuais deve ser olhada de forma
diferente do que a de um professor que abusou dos seus alunos e da sua posição
durante vários anos. Um abusador com uma baixa capacidade cognitiva e que tem
dificuldade em compreender as regras sociais deve ser encarado de forma
diferente da de um jovem de 15 anos que se masturba na frente de crianças de
quem toma conta e assim por diante.
Em agosto de 2016, a KRIPOS publicou um novo relatório sobre
o abuso sexual de crianças menores de 14 anos. “O abuso sexual de crianças é
cometido diariamente na Noruega. (68,69,75). Muitos ataques nunca são
discutidos. As advertências, ameaças ou comportamento violento do predador
podem silenciar a criança. Isso também acontece com o sentimento de culpa ou de
vergonha e ainda com o medo do que possa vir a acontecer ao agressor ou a si próprio”.
Barnehusene (Statens Barnehus).
Questões de reflexão:
Acha que consegue conversar com a sua filha / filho para evitar situações difíceis?Consulte o módulo Transição para a idade adulta
Consulte o módulo Gestão do Stress
Aguarela: G.Dietrichson