Saúde Sexual e Deficiência Intelectual
7. O Abuso Sexual
7.2. Vulnerabilidades e Prevenção do Abuso
Vulnerabilidades e prevenção do abuso
Foto: G. H. Lunde
Vitimas e danos prolongados
O
abuso sexual pode ter sérias consequências para a PCDI (72). Alguns desenvolvem
PPST (72), outros podem necessitar de doses mais altas de medicamentação após o
abuso (72). Três meses após o incidente, metade das vítimas terão os mesmos
sintomas. Aqueles que apresentem sintomas permanentes irão precisar de terapia.
Cerca de 20-44% das crianças abusadas não apresentam sintomas ou dificuldades
de adaptação à vida adulta. É uma questão complexa em que o dano causado pelo
abuso depende de vários fatores.
Varia
de acordo com a forma como a vítima foi abusada e reagiu ao abuso. Diferentes
fatores contribuem para tal: como quando e onde se deu o abuso, quem cometeu o
abuso, com que frequência, durante quanto tempo e em que ambiente. Algumas
pessoas são mais robustas e outras mais vulneráveis. Ensine às PCDI mais
vulneráveis quais são os seus dez direitos sexuais (EVA) (62). Todos nós temos
o direito de decidir sobre o nosso próprio corpo e a oportunidade de desfrutar
e controlar nossa própria sexualidade (73). Na Noruega, há um curso
especializado para professores "Ingen hemmelighet" / "em
segredos".
Há uma investigação
insuficiente sobre a forma como a PCDI reage ao abuso sexual (72), e também
sobre o tipo de tratamento e o seguimento que os diferentes PCDI precisam.
Atualmente, não sabemos o que é melhor para a PCDI, mas o principal objetivo é
ajudar as vítimas a terem uma vida boa e relações sexuais saudáveis (72).
A forma como uma pessoa fica afetada e o modo como ela reage ao abuso, varia:
Filme:
As pessoas que são vítimas de abuso sexual podem mudar o seu comportamento. Algumas mudanças podem durar pouco, outras podem ser prolongadas.
A pessoa que é abusada processa e reage à violação do seu espaço pessoal com as mais diferentes manifestações e de diferentes modos. Às vezes, a vítima procura contato humano ou busca isolamento. Pode acontecer que eles se tornem mais promíscuos ou desistam do contato próximo com os outros. Alguns podem ter dificuldades em se concentrar. Outros mudarão de comportamento tornando-se ou mais hiperativos, ou mais passivos. Alguns revelarão características agressivas, outros ficarão mais autodestrutivos. Ao interagir com outros seres humanos uns irão sorrir o tempo todo, enquanto outros permanecerão sempre tristes (73, 76).
Uma reação provocada por um trauma pode diminuir com o tempo. No entanto, para alguns, pode ser permanente.
Imediatamente após o abuso, pode surgir uma Perturbação Pós-Stress Traumático (PPST). O PPST tem quatro elementos principais: a Reexperiência traumática: pensamentos recorrentes e intrusivos que remetem à lembrança do trauma, flashbacks, pesadelos; ; Fuga e isolamento social: a pessoa foge de situações, contatos e atividades que possam reavivar as lembranças dolorosas do trauma; dormência e depressão; Hiperatividade psíquica e psicomotora: taquicardia, sudorese, tonturas, dor de cabeça, distúrbios do sono, dificuldade de concentração, irritabilidade, hipervigilância.
O abuso sexual pode ter sérias consequências para a PCDI (72). Alguns desenvolvem PPST (72), outros podem necessitar de doses mais altas de medicamentação após o abuso (72). Três meses após o incidente, metade das vítimas terão os mesmos sintomas. Aqueles que apresentem sintomas permanentes irão precisar de terapia. Cerca de 20-44% das crianças abusadas não apresentam sintomas ou dificuldades de adaptação à vida adulta. É uma questão complexa em que o dano causado pelo abuso depende de vários fatores.
O dano causado a longo prazo e a sua continuidade dependem de vários factores:
□ A idade na altura do abuso
□ O intervalo de tempo em que correu o abuso
□ As experiências anteriores
□ As relações familiares
□ Quem é o abusador ou abusadores no caso de ser mais que um
□ O uso de violência / ameaças
□ O tipo de abuso
□ O âmbito da ajuda e do apoio relativamente à divulgação do abuso
Danos frequentes a longo prazo:
□ Forte sentimento de culpa e de vergonha
□ Imagem negativa de si próprio
□ Perda de confiança nos outros
□ Isolamento
□ Problemas sexuais
□ Sentir-se um perverso
□ Medo de perder o juízo
□ Forte necessidade de controlo
□ Problemas em como se relacionar com o se próprio género
□ Dores e mágoas
□ Sintomas psicossomáticos
□ Ansiedade (fobia, breathing dificuldades de respiração, náuseas, medo dos médicos/dentistas.
□ Problemas em estar ao pé dos outros
□ Auto mutilação
□ Depressão
□ Problemas com a alimentação/ transtornos alimentares
□ Alucinações
□ Perturbações do sono
□ Sensação de estar sujo, de ser desprezível de estar desfeito
□ Banalização do abuso
□ Dificuldade em definir limites
□ Comportamento auto destrutivo
□ Suicida
□ Vontade de desaparecer
□ Tendência para voltar a ser vitima
□ Desenvolvimento de padrões comportamentais abusivos a agressivos propensos a conflitos
□ Síndrome de stress pós traumático (PTSS)
□ Transtorno dissoativo
A terapia comportamental cognitiva e a psicoeducação podem ser benéficas para as PCDI (72). Há muito pouca descrição das melhores práticas na literatura (72,73,76,77).
Questões para refletir:
O seu filho/a tem sintomas de síndrome de stress pós traumático (PTSS)?